Meu plano era chegar mais cedo no colégio, mas acabei me atrasando por ter que deixar Molly na sua escola. Entrei na aula de inglês logo atrás da srt. Davis e parei na mesa perto da de Sophie. Um colega nosso já estava sentado ali.— Hey, Gabbe, preciso sentar aí. — falei.
Gabriel significa “que tem a força divina”, de origem hebraica.
— Por quê?
— Preciso falar com ela. — lancei um olhar para Sophie.
— York, sentado. — a srt. Davis mandou.
— E o que eu tenho com isso? Fale depois da aula. — Gabbe estava desenhando algo muito parecido a um pênis, só que tinha asas.
— Vamos, por favor, cara.
— York, tem uma cadeira livre logo ali. — a professora estava com os braços cruzados, me olhando.
— Só um minuto, srt. Davis. — voltei para Gabbe. — Faço seu dever de inglês.
— E o de matemática?
— York? — ela já soava irritada, não me importei.
— Não, só o de inglês.
— Sem números, sem trato. — Gabbe balançou a cabeça, no mesmo instante em que eu ouvia um:
— York...
— Tá, tudo bem! Eu faço!
— Pensando bem, acho que preciso de algo para história.
— York!
— O QUÊ?! — gritei, girando para frente. Quando a realidade me atingiu, meu corpo congelou. A expressão da srt. Davis estava tão ameaçadora que Gabbe deslizou para o fundo da sala..
— Detenção depois da aula. — a professora sentenciou.
Concordei com um aceno de cabeça e sentei em meu lugar recém conquistado.
Esperei uns bons vinte minutos de aula antes de me arriscar a chamar a atenção de Sophie. Quando a srt. Davis estava escrevendo no quadro, puxei uma das tranças ruivas dela. Sophia estava concentrada em suas anotações, por isso precisei repetir o gesto. Finalmente ela olhou para mim com as sobrancelhas erguidas, como se perguntasse ''O que você quer?''.
— Foi você. — acusei.
— O quê? — ela sussurrou de volta.
— Você nos denunciou para a polícia.
— Por que eu faria isso?
— Você adora colocar emoção nas coisas.
— A ponto de denunciar a mim mesma?
— Aposto que sabia que eu iria te cobrir.
— Estou ouvindo vozes. — a srt. Davis falou sem se virar para olhar. Sophie voltou sua atenção para as anotações, com medo de ser pega. Ela era tão nerd na sala de aula.
Inclinei sobre a mesa para sussurrar em seu ouvido.
— Você é o Terceiro Olho?
Sophie se virou surpresa para me olhar.
— É claro que não! Do que você está falando?
— Só você sabia onde íamos e tudo o que aconteceu.
— Você também sabia, então me diga, você é o Terceiro Olho, York?
Ficamos nos desafiando com o olhar por um tempinho. Eu quase podia ver raios saindo de nossos olhos e duelando entre si. A voz da professora interrompeu o embate silencioso.
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No Name
Teen FictionYork tinha duas fixações: encontar o primeiro nome perfeito e Amy Sophie Rhonda Green. Quando a segunda fixação decide o ajudar com a primeira, a monotonia de seus dias acaba se transformando em um caos, que o levará a se meter em situações bizarras...