Otto

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Nosso café da vai ser da manhã vai ser recheado de discussões e dor de cabeça. Como que eu sei disso? Estão sentados na mesa: meu pai; minha mãe e a Zara. Aparentemente o resto da família já foi embora – sorte minha – e só restou o pessoal da casa mesmo. Sento-me em um cadeira um pouco distante de todos e não digo nada. O silêncio toma contar da sala de jantar e a Graça aparece com o meu milk-shake.

– Bom dia! – meu pai fala depois de um tempo e nós demos uma longa encarada. Eu sei que ele está se segurando para não me atacar, seus olhos semicerrados não me enganam.
Dou de ombros.

– Nós estamos muito decepcionados com você! – minha mãe diz com uma voz que me parece ser de raiva, mas ela só está fazendo drama – Com vocês dois! – agora diz olhando para a Zara.

– Finalmente a favorita de vocês fez merda e se igualou a mim! – dou um sorriso de lado e encaro a Zara, pela sua cara está morrendo de vontade de me mandar dedo do meio.

– Ela...

– Eu jamais me igualaria a você! – ela interrompeu a nossa mãe. Sorriu e jogou o cabelo de lado; continuei encarando-a.

– Sério? – ela assentiu – Pai, você já perguntou a Zara qual faculdade que ela pretende fazer? – ele arqueou uma sobrancelha.

– Otto! – Zara gritou o meu nome e eu não parei de encarar o meu pai que agora estava encarando-a com um olhar sério, de duvida, raiva?

– Zara, do que ele...

– A gênia preferida de vocês terminou a escola adiantada. – minha mãe arregalou os olhos – Vocês foram convidados para a formatura?

Zara apoiou os cotovelos na mesa, abaixou a sua cabeça e passou a mão em seu cabelo. Nossos pais estão encarando-a de um modo que a qualquer momento podem voar em cima dela. Dou um sorriso de lado e sinto vontade de levantar daqui, por mais que eu não tenha terminado de comer, porém eu tenho que ver como isso vai terminar.

– Isso é verdade, Zara? – ele pergunta com a voz mais grossa e intimidadora que ele tem. No passado eu sentia medo, hoje só me da vontade de rir.

– Como isso pode acontecer? – minha mãe pergunta com a mão na boca – Nós não fomos à formatura de nenhum dos nossos filhos. – uma lágrima escorre de seus olhos e eu automaticamente reviro os meus.

Zara continua de cabeça baixa e não deu nenhum pio até então.

– Responda! – meu pai grita e bate na mesa. Ela levanta o rosto e encara um a um. Sua aparência está normal, ela não chorou e não se amedrontou.

– É. – assentiu e levantou de sua cadeira – Otto, se arruma que nós vamos sair! – me encarou e eu não consegui disfarçar o sorriso no rosto.

– É pra já! – respondo mesmo que ela não esteja mais entre nós.

Meus pais ficaram em completo silêncio e eu levantei da mesa. Fui para o meu quarto e comecei a me arrumar para sabe se lá aonde vamos. Vesti uma blusa branca, calça verde, casaco da mesma cor e um tênis branco. Passei perfume, escovei os dentes e estou pronto. Faço carinho no Zeus antes de sair do quarto e me encontro com a Zara sentada no sofá. Ela levanta assim que me vê e nós esperamos o elevador em silêncio. Entramos, ainda em silêncio e a porta se fecha.
Zara me da um tapa na cara assim que a porta se fecha e eu rapidamente encaro-a.

– Agora estamos quites! – sorri de lado e deu de ombros.

Eu a seguro pelo pescoço e forço seu corpo sobre a parede do elevador. Encaramos um ao outro e pelos seus olhos ela não está nada assustada.

– Antes de querer se sentir superior a mim, lembre-se que o seu teto é de vidro! – as palavras saem rasgando da minha boca. Continuo encarando-a e não aperto muito o seu pescoço.

Só lembro de soltá-la quando o elevador faz o barulho de que a porta está prestes a abrir. Voltamos a nossa posição inicial e uma senhora entra no elevador sorrindo para nós. Voltamos a nos encarar e eu pisquei de uma olho para ela.
Entramos no carro e a Zara colocou a localização para eu seguir. Não faço ideia de para onde estamos indo e também não faço questão de saber, chegando lá eu descubro.
Se não fosse pela Zara, o nosso caminho seria um completo silêncio. Ela acabou colocando uma das minhas músicas favoritas "Legend – G-Eazy" e outras que não passam de porcarias. Até onde iremos com esse silêncio?

Chegamos ao local e eu estacionei próximo ao prédio. Descemos do carro, andamos até o prédio e subimos até o segundo andar. Um estúdio fotográfico? Encarei a Zara e ela não me deu muita bola. Ela entra primeiro e começou a conversar com o pessoal que está aqui. Eu começo a olhar tudo em volta e surge alguns rostos me encarando. Eu só quero ir embora, mas agora eu já estou aqui.
Pelo o que eu entendi, a Zara é amiga desse fotografo que é uma referência aqui no Rio de Janeiro. Após tanto socializar e nós dois assistirmos o ensaio fotográfico de uma mulher, nós sentamos em um sofá e nos ofereceram champanhe.

– Obrigada por estragar o meu dia! – Zara diz após tanto tempo em silêncio. A sua voz está normal e ela não aparenta estar sofrendo por isso. Ela deu um gole em sua bebida.

– Disponha! – assenti.

– Você é uma das piores pessoas que eu conheço, sabia? – dou de ombros – Sério, eu estou começando a ficar cansada de você.

– Todos estão! – digo olhando para frente – Eu não sirvo pra agradar ninguém. Eu sou o que eu sou e ninguém suporta isso.

– Yeah! – ela vira o meu rosto para ela e agora nós estamos nos encarando – Você é insuportável! – eu ri, fiz brinde com ela e nós bebemos.

Não demorou muito para a Zara ser chamada e eu comecei a observar a sessão de fotos dela. Ela está se saindo muito bem e nem se parece àquela menina que foi desmascarada no café da manhã. Eu acho que soltei um sorriso só por lembrar disso.

– Otto! – uma mulher apareceu em minha frente e tapou minha visão. – Podemos começar? Você vai ser o próximo! – eu assenti e dei o último gole em minha bebida.

Começaram a me maquiar, fazer prova de roupas e tudo mais. Não me sinto desconfortável com essa situação, só com esse pessoal me encostando e me analisando.
Pronto.
Comecei a tirar as fotos e a todo o momento havia mudança de posição, novas ideias, troca de roupa, retoque em maquiagem e tudo mais. Achei estressante e ao mesmo tempo confortável.
Ao final da sessão eu tirei a maquiagem e vesti a roupa que eu estava. Me aproximo da Zara que está conversando com o amigo dela, o fotografo – Lucas.

– Você até que se saiu bem! – diz dando dois tapas no meu ombro.

– Podemos ir? – pergunto.

– Eu tenho um encontro. Se você quiser ir para casa eu te encontro lá! – dou de ombros e viro para ir embora. – Não vai perguntar com quem eu vou ou me desejar boa sorte?

– Eu não sou seu pai! – digo ainda de costas para ela e logo saio.

Desço do prédio e quando chego na calçada fico sem saber o que fazer; eu irei para casa ou para outro lugar? Fico pensando em um lugar legal e não veio nenhum à minha cabeça, na verdade veio, mas logo eu desisti. Entro no carro, ligo o ar-condicionado e pego o celular.

– Abby's –
Otto: O que você está fazendo?
Abby's: Nada que te interesse!
Otto: Estou indo ai te buscar.
Otto: Chego em vinte minutos!


Paro em frente ao prédio da Abigail e ela já está do lado de fora me aguardando. Abro a porta do carro por dentro e ela entra. O cheiro do seu perfume doce logo toma conta do carro todo e eu por impulso, agarro a nuca dela puxando-a para mim, para que eu consiga sentir mais do seu cheiro e dar alguns beijos ali. Ela não reclamou, então aproveitei para acariciar sua cintura. Virou o rosto para mim, segurei em sua bochecha e me aproximei para que nossos lábios se encontrassem.

– Para! – ela colocou sua mão na frente, impedindo a minha passagem livre – Você ainda tá na minha lista negra. – segura minha bochecha e empurra o meu rosto para trás.

– Desculpa, senhorita Diane Court! – Ironizei, levantando os brações em forma de rendição.

– Devo levar em consideração que eu sou brilhante ou que você está se declarando pra mim?

Forcei um sorriso para ela e dei partida no carro. Sem pedir, ela conectou o bluetooth no carro dando play na música... e era uma das poucas que eu gosto. Cantarolava nas partes de impacto, sorrindo pra ela e enfim, chegamos no restaurante.
Ela pediu indicação do chef para o prato principal e eu fui na dela. Depois de uma breve discussão, escolhemos o vinho e ela levantou um brinde.

– Ao filme que iremos assistir hoje no quarto do hotel que você vai me levar. – brindamos.

Demos um gole e eu me apoiei na mesa ficando mais próximo a ela.

– Acredite, se eu te levar para um quarto de hotel, a última coisa que faremos será assistir a um filme.

Ela deu um sorriso lindo e eu sorri também. Demos outro gole na bebida. Tudo nela parecia ter sido milimetricamente esculpido de tão perfeito e alinhado. Ela realmente é linda! E a minha vontade de tocar nela só aumenta. Eu sei que ela gosta desse joguinho de sedução e, por mim, ok! Ela também parece estar afim de mim.
Nesse meio tempo, peço para ela tirar uma foto minha e posto. 

@im_otto: Psycho behind the cameras 🔫– Que merda foi aquela na festa? – ela me fuzila com os olhos

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@im_otto: Psycho behind the cameras 🔫

– Que merda foi aquela na festa? – ela me fuzila com os olhos. Esse merda já tinha que ter sido esquecida – Eu quero saber com o que eu estou lidando!

– Aquele foi eu sendo eu. – negou – A carne é fraca, you... você sabe...
Sinto algo subindo pela minha perna e logo percebo que é o pé dela. Não demorou muito para chegar ao meu pênis, ela começou movimentar o seu pé sobre ele e o mesmo começou a ficar duro. A encaro e no mesmo momento ela fecha a cara, pressiona o seu pé no meu pênis e eu dou um tapa no mesmo.

– Jogos são para quem sabe jogar! – sorriu de lado – Se você quer brincar, então vamos brincar!
– Você não sabe onde está se metendo! – aviso.

Ela apenas ri.

Não demorou muito para perceber que nós dois queremos a mesma coisa, sair daqui e ir logo para o hotel. Então, pagamos a conta e fomos para o carro. Durante o caminho do hotel, Abby massageava a minha perna e a todo momento chegava perto do meu pênis, me deixando cada vez mais excitado.

Finalmente chegamos no quarto do hotel. Eu facho a porta. Abby começa a andar de costas para a cama e de frente para mim, começa a tirar a sua roupa se exibindo pra mim com sua melhor cara de tarada. Ela virou de costas, colocou o cabelo de lado e meio que olhou pra mim. Me aproximei, segurando firme em sua cintura puxando-a pra colar seu corpo no meu. Dei um cheiro em seu pescoço, agarrei sua nuca com uma mão e a outra eu abaixei o zíper de seu vestido. Levantei um pouco seu pescoço e dei alguns beijos no seu rosto. Alisei seu corpo por dentro do seu vestido e num movimento rápido, virei ela de frente pra mim, dei um beijo lento, saboreando sua boca. Alisava seu corpo, apertava e puxava-a para mim. Desci meus beijos por seu pescoço, ombros, colo, enquanto ela descia seu vestido. Me afastei dela para admirar seu corpo. Me aproximei dela, abaixando para tirar sua calcinha enquanto beijava, lambia e chupava sua coxa. Ela deitou na cama, tirei minha blusa e fui fazer o oral que ela merecia. Os gemidos dela eram música para os meus ouvidos. Eu queria ela desse jeito, louca de prazer por mim. Antes que ela alcance o clímax, eu me afastei e ela me encarou sem entender. Eu ri e ela deitou desapontada. Tirei minha calça junto da cueca e me aproximei dela, ficando por cima, mas sem soltar o peso; enquanto vestia a camisinha, beijava o corpo dela que reclamava alguma coisa. Agarrei o pescoço dela que agarrou meu braço. Trocamos olhares de desejo e comecei um beijo acelerado. Agarrei a perna dele, trazendo pra junto do meu corpo, na altura da minha cintura e em segundos meti nela, que arcou o corpo soltando um gemido no meio do beijo e, eu sorri. Saí de dentro dela e a virei de costas, juntei suas pernas, puxei um pouco sua bunda e voltei a meter nela. Vezes beijava seu corpo, vezes dava uns tapas. Sem sair de dentro dela, fiz ela ficar de quatro e aumentei as estocadas dentro dela. Puxei o cabelo dela e fiquei masturbando ela no mesmo ritmo em que metia. Não demorou muito pra eu sentir ela pulsar. Dei um tapa na bunda dela e me aproximei do seu ouvido.
– Vem comigo!
Agarrei o pescoçodela, forçando a cabeça dela um pouco pra cima, continuei masturbando elaenquanto metia e distribui alguns beijos e mordidas onde alcançava. Eu explodi,diminui um pouco as estocadas, mas logo voltei ao ritmo porque eu não parariaaté ela conseguir e ainda bem, não demorou muito. Ela soltou um gemido longo erelaxou o corpo na cama. Deitei por cima dela, beijando seu ombro e rosto.Nossas respirações estavam ofegante e sorriamos um para o outro.


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