16 Capítulo

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Lídia

Acordo com uma coragem pra não dizer aos contrários, o despertador apita sem para o que está me dando nos nervos, levanto limpando a baba que escorre com a mão, odeio dormir de boca aberta.

Desligo o despertador e caminho até o banheiro, ao mim olha no espelho percebo que eu estou parecendo uma louca que acabou de fugir do manicômio. Pra tira a cara de ressaca obs.: eu não bebi, tomo um banho e lavo os cabelos pra ver se acordo de vez e assim que sai me sinto outra pessoa.

Visto um vestido amarelo com renda na perna, e um decote de v também com renda ele não disfarça a minha barriga como eu uso com frequência, mas me senti bonita e pra mim isso que importa. Arrumo o cabelo deixando solto coloco uma sapatilha. Arrumo as coisas na bolsa e desço.

Encontro a Micaela na cozinha já tomando café.

- Está bem grandinha né? - aponta pra minha barriga e assinto- como você consegui esconder um negócio desse tamanho?

- Na verdade não sei! Mas esse modelo de vestido mais folgado e sobretudo tem me ajudado bastante- sento me à sua frente.

- Você vai ter que se vira sozinha a noite vou ter que ir em um jantar com o Thiago e não sei se volto cedo- ela diz preocupada.

- Não se preocupe vou ficar bem-digo e ela sorri.

- Morro de medo quando você fala isso, da última vez que sai por quinze dias que voltei você já estava grávida- sorrio da carreta dela.

- Isso foi apenas um imprevisto- ela balança a cabeça e continuamos a tomar o nosso café.

Cerca de vinte minutos depois já estou pronta, desço e comprimento o porteiro que como sempre está regando as flores e caminho até o meu carro. Acordo um pouco mais cedo pra pegar um trânsito quase sem movimento.

Paro no estacionamento e assim que entro na empresa vejo que mais uma vez o homem está na lanchonete da frente ele olha em minha direção e dá um sorriso frio.

- Bom dia Lídia! - a Carina diz atrás de mim e levo a mão ao coração de susto.

- Porque você fez isso? Quer me matar do coração? - ela me olha assustada

- Desculpe eu não queria te assustar é que não vi que estava entretida- suspiro normalizando a respiração.

- Tudo bem! - olho pra lanchonete e vejo que o homem não está mais lá- Carina você conhece o dono daquele carro? - aponto discretamente para o carro azul do outro lado rua.

- O dono eu não conheço, mas sei que ele trabalha aqui já vi várias vezes ele parado no estacionamento privado- esse era meu medo.

Não falo mais nada e subimos até a minha sala, a entrego o notebook.

- Podíamos fazer uma cópia desses documentos é muito perigoso pra ter apenas um- diz arrumando os papéis.

- Você tem razão e podemos levar ao cartório pra ser reconhecido- digo e ela assente.

Me levanto e ela me olha estranho, vejo que o meu vestido ficou totalmente presa entre as minhas pernas definindo ainda mais a minha barriga.

- A sua barriga está.... - Procura as palavras e não a acha.

- Grande?! A doutora disse que é totalmente normal quando se está grávida e no meu caso que é de gêmeos acho mais normal ainda- nem preciso falar a expressão dela né?

- Parabéns! - sorrio.

- Obrigado- ajeito o vestido e caminho até o filtro.

A Carina ficou de tira as cópias do documento enquanto eu continuo a analisar, a conversa é pouca, porém companhia é bastante agradável. Depois de algumas horas ali escuto o telefone tocar.

Simplesmente Minha - (Sem Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora