FIVE

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Episódio 5 – Quando Tudo Mudou.

 

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Quinta-feira.

12:35 p.m.

 

Eddie abriu os olhos involuntariamente sentindo como se todo peso do mundo estivesse concentrado bem em sua cabeça, tivera a sensação de que ficou apagado a vida toda, e como uma lente de câmera, sua visão focou no teto, teto de seu quarto inclusive, algo que o fez ficar mais confuso ainda, três perguntas apenas rondavam sua mente: 1- O que cacete aconteceu? 2- como ele chegou até ali? e 3- por que ele não está conseguindo mexer seu braço? Não consegui achar uma resposta coerente, quando a porta se abriu, nela sua mãe falava baixinho ao telefone, mas quando viu que ele já estava acordado, lhe sorriu gentil e disse:

— Sim... Ele acordou, Hm.. Não sei, me parece estar bem, ao julgar por ontem, não James! Ainda não identificamos quem era o motorista, ele fugiu sem prestar socorro... Tá, tá bom eu vou perguntar se ele quer falar com você. — Era seu pai do outro lado da linha. — Espere só um minuto, e eu já te ligo de volta!

— Mãe!? O que aconteceu?

— Oi, ursinho!

A mesma sentou ao seu lado, lhe abrindo um sorriso doce, Maggie foi casada com o empresário James Dylan Ransone por quinze anos, e dessa união veio Edward que; Apesar de filho único, nunca foi tão mimado quanto geralmente filhos únicos são. Cresceu mais na presença da mãe do que do pai, James é dono de uma empresa de automóveis, e vive viajando, mal tendo tempo de cuidar da própria vida, quem dirá da do filho, sendo um dos principais motivos pelo qual seu casamento chegou ao fim — quando Eddie havia acabado de completar dezesseis, isso foi no ano passado — é claro que, as coisas ficaram estranhas em casa, ele não poderia mais esperar pela visita do pai todos os fins de semana, ou vê-los discutindo sobre algo besta, lhe fazendo rir enquanto jantavam, ou ouvir as histórias que seu pai compartilhava com eles sobre suas viagens...

Eddie puxou muito de sua mãe, a personalidade forte e impulsiva, quando algo era colocado em sua cabeça, é um verdadeiro “Deus nos acuda!” para fazê-lo mudar de ideia, isso vinha muito de Maggie Kaspbrak, uma mulher alta, de cabelos castanhos ondulados, e olhos verdes como esmeralda. Dona de traços fortes e marcantes, ela realmente era uma mulher bonita, e isso lhe fazia crer que ela despertava interesses de outros caras, e um dia chegou até se questionar se tudo que Richie falava sobre ela era realmente brincadeira, ou ele tinha alguma espécie de desejo por ela, no qual mascarava em forma de brincadeira, isso lhe deixava enojado, visto que Richie ele possuem somente um ano de diferença nas idades, Maggie poderia ser sua mãe, qual a porra do problema dele?

Só que isso passou conforme o tempo, e viu que tudo não passava de zoações para lhe irritar, por isso se acostumou. Agora, as semelhanças físicas, ah... Essas eram todas de James, seja dos cabelos negros, até mesmo a cor dos olhos, e aquele típico “arquear de sobrancelhas” quando algo não lhe agradava, ou aquele sorriso tímido no canto dos lábios, quando estava envergonhado, tudo isso provinha do pai, aquela pontualidade e mania de organização, até mesmo aquela mania chata de roer as unhas quando estava nervoso, ou com medo.

A asma também herdou do pai, assim como a baixa estatura, seu pai não era tão alto assim, era até engraçado, pois Maggie era mais alta, principalmente quando estava de saltos, e tinha que se curvar para beijá-lo nas fotos, porém o mesmo, assim como Eddie e todo baixinho emburrado, sempre dava a mesma desculpa de que: “Um metro e setenta e cinco é a altura padrão! Se vocês passam disso, o problema é de vocês!” e dividem também o mesmo gosto musical, apesar de Eddie ter aprendido quase tudo com sua mãe, se James não viajasse tanto, ele e Eddie seriam inseparáveis, e se conheceriam muito mais, e agora que ele mora em nova York, só poderiam se ver nas férias.

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