Entre o Mar e a Espada - Jikook | LIVRO 1 | MY ABO UNIVERSE

Palavra de Honra

Capítulo 22 – Palavra de Honra

Jimin nem sequer lutava contra. Sabia que era perda de tempo. Apenas deixava os dois guardas o arrastarem pelos corredores do castelo. Suas mãos estavam acorrentadas e seus pés arrastavam pelos corredores bonitos. Mãos fortes o seguravam com firmeza para que não tentasse fugir, mas mesmo que ele não lutasse contra sua mente procurava por uma solução.

Uma solução que salvaria a todos.

Logo atrás, outros guardas traziam seus homens também amarrados e era possível ouvir seus homens lutando. Entre eles, Davenport tentava se soltar e convencer os guardas de que aquilo era errado e que Jimin era inocente, mas nenhum deles o ouvia.

Jimin observou os corredores bonitos e olhou para o chão limpo e bem polido. Tudo naquele lugar o dava ânsia, desde a grande quantidade de luz que entrava pelas enormes janelas, às portas grandes com maçanetas de ouro.

Sua mente procurava por uma solução com urgência. Seus homens serem presos não estava em seus planos e jamais permitiria que eles fossem à forca com ele. Essa era a prioridade. E faria de tudo para sair daquela situação complicada sem o menor medo.

Ter sua alma de volta era a melhor sensação do mundo. Finalmente conseguia sentir tudo, até mesmo coisas que nem sequer sabia que sentia falta. Sentia seu coração finalmente bater rápido e a imensa vontade de sobreviver.

Era como respirar novamente depois de uma vida se afogando.

Ele iria dar um jeito. Queria dar um jeito e sabia que era bom o bastante para isso. Ao cair daquela noite, ele, o comodoro e todos os seus homens estariam em seu barco, partindo para o fim do mundo sem a menor pretensão de voltar algum dia.

Confiava nisso.

Guardas abriram uma porta pesada de madeira e Jimin sentiu seu estômago revirar ao ver a sala do trono. Um lustre enorme e desnecessário balançava no centro da sala. Alguns guardas estavam nos cantos da sala, todos segurando firme suas espadas.

Engoliu em seco ao ver que não teria muitas chances de fuga naquele local. As mãos em volta de seus braços se apertaram mais e ele sentiu a dor. Quase sorriu ao sentir aquilo com tanta intensidade.

Era tudo diferente agora.

Sua cabeça permaneceu baixa quando os homens o soltaram no chão com violência. Não queria olhar para aquele homem. Não queria se lembrar de tudo o que havia acontecido ou ver o sorriso satisfeito que ele provavelmente esbanjava por finalmente poder terminar o trabalho que havia começado há tantos anos.

– Majestade, encontramos eles nas docas. – Um dos guardas que o segurava falou. – São os piratas. O comodoro Davenport e o comodoro Lewis estavam os acobertando.

Era possível ouvir Jungkook gritando e lutando contra os guardas que o seguravam, mas com as mãos amarradas, era impossível vencer. Jimin apenas fechou os olhos com mais força quando escutou o primeiro passo do rei ecoar pelo salão. Mãos frias tocaram seu rosto, o levantando para que pudesse analisar cada traço e mesmo que Jimin desviasse o olhar, notou a semelhança.

Ele era igual à sua falecida esposa.

Todo o barulho do mundo ao redor sumiu e Jimin podia jurar que até mesmo as aves, que voavam tranquilamente do lado de fora do palácio, também estavam congeladas quando sentiu os braços ao seu redor. Um abraço apertado e caloroso, carregado de saudades.

– Eu não acredito que você está aqui! – O rei exclamou com a voz incrédula e trêmula. Estava a ponto de chorar. – Você está vivo! – Sussurrou se afastando para segurar o rosto redondo do pirata. – Meu herdeiro está vivo! – Gritou alegre, assustando a todos, inclusive o comodoro.