O novo clássico gira em torno da vida de três jovens adultos.
Com suas vidas distintas, acabam descobrindo algo que jamais passaria pela cabeça de cada, fazendo assim com que suas vidas desse uma reviravolta.
Natal foi sem comentários, coisa linda. Aconteceu tudo da melhor forma, nada estragou e foi isso. Única coisa que eu esqueci foi de tomar engov, a ressaca bateu fudida. Mas ai eu lembrava das coisas que acontecerem e logo esquecia da ressaca. Véspera de ano novo, trabalhando como sempre e podre por ter ido num pagode ontem. Já avisei pros meus pais que vou dar perdido e só vou aparecer no dia seguinte, não gostaram, mas sabem que sou responsável então me aliviaram e não tontearam muito. Trabalhei até seis horas como no Natal, mas o pique foi mais calmo, pelo menos isso né. Quando cheguei em casa só arrumei as coisas que eu ia levar pra casa do Murilo, meus pais não estavam mais em casa e eu não sou fã de ficar sozinha, então vou ficar de lá mesmo que tem a família dele que me ama. Subi pra casa dele andando mesmo, não tinha passado nenhum moto táxi se não eu tinha pego, sedentária mesmo. E como sempre ele não estava em casa, deixei minhas coisas no quarto dele. Estava rolando um churrasco, fiz meia horinha com a família dele e fui dormir porque dava tempo de descansar um pouco. Acordei com o celular despertando, fiquei mais uns dez minutos deitada mexendo no celular, preguicinha de lei, mas já estava atrasada. Levantei sem coragem nenhuma, fui tomar banho e me arrumar. Assim que terminei desci pra comer, não sabia se pra onde iríamos vai ter comida, então melhor me alimentar antes. Quando estava quase terminando de comer ele chegou,pensei que iria ter que mandar mensagem pra apressar o gato. Nem deixei ele comer direito e acelerei ele pra se arrumar. Porque se ele senta pra comer, ele vai começar a conversar e nunca mais vai parar, conheço a peça. E como ainda iríamos pro Vidigal, deveríamos sair logo. Paramos numa casa antes que o amigo dele mora, aqui na Rocinha mesmo, só esperamos eles subirem na moto também e partirmos pro Vidigal. E era parada atrás de parada, mas pelo menos consegui tirar uma foto antes de chegarmos no Vidigal. E assim que estacionamos na casa que iríamos passar a virada, já fui postando a foto. 📷
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@lissantana Última do ano rs
Assim que entramos cumprimentei algumas pessoas que conhecia, e o local estava cheio, porém já fui pra varanda garantir meu lugar pra ver os fogos e fora que a vista pra praia é surreal, coisa de outro mundo. Murilo já veio agradando a gata, vulgo eu, com uma long neck. E eu só sairia da varanda depois da virada, fiquei mexendo no celular enquanto contava os minutos. Assim que começou a contagem, o Murilo veio e me abraçou por trás. -FELIZ ANO NOVO- gritamos, virei pra abraçar ele- Obrigada por tudo, Murilo -Eu que te agradeço loira, tamo junto porra- falou segurando meu rosto, sorri e ele me beijou, terminei de nos beijar com selinhos e virei pra assistir os fogos e comecei a refletir sobre tudo que já passei, o tanto que tive que superar pra hoje estar bem, rodeado de pessoas que me amam e que lutam por mim assim como luto por eles, deixei umas lágrimas rolarem, mas logo sequei quando vi meus pais me ligando Depois que desliguei, deixei a garrafa vazia no lixo e fui pegar mais uma, porque hoje é dia de merdele e ninguém me segura. Fiquei curtindo com um menino que estudou comigo e encontrei ele do nada. Murilo veio me chamando pra fumar, nunca nego né. As vezes a onda bate rápido, e dessa vez não foi diferente. Comecei a dançar ali mesmo, estava tocando os funks que eu amo, alguns eu sei a coreografia, mas não sou dançarina, faço o que posso. Quando os amigos do Murilo chegaram, vieram pra perto da gente e aí sim foi quebradeira pura. Geral nos passinhos. E eu já estava ficando bebada, chapada e tudo mais. O pior foi quando a larica bateu, aí tive que sair à procura de algo pra comer. E tinha um cantinho cheio de salgadinhos, comida japonesa e tals. Fiz um pratinho humilde, porém nem tanto e voltei pra onde eles estavam. Alguns já tinham ido dar um rolê pelo local. Me alimentei bonitinho e Murilo já veio com mais cerveja e a proposta de dar uma volta no baile, não recusei. Chegamos no baile no trenzinho. Como já estávamos com bebida, só paramos num lugar pra curtir. Murilo é um saco quando acha que eu já estou bebada, gosta de cortar minha onda, e porra, faz tudo, menos corta minha onda. Ele foi me puxando com amor e carinho pra fora do baile, pra voltarmos pro local lá, porém eu não queria ir né, o baile estava o mundo se acabando, mas não tive muita escolha. A casa parecia que estava mais cheia, encontrei um lugar pra sentar e ele trouxe salgadinho e coca. Comi uns dois salgadinhos só e fiquei ali descansando pra voltar a dançar. Murilo tinha saído e não tinha visto mais ele, levantei pra ir no banheiro, mas tinha gente então fiquei esperando na porta, só que estava demorando muito, parecia ter morrido e eu odeio esperar. Na hora que me aproximei da porta pra bater, a mesma abriu. Me afastei pra mina, que era gata, sair e vi o Murilo saindo atrás dela. Mas ele viu que era eu e continuou no banheiro, ela nem olhou pra trás. Pedi licença e ele deu, tranquei a porta e fiz meu xixi. Lavei minhas mãos e me encarei no espelho. Estava na mão do palhaço já, prendi meu cabelo num coque e ajeitei minha maquiagem. Fiquei me encarando por alguns segundos refletindo sobre o que tinha acabado de acontecer e abri a porta do banheiro saindo do mesmo e encontrando o Murilo de frente me esperando. Ele estende a mão pra eu segurar, e eu faço, mesmo estando puta. Ele foi me guiando até o andar de cima, onde entramos num quarto que estava vazio, enquanto ele trancava a porta eu sentei na cama. -Murilo tu não precisa falar nada não, uma hora ou outra isso iria acontecer- falei bem embolado -Tá ligada que tenho mó respeito por tu- assenti- Foi feião da minha parte fazer isso já que eu vim contigo... -Murilo relaxa- interrompi ele, que agachou na minha frente e segurou minhas mãos- Nosso relacionamento é aberto, tu faz o que tu quiser, assim como eu- tentava pagar de quem não está sentindo nada, mesmo sentindo coisa pra caralho, meus olhos estavam baixinhos de tão bebada e chapada -Mas não vou fazer na tua frente porra- me joguei pra trás- To falando sério Lis, fui mlk pra caralho agora, não vou mentir pra tu- ele tentou me puxar pra me fazer sentar de novo -To de boas, vamos descer pra beber e curtir ou ficar aqui enchendo a cabeça com coisa que não tem nada a ver?- falei, levantou e me puxou, levantei e ele deu um beijo na minha testa A consideração passou longe, longe pra caralho, eu não sabia nem o que sentir. Seis meses nesse relacionamento com ele, não tem como não sentir nada. Também não vou negar que já peguei outros, já soube que ele pegou várias também, mas é diferente de outras pessoas contando e você vendo, mas é aquela coisa vida que segue. Descemos, ele foi pra um lado e eu pro outro, fiquei vendo a vista, eu não iria deixar minha noite acabar por conta disso, já peguei uma long neck e parti pro meio da pista. Dancei pra caralho, até quase cair e perceber que não dava mais pra mim. Procurei o Murilo que estava sentado com os meninos na varanda e sentei no colo dele. -Tá cansadinha né- falou e deu um beijo no meu pescoço, assenti Marcamos mais 10 minutinhos ali e partimos pra casa dele. Só deu tempo de tomar um banhozinho, coloquei uma camisa dele mesmo e deitei na cama colocando meu celular pra carregar do lado da mesma. Logo senti a cama afundar do meu lado, Murilo tinha deitado e me puxou pra deitar a cabeça em cima do peito dele. -Vai me dar um beijo não?- fiquei encarando a boca dele, ajeitou meu cabelo pra trás da orelha e fez carinho no meu rosto, me deu um selinho e eu não resisti a esse homem
