SEVEN

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Episódio 7 – Verdade ou Desafio?
  

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Domingo.

(7:15pm)
 
  

— Eduardo? Andale, Let's go!

Stanley Uris berra pela quinta vez seguida, enquanto estava deitado de barriga pra cima na cama de Eddie o esperando terminar de se arrumar (o que já faziam duas horas).

— Calma! Meu cabelo está horrível! Céus! Como eu não notei que ele cresceu tanto?

— Cara, seu cabelo é bonito! Para com isso-

— Você só está falando isso, porquê quer que eu me apresse!

E pelo visto, não consegui...

Stan ergueu a cabeça e olhou para a banheiro do quarto de Kaspbrak, onde o viu na frente do espelho encarando a própria imagem, ele estava bonito, e Stanley não estava dizendo aquilo pra ele se sentir melhor, e sim porquê era a verdade.

Eddie estava em uma camisa de manga curta, amarelo bem clarinho somente com um desenho de carro na frente, o clássico short vermelho com listrinhas brancas na lateral, fica um pouco curto demais para seu corpo, mas ele não se importa nenhum pouco, a noite estava quente mesmo, por que não? Seus tênis acompanhados com uma meia ¾ no qual na borda havia estampado as cores da bandeira LGBTQ+ dando um charme ao look escolhido por ele mesmo, no entanto, sua briga mesmo era com seu cabelo, não que fossem feios, muito ao contrário, Kaspbrak era dono de cachos negros e sedosos, que ele nunca deixa crescer, gostaria muito de ter o cabelo igual ao do seu pai: lisos e fáceis de pentear, colocar os fios no lugar perfeito, sem ter que entupir de gel. E agora ele estava emburrado, cabe a Stanley lutar para convencer esse teimoso de que ele está ótimo, por mais que não acredite.

— Eddie...

— Se você vem me apressar outra vez, pode parar! Quer saber... Não vou mais.

— Ah, mas é claro que vai! Deixa disso!

— Não vou, eu estou feio! Estou horrível, e eu me odeio!

— Eddie para de falar bosta, mas que cacete, você é um filho da mãe bonito!

— Não sou! Eu não vou mais.

— Edward! — Ele parou diante dele e tirou a escova de cabelo da mão dele. — Sim, você vai, sabe por que? Porque todos já estão esperando a gente, e eu quero que você vá... — Começou a passar a escova em torno do cabelo rebelde do amigo — Você vai, porquê precisa se divertir um pouco e esquecer tudo que aconteceu, por mais que a pessoa que eu não posso falar o nome senão você surta, possivelmente vá estar lá, você vai poder interagir, conhecer pessoas novas e quem sabe... Só quem sabe, entender que nós somos jovens! E que temos uma vida inteira pela frente, e não somos obrigados a resolver tudo só de uma vez. Como dizia meu amigo Shakespeare: Se nem Deus fez tudo num só dia, o que me faz pensar que posso?

Terminou lhe sorrindo gentil (coisa que ele não era nem um pouco).

— Então, o que me diz?

CYBER LOVEOnde histórias criam vida. Descubra agora