Simplesmente Minha - (Sem Revisão)

34 Capítulo

Lídia

Acordo e olho lá fora e está tudo escuro, mas os meus filhos não querem me deixar dormir. Mudo o lado e continuo a senti desconforto, minha barriga doe e sinto algo parecido com cólica.

Me levanto e tomo um banho quente, visto uma calça e uma blusa de manga comprida por causa do tempo.

Desço as escadas e sinto as dores ficarem maiores, me sento no sofá vendo que ninguém acordou e de repente vejo a Jhosi vindo da cozinha.

— Está bem? - pergunta de boca cheia.

— Eu sim! Eles não! - digo deitado a cabeça pra trás.

— O que eles têm? - senta ao meu lado.

— Não sei estão estranhos! E tá doendo tudo aqui- coloca a minha mão no pé da barriga.

Ela coloca a mão na minha barriga e eles chutam.

— Alguém não gosta de mim! - diz sorrindo.

— Eles só estão incomodados com alguma coisa- sinto a dor aumentar.

— Você tem que ir ao médico, eles podem tá querendo conhecer o mundo logo- diz alisando a minha barriga.

— Eles são muito novos Jhosi só tem sete meses- digo preocupada.

— Isso é normal com gêmeos- diz se levantando.

— A Lídia cedo é normal, mas você Jhosi caiu da cama? Bom dia meninas- a dona Clara senta ao meu lado.

— Bom dia- digo tentando sorrir.

— Não cai da cama sogra só estava com fome e já vou voltar a dormir, bom dia pra vocês- diz subindo.

— Essa não tem jeito! - sorri— e você está melhor?

— Estou sim dona Clara- a olho.

— E essa careta? - faz uma cara engraçada.

— Culpa deles- tento sorri mais a dor aumenta.

— Venha- me ajuda a levantar— vamos fazer um chá pra você- vamos até a cozinha.

Falamos com as empregadas que está na cozinha e a dona Clara me dá um chá em poucos minutos.

— Como está a grávida mais linda desse mundo? - sinto umas mãos grandes na minha cintura.

— Está com dor por culpa dos seus filhos- digo e ele sorri.

— Na hora de fazer não fiz sozinho- diz me fazendo quase engasga.

— Fica quieto vai Raul- digo e a dona Clara sorri.

— Essa cadeira vai aumentar as suas dores acho bom ir deita- a dona Clara diz e assinto deixando o copo ali mesmo.

Caminho e me deito no sofá e vejo o Raul parado me olhando.

— Quando você descobriu que estava grávida? - pergunta.

— No primeiro dia que fui pedi a minha demissão- repondo o olhando.

Sei que ele ficou um pouco abalado, aquele não foi um bom dia.

— Onde estávamos a sete meses e uma semana atrás? - pergunta um pouco mais baixo.

— Em um elevador privado parado no décimo segundo andar, atrasados pra uma reunião em Nova Iorque- digo lembrando do dia.

— Você foi a mulher mais difícil que já vi- sorri feliz.

Quando ia responder sinto uma dor horrível me fazendo quase chora.