Lucas
Saio do carro correndo e vejo que aqueles merdas saírem correndo, quero muito descontar minha raiva neles, mas agora esse garoto precisa de ajuda. Vou até ele e verifico se ainda respira, e por deus o alívio que sinto ao ver que ele esta respirando quase me leva ao chão, e não aguentando toco seu rosto vendo o quão machucado esta me da um ódio tão grande que sou capaz de matar aqueles merdinhas. Quero o tocar mas não sei a gravidade de seus machucados. Então resolvo chamar uma ambulância que não tarda a chegar, observo todo procedimento que fazem ao coloca-lo na maca e leva-lo para ambulância, falo para leva-lo para o hospital particular mais próximo, que iria acompanha-los de carro.
Chegando no hospital, com o coração a mil saio correndo do carro indo direto para recepção, onde pergunto se o rapaz que chegou atropelado esta sendo atendido e qual a situação dele.
_ Senhor, qual seu grau de parentesco com ele?
_ Fui eu que o atropelei enquanto ele estava fugindo de uns caras na rua. Sei que apenas parentes podem saber notícias dos pacientes, mas... acarei com todas suas despesas no hospital e ficarei responsável por ele até achar sua família, ... eu apenas preciso saber como ele esta... nem sei seu nome...
_ Tudo bem, senhor! _ diz a moça da recepção soltando um suspiro no processo. _ O socorrista deixou os documentos do senhor Rafael Medeiros, mas preciso de seus dados para preencher a entrada dele, e assim que terminarmos aqui o senhor poderá o aguardar ali na recepção, que logo o enfermeiro lhe trará notícias dele.
_ Obrigado! _ depois de toda burocracia, sento nas cadeiras de espera e parece que as horas não passam, já perde a conta de quantas vezes levantei e soltei, olhando a todo momento pra porta torcendo para que alguém venham me dar notícias.
_ Familiares de Rafael Medeiros?
_ Sou eu! Como ele está?
_ Pode me acompanhar, por favor? _ assinto com medo de que algo grave possa ter acontecido com Rafael, e assim que estamos num local mais reservado, ele se vira para podermos conversar. _ O senhor Rafael passa bem, ele teve algumas feridas superficiais nas pernas e braços, ganhou quatro pontos pela pancada na cabeça, contudo fizemos os exames e esta tudo bem. No momento ele está dormindo e medicado, mas ficará doloridos por uns dias e quanto aos hematomas na barriga, coxa, costela e rosto, provavelmente devido a surra que levou esses irão demorar a voltar ao normal, então o melhor é ele ficar em casa de repouso.
_ Posso vê-lo? _ pergunto ansioso e nem eu me reconheço.
_ Pode sim, ele esta no quarto descansando, provavelmente amanhã recebe alta, mas antes de irmos... precisamos encontrar seus familiares, ele...
_ Ele o que doutor? _ pergunto e sinto um calafrio passar por mim.
_ Olha nem poderia estar te dizendo isso, mas o senhor parece verdadeiramente preocupado com ele... então talvez o senhor possa ajudar.... não sei.... mas as costas dele... estão machucadas... parece que ele foi bastante surrado...
_ O encontrei todo machucado, sendo perseguido dois caras... _ falo e sinto raiva novamente ao lembrar de seu corpo caído.
_ Não de agora... são cicatrizes antigas... muitas...
_ O senhor esta me dizendo que ele foi espancado? _ pergunto para confirmar, e tudo que sinto é raiva, absoluta raiva... por que não é possível... aquele garoto parece tão...
_ Infelizmente é o que parece! Vem vou te levar ao quarto dele.
_ Muito obrigado! Por tudo, s... me desculpe nem perguntei seu nome.
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Lucas - Irmãos March
RomanceMe sinto pesado... como se o mundo estivesse em meus ombros, é tanta cobrança... tantos olhares de nojo, pena... não sei qual deles é o pior. Não entendo porque meu jeito de amar é visto como errado, sujo, hediondo.... sendo tudo que quero, sinto...