↣ Capítulo 20 ↢

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— Maze! Que supresa boa! — a minha sogra se pronuncia após a entrada da mulher bonita e que me pareceu ser muito perigosa

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— Maze! Que supresa boa! — a minha sogra se pronuncia após a entrada da mulher bonita e que me pareceu ser muito perigosa. Mas o que eu fiquei intrigada fora a forma como ela me encarava com um ódio visível, mas eu não havia entendido o porque do olhar hostil.

Todos da mesa levantaram-se para cumprimentar as duas visitas de última hora. Todos perguntaram sobre sua saúde, o que me fez olhá-la com ainda mais curiosidade, mas eu já disse que sou boa em observar pessoas.

Ela tem alguma coisa contra mim. Ela me odeia, posso ver no seu olhar me fulminando.

— Por que ela não para de me encarar? — sussurro para meu namorado que estava ao meu lado com as mãos em minha cintura.

— Não se preocupe, Maze é... difícil. — ele sabe sim quem é a mulher. Será que ela quer ele? Não, acho que não. — Melhor, Mazekeen? — antes que eu fale qualquer coisa para contesta-lo, a mulher intrigante usando couro em suas vestimentas se aproxima, olhando-me ainda da cabeça aos pés, e eu apenas a olho tentando ser indiferente. O que eu fiz para merecer esse olhar tão duro? Nada.

— Não sabe o quanto. — ela o olha por alguns minutos e depois desvia o olhar para mim novamente. — E essa é sua nova namoradinha? — seu tom enojado não passou despercebido por mim.

— Maze... — Aslan começa dirigindo seu olhar matador e tom cortante.

— Deixe-a. — ponho minha mão em seu peito inflado. — É isso mesmo, sou a namorada do Aslan. Meu nome é Selene. — não estendo a mão para não correr o risco de ela não retribuir, não quero passar por besta. Sei como funciona esse tipo de pessoa.

— Rum. — seu lábios se contorcem em desprazer, e eu não poderia estar me importando menos. — É, eu sei quem é você. — seu tom começa a se elevar, parando assim as conversas alheias da família. — Selene Gusyeva. Filha de Dmitri Gusyeva, um dos chefes da máfia russa, agora eu me pergunto o motivo de você se infiltrar aqui. Para matar o Aslan? — eu a encarava incrédula, com uma verdadeira indignação e o súbito mal-estar pela menção do nome do desgraçado do meu pai.

— E-eu... Claro que não! Isso é óbvio que é mentira. — exclamo ainda não entendendo a sua lógica de raciocínio.

— Ah, lembrei, você fugiu de casa porque seu pai batia em sua mãe e então você simplesmente apareceu aqui, coincidentemente na casa do chefe de toda a América Latina.

— Não fale da minha mãe. — ranjo os dentes e aperro minhas mãos para não plantar um murro em sua cara.

— Já chega, Mazekeen! Saia da minha casa. — o homem ao meu lado ameaça avançar na mulher mas logo parece tomar sua compostura. Ele engole à seco, vejo sua veia saltada em sua cabeça.

— Ah, mas agora que eu iria dizer o principal. — debocha batendo a mão. — O seu pai está planejando vir te buscar assim que possível. Fez uma ameaça ao Aslan, disse que já sabia do namoro de vocês.

— E-ele sabe que eu e-estou aqui? — meu mundo desaba. O que eu vou fazer agora? Aonde eu estarei segura? Meus amigos estarão correndo perigo, Aslan também. — Preciso ir embora. — pego minha bolsa que estava na cadeira e desço os poucos degraus com rapidez. — Desculpem-me por estragar o jantar de vocês, e-eu já v-vou — viro abruptamente ao lembrar que estraguei o jantar em família e o momento da minha nova vozinha e sogra.

— Sel, você não vai a lugar nenhum. — Aslan diz com sua voz imperativa e autoritária, como um verdadeiro chefe. — Quem vai embora é essa mulher. — a olha com nojo e desprezo.

— Eu preciso sair, Aslan. — antes de ir embora olho-o como um pedido de desculpas.

As lágrimas vão se acumulando em meus olhos e vejo tudo embaçado, meus membros trêmulos e os espasmos involuntários por conta do choro alto. Agora no jardim, eu lembrava que eu havia vindo com o Aslan e não teria como voltar para casa.

— Ah, Deus. — encosto-me na pilastra onde está fora da pouca iluminação.

— Raio de sol. — sua voz doce e calma me fazem chorar ainda mais. Dmitri seria capaz de tudo, destruiria Aslan. — Venha, vamos embora daqui. — seus braços me puxam para o seu abraço super carinhoso, fazendo com que eu sinta-me um pouco melhor. — Nada vai acontecer com você. Prometo. — força meu queixo para que eu o olhe nos olhos.

— Você, não entende. Eu tenho medo dele, do que ele é capaz... Ele pode matar meus amigos, pode... Pode matar você Aslan, e eu não quero pesar nessa possibilidade. — o abraço ainda mais forte chorando ainda mais forte, pelo mínimo pensamento de imaginar minha vida sem ele. — Por que não me contou antes?

— Eu queria te poupar. Eu estou dizendo que vou matá-lo, foi resolver o assunto. — eu negava várias vezes.

— Não vê que todos que eu me relaciono, me importo estão em perigo e sempre irão estar. Eu preciso viver sozinha.

Eu sempre soube que era para não manter vínculos, era meu objetivo assim que desembarquei do avião. Mas eu não consegui, quando as meninas me ajudaram a não passar fome e necessidade, eu me vi presa a elas como se fossem minhas irmãs. Depois veio Fred com seu jeito fraternal, e muito carinhoso comigo, protetor. E Aslan, o homem ao qual eu não conseguiria viver sem, o homem que em pouco tempo tomou meu coração por completo, e por mais clichê que soe, é verdade.

— Eu não sei o que faria caso ele me tirasse você. — o meu choro era incontrolável.

— Selene! Olha para mim. — força o meu rosto que voltara a se aconchegar em seu peito. — Você não confia em mim? Eu estou te prometendo que nada acontecerá com você, mas preciso que você confie em mim. Tá? — suas mãos alisavam meus cabelos e rosto. E suas palavras eram ditas com tanta verdade e amor.

Eu confiava nele cegamente, e agora eu sinto que ele fará de tudo para me proteger do demônio que me atormenta. E eu farei de tudo para ajudá-lo.

— Confio. — luxo seu rosto e afundo meus lábios nos seus com urgência e precisão. — Me leva para casa e me fode como só você sabe.

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