Michele

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Por mais que o Edgar tenha tentado se enturmar, não deu muito certo. A Sol ficou de boa e tals, mas com o Rasta foi diferente, deu para ver o desconforto em seu olhar e em seu modo de agir; e eu super entendo, nós estávamos flertando a dois minutos e de repente eu trago um macho pro meio da roda. Eu fiquei tranquila, mas sabia que Edgar estava se sentindo desconfortável.

Edgar: Se eu te pedir pra irmos agora, você vai ficar muito puta? - Perguntou, baixo e eu ri. Neguei com a cabeça, revirando os olhos e dei um selinho nele - Então, vamos?

Michele: Deixa eu terminar essa torre? - Indiquei a torre de chopp com a cabeça e ele concordou meio contrariado -

Bebida vai, bebida vem, quando finalmente terminei de beber, ele me chamou novamente pra irmos e esse foi o trato, né? Se ele quiser ir embora, eu teria que ir junto. Levantamos da mesa, eu me despedi e o Edgar não teve nem a capacidade de dizer um "Tchau!". Nos dirigimos até o carro dele em silêncio e no meio do caminho eu tentei pegar a mão dele, mas ele desviou. Estou ficando exausta em relação a isso, mas vou deixar passar porque já tivemos uma briga desnecessária hoje;Entramos no carro e continuamos parados, em silêncio.

Michele: Gostei de você ter vindo! – digo passando a mão na barba dele enquanto ele olha para frente.

Edgar: Agora que eu já vim uma vez, você vai me deixar em paz? – perguntou meio brincando, meio sério -

Michele: Você tem vergonha de mim? De sair comigo por ai? – sinto que a briga de mais cedo vai continuar agora.

Edgar: Claro que não, Michele! – diz de uma forma como se eu fosse a sua filha rebelde de quem ele já está de saco cheio – Pra que você quer que eu saia com esse povo ai, se eu só quero você? – agora ele que coloca a mão no meu rosto e começa a acariciar minha bochecha.

Michele: Quero te introduzir na minha vida, é pedir demais? – fecho a cara.

Edgar: Essa não é a minha praia. A minha praia é você! – tirou a mão do meu rosto e começou a alisar a minha perna. – Eu não quero te dividir com ninguém. Eu quero você só pra mim.

Colocou a mão por dentro do meu short e a maior parte da raiva que eu estou sentindo vai embora. Ele sabe me manipular e eu deixo ser manipulada, não tem problema nenhum nisso. Ele começa a fazer o trabalho dele ali debaixo e eu fecho os olhos, apenas para sentir. Ele para e eu quase pulo para cima dele, pois estava muito bom e ele não podia ter parado agora. Ele avisa que nós iremos para um hotel e da partida no carro.

Já subimos nos pegando porque a saudade era grande e ele me atiçou. Fizemos o sexo maravilhoso de sempre. Depois fomos curtir a companhia do outro na piscina enquanto bebíamos vinho e quando ele resolveu que já estava bom, fomos embora. Nós paramos em um restaurante para comer alguma coisa, pois nós dois estávamos famintos e ele disse que me deixaria na porta de casa. Não recusei.

•••

Acordo com uma ressaca fodida e nem lembro de ter bebido tanto assim. De certa forma o Edgar fez a minha noite ontem e eu sinto que depois daquilo, nós podemos progredir mais. Após escovar os dentes e tomar um remédio, tomo um banho e me preparo para ir trabalhar. Vou até a cozinha para comer algo antes de sair e a minha mãe está fazendo o café.

Michele: Bom dia! – dou um beijo na testa dela e me afasto, para preparar um pão.

Lena: Que história é essa que você tá saindo com homem casado? – não parou de fazer o que estava fazendo e nem me encarou, apenas perguntou com um tom frio.

Michele: Eu que te pergunto! – ela me pegou de surpresa e eu tenho que sair dessa como se nada tivesse acontecido.

Lena: Todo mundo no prédio está falando, Michele! – agora me encarou com uma feição meio que desapontada e colocou a mão na cintura – É verdade ou não?

Michele: Desde quando você ouve os fofoqueiros? – arqueei a sobrancelha - Eu estou saindo com alguém sim, mas ele não é casado. – ficamos segundos nos encarando.

Lena: Tem certeza? – assenti dando uma mordida no pão – Eu nem sei o que faço com você se você estiver tendo algo com alguém casado. – negou.

Michele: Relaxa! – ela senta na minha frente colocando o café na xícara e eu me ajeito na cadeira – Esse povo daqui não sabe de nada e você fica indo na deles.

Lena: Eu espero mesmo que seja fofoca!

Michele: Tá duvidando da criação que me deu? - Perguntei, rindo e ela me tacou um pano de prato -

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