Infortúnios

704 95 59
                                    

Essa história aqui vai ser o meu auge do clichê cafona, estejam preparadas e preparados.

Boa leitura, desculpa qualquer erro.



// - - // - - // - - // - - //



Por um milagre que acontecia de vez em quando na sua vida, digamos assim quase de ano em ano, Marinette conseguiu cochilar um pouco.

Isso foi bom porque acabou economizando um tempo daquela viagem desastrosa, não pensando e nem comendo besteiras.

Não conseguiria mesmo que quisesse, pois na tentativa fracassada em poupar dinheiro na parada, todas as coisas que levou para degustar como lanchinho se encontravam na mais completa ruina: o chocolate havia derretido, a água estava quente, tinha esquecido de por açúcar no suco de laranja e os salgadinhos? Todos esmigalhados parecendo mais uma farofa amarelada!

- Ah mas isso é ótimo, perfeito, não tá dando pra salvar-nada-aqui!

Por tamanha frustração assim que abriu a mochila, começou a retirar as comidas uma por uma enquanto que recitava as palavras.

Nem tinha percebido que o ônibus agora fazia uma curva e adentrava a um restaurante para que os passageiros pudessem sair, comer e ir ao banheiro.

Aos poucos as pessoas que passavam pelo corredor indo em direção à porta, não deixavam de nota-lá discutindo consigo mesma a medida que ia puxando os itens do interior da sua mochila.

- Agora eu quero ver você ferrada sem nenhuma grana no bolso comer né sua burra! Burra, burra, burra!!!

Inspirou o ar franzindo fortemente o nariz depois de dar um tapa na pobre da mochila quando decidiu olhar para o lado e dar de cara com um  homem parado a observando.

Ele tinha uma expressão de que tentava segurar o riso, e ela o mandaria ir à merda se fosse outro, a não ser o cara bonitinho que gostaria de flertar.

Gostaria né, bem colocado no passado, pois no momento, ao notar a situação que se encontrava diante dele, qualquer possibilidade MÍNIMA de acontecer qualquer coisa já tinha ido pro espaço.

Deu uma risada sem graça voltando a olhar a bolsa. Ele então seguiu seu caminho sendo logo observado pelos olhos azuis constrangidos da mestiça que esticou um pouco a cabeça para vê-lo.

Caramba, daquele angulo, deu para ver direitinho a parte traseira do seu corpo e se tinha uma coisa que gostava de notar nas pessoas, principalmente no sexo oposto, eram as costas largas. E no caso daquele homem não era só suas costas que eram "avantajadas" digamos assim, havia uma outra coisa ali em baixo que, ui ui.

Tirando o fato que ele era alto, possuía os cabelos lisos e loiros que se encontravam um pouquinho bagunçado agora por ter passado aquele tempo com a cabeça na poltrona. Mas Tudo isso, em conjunto, ao seu rosto bonito e simpático. Seu sorriso gentil...

Marinette acabou sorrindo também, que nem a grande boba que era, sentada e sozinha no ônibus. Até se dar conta que tinha que ir logo buscar alguma coisa para comer se não ficaria mais 3 horas com o estômago vazio.

Mas primeiro, foi ao banheiro, dar uma olhado no estado que se encontrava e por Deus... Oh Deus. Por que o criador tinha que ser tão cruel assim?

Ao olhar sua cara amassada no espelho, retorceu o nariz franzindo a testa. E como se não bastasse, um pensamento sádico veio lhe assombrar.

"Por isso que o Luka preferiu a Kyoko. Olha essa cara de maluca!"

Ah ótimo, era só o que faltava, ficar se comparado a senhorita perfeição.

Mordeu os lábios, ajeitando um pouco os fios desgranhados ao lado do seu rosto, mas não podia evitar em sentir seu coração logo se entristecer.

Droga. Tinha que sair dali, tinha que lavar o rosto, ir pegar um café um sanduíche natural ou qualquer coisa que coubesse no seu orçamento, voltar pro ônibus e seguir viagem.

Chegar à Paris o mais rápido possível e se livrar daquele Couffaine bobo e sua mais nova namorada boba também!

Eles iriam ser felizes na bobagem deles e aí sim, poderia voltar a sua vida e refazer o tempo que havia desperdiçado naquele casamento todo.

Desse jeito, saiu do banheiro indo até a praça de alimentação para verificar o que poderia comer.

Olhava ao redor desanimada, com as mãos um pouco trêmulas o que até fez um atendente perguntar se estava tudo bem.

Ah sim, estava sim - ela pensava consigo - tirando o fato que se sintia tonta, com vontade de vomitar e chorar, fora esses detalhes, tudo ia muito bem.

Por fim, carregando uma crise existencial dentro de si como se fosse um acessório inerente, serviu-se de café, um pão de queijo e um bolinho de chocolate do Bob Esponja.

Sentou-se em uma das mesas sozinha, olhando para aquelas coisas à sua frente.

Tao solitária, não se atentava ao redor mas podia sentir e ouvir as pessoas conversando, barulho de criança, de gente feliz.

Tentou beber o café - merda! - tava quente e queimou sua língua. Em sequência mordeu o pão de queijo, mas como havia machucado a boca, não deu certo o que a fez resmungar e fungar como se fosse uma criança fazendo biquinho.

Ainda bem que as pessoas estavam ocupada, que ótimo! Assim ninguém perceberia aquela mulher ali tendo um ataque... totalmente... Solitária.

Era pelo menos o que seu coração pensava, pois de longe, um homem assistia toda a situação da sua mesa.

Ele se divetia porque era bonitinho, ela era fofa e estranha até certo ponto.

A questão é que ele mesmo não se conteve e quando a viu dar mais uma fungada ao abrir seu bolinho de chocolate , levantou-se e caminhou em sua direção.

Marinette que se encontrava destruída e destraida, nem percebeu por estar muito ocupada tentando abrir o pacote com a boca, mas aquela porcaria parecia ter sido colada com super bonder da melhor qualidade!

Mais um infortúnio... quantos mais passaria naquela droga viagem?

- Com licença, será que eu posso te ajudar de novo?



// - - // - - // - - //


Eehhhh Margarete parece que a tua onda de azar acabou de acabar hsushauahauahaha

The Road of LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora