Meus braços se fecharam ao redor dela em um abraço de urso. Eu a levantei e a girei.
— Você descobriu! Sabia que conseguiria! — Isla falou quando a coloquei de volta no chão.
Encontrei um relógio e vi que foi em cima da hora.
— Elementar, minha cara Watson.
Ela riu e aquilo me fez sorrir. Lembrei que estávamos brigados, ela me fizera de idiota e eu a chamara de hipócrita. Percebi que ela pensava na mesma coisa.
— Esquecemos? — propus oferecendo a mão.
— Como dois sofredores de Alzheimer. — concordou apertando a mão dela na minha. — Então, posso te chamar de Sherlock daqui pra frente?
— Hum? Não, vou terminar com essa de detetive.
— Mas era para escolher um nome para você.
Em meio ao jogo esqueci completamente a finalidade daquilo tudo.
— Não vou me chamar Sherlock.
— Por que não?
— É ridículo.
— Eu gosto de Sherlock.
— Sem chance.
Isla voltou para a cama e sentou na beirada. Eu continuei de pé.
— Qual era a do código na parede? — perguntei, curioso.
— Você não desvendou isso. — ela sorriu.
— Não mesmo. O que diabos é SESAGSE?
— É um anagrama. A palavra real é SAGESSE.
Fiz uma careta.
— O que diabos isso significa, parte dois?
— É Sabedoria em francês.
— Sophie. — ela era brilhante.
— Vamos para o Teste Três então, mas falamos disso depois. Eu queria dizer que aquilo no refeitório não foi do jeito que você pensa que foi.
— Já deixamos para trás.
— Não, é importante para mim. — ela encarou suas meias com abacaxis antes de me olhar. — Eu não fiz aquilo para afastar meus amigos de você, mas para afastar você dos meus amigos.
— Isso é muito esclarecedor.
Isla parecia tentar encontrar o melhor jeito para explicar.
— Minha turma é formada por esnobes babacas, York. Se eu deixasse você se aproximar acabaria como eles.
Ok, aquilo foi uma surpresa.
— Então porque anda com eles?
— Porque parte de mim precisa disso, mas outra parte os detesta, e essa parte quer ficar com pessoas como você.
Acho que entendi o que ela queria dizer.
— Não vou me meter com seus amigos.
— Obrigado.
E assim ela voltou para o lugar que ocupava em minha vida desde que nossos molares eram de leite.
Não se deve quebrar uma promessa feita a um cadáver. Por isso, no sábado, Isla, Ravi, Willow e eu embarcamos no Rataplã Radioativo rumo ao enterro do Mussolini.
Convencer Willow a ir junto me custou uma hora do meu tempo livre, minha blusa de flanela favorita, um pôster animado com a Marilyn Monroe dizendo ‘’oh, this is so vintage!’’ que ela havia visto em uma papelaria e a promessa que ela poderia dirigir.
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No Name
Teen FictionYork tinha duas fixações: encontar o primeiro nome perfeito e Amy Sophie Rhonda Green. Quando a segunda fixação decide o ajudar com a primeira, a monotonia de seus dias acaba se transformando em um caos, que o levará a se meter em situações bizarras...