↣ Capítulo 7 ↢

7.4K 581 18
                                    

Eu não acreditava que meu pai tinha me achado, conseguido me pegar, como que eles conseguiram entrar aqui?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Eu não acreditava que meu pai tinha me achado, conseguido me pegar, como que eles conseguiram entrar aqui?

Minha cabeça estava girando não só pela fome, mas também pelos pensamentos que me deixava com náuseas.

Eu havia conseguido atingir um dos homens, mas o outro eu não consegui. Ele era mais gentil, não que tenha como,  mas ele me tratou de uma forma diferente quase que com pena de mim, como se estivesse fazendo contra sua vontade.

Eu fiquei muito surpresa e confusa quando o pano fora tirado dos meus olhos e eu enxerguei Aslan, com toda sua postura de homem alfa, externando todo seu poder e domínio.

Quando ele se foi eu chorei de raiva e de medo, de não saber o que iria acontecer comigo. E nem saber o real motivo de eu estar nesse lugar.

Meu estômago ruía de fome acusando-me uma dor forte. Minha cabeça estava girando e o mal estar tomou posse de todo meu corpo. Eu não sei quantas horas fiquei naquele inferno, mas uma hora eu apaguei e para piorar ainda sonhei com o meu demônio particular.

Com a respiração acelerada e as mãos formigando eu acordei. Suada e com a visão turva eu consegui ver uma pequena luz entrar no meio da imensa escuridão.

Seus paços eram semelhantes ao rastejar de uma cobra pronta para dar o bote, enforcar sua presa até que ela esteja sem ar.

— Selene, basta você cooperar. — eu não dou o trabalho de levantar-me do chão sujo e nem de olhá-lo nos olhos. Se eu estivesse com uma arma aqui, eu daria um tiro bem no meio do seu crânio.

— E-eu não sei de nada. — minha voz sai fraca e falhada. Molho minha garganta com a saliva para aliviar a ardência quando pronuncio algo, a necessidade de água me faz salivar por um copo de água.

— E o que você me diz sobre ser filha do Dmitri Gusyeva Barkov? — eu engulo a seco apenas por escutar o som desse demônio. As batidas do meu coração estão semelhantes após eu ter participado de uma maratona. — Algo você deve ter a me dizer.

— Eu sou filha dele. — gemo de da dor excruciante quando eu me endireito no chão. Ele se agacha e com sua própria mão rasga com força o pano que prendia meus pulsos um no outro. — Ufa. — toco minha pele, que está arroxeando pelo acocho, faço pequenas massagens em meus pulsos. Eu o vejo se agachar para ficar cara a cara comigo.

Mesmo com a cabeça baixa e os olhos fixos em um ponto qualquer eu sei que ele me observa. Seus dedos ásperos tocam retiram os cabelos que estão em meu rosto e os põe atrás da minha orelha. Depois eu sinto sua mãos quente em contraste com minha pele fria, fazendo com que eu dê um sobressalto.

— Olhe para mim. — rosna e eu o olho de imediato. Nossos olhos se chocam e eu sinto a conexão entre nossos olhares, não consigo decifrar seu olhar. Esse homem é intenso e muito misterioso. — Diga-me sobre você. Agora. — seu tom é calmo. Ameaçadoramente e perigosamente calmo.

— Isso é muito particular, eu não gosto de relembrar. — fecho meus olhos e dou um suspiro sôfrego.

— Infelizmente eu preciso saber. — ele realmente parece lamentar.

— Dmitri é meu pai, de fato. — respiro fundo e continuo. — Eu fugi de casa quando completei 18 anos. Juntei dinheiro e consegui fugir. Meu pai sempre foi envolvido com a máfia, mas logo depois começou a se tornar prestigiado é poderoso em seu meio e obviamente eu sabia que ele iria atrás de mim em qualquer país, menos na Colômbia. A máfia colombiana é muito poderosa e uma das maiores potências, se não for a melhor, e então eu vi a oportunidade de começar uma nova vida. — tudo que eu digo é no automático, escondendo alguns fatos e cenas que iriam me fazer sofrer mais.

— E qual o motivo de você ter fugido? — eu trinco os dentes. Era exatamente essa pergunta que eu não queria que ele fizesse. Era dolorosa demais. Eu me culpava demais, mesmo sabendo que eu não tinha culpa.

— Por favor... — suplico para que ele aceite apenas as informações que eu acabara de dar. Mas ele maneia com a cabeça. — Ele batia em minha mãe na minha frente, estuprava ela, eu ouvia seus gritos de dor. E eu ficava em meu quarto ouvindo o som da sua voz doce sendo mudada para de horror, medo. — as imagens dele esmurrando seu rosto e ela se debatendo vem com tudo em minha mente. Os pedidos de socorro e os tapas que eu levava caso eu me intrometesse e tentasse ajudá-la.

Tudo isso é sua culpa. Você não ajudou ela.

Para, para. — ponho as mãos em meus ouvidos para deixar de escutar essa voz que me atormenta. — Não é minha culpa, não é. — eu junto meus joelhos e passo meus braços por eles encaixando minha cabeça no vão que se formou. Chorando copiosamente. Mas do nada um escuro toma conta de mim e os meus membros perdem a força. Só sinto meu corpo ser carregado por algo muito cheiroso e macio.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
✔️ Sombras do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora