Me sinto pesado... como se o mundo estivesse em meus ombros, é tanta cobrança... tantos olhares de nojo, pena... não sei qual deles é o pior.
Não entendo porque meu jeito de amar é visto como errado, sujo, hediondo.... sendo tudo que quero, sinto...
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Pouco tempo depois entra um enfermeiro, dizendo que estava na hora do banho de Rafa então ele vai até o banheiro onde deixa uma cadeira e volta pro quarto indo em direção meu anjo, cheio de sorriso. Paro e olho pro enfermeiro. Não. Ele só pode ser louco se pensa que o deixarei dar banho no meu anjo. Nunca. Nunca deixarei que alguém olhe ou toque em Rafael. Dando a volta na cama de Rafa, paro ao lado do enfermeiro e no momento em que ele vai tocar em meu anjo, seguro firme em seu pulso e o encaro frio.
- Não o toque. Você não vai dar banho nele. - falo baixo tentando soar calmo e controlar meu ciúmes, mas estou a tempo de explodir por seu atrevimento.
- Senhor é meu trabalho, vou apenas ajuda-lo no banho. - diz mas não para de intercalar seus olhares entre mim e Rafa. Aperto seu pulso num aviso de que não estou brincando, e quando penso que perderia o controle sinto o toque de meu anjo em meu rosto e no mesmo instante me acalmo.
- Obrigado mas não preciso de ajuda. - Rafael fala para o enfermeiro abusado.
- O senhor pode cair, se machucar... e depois tenho que refazer os curativos.
- Ficarei bem, obrigado.
- E quando for refazer mande outra pessoa. - finalizo ajudando meu anjo a entrar no banheiro e a tomar seu banho. Era só o que me faltava. Posso estar detonado, mas ninguém além de mim verá Rafael nu. Isso não. Com meu anjo já de banho tomado, aguardamos um enfermeiro para fazer o curativo de meu anjo, e quando ele chega já vou com sua cara, pois mantem seus olhos apenas em seu trabalho.
- Sabe que só quero você, não é? - Rafa diz segurando minha mão.
- Eu sei anjo, mas isso não impedi desses idiotas quererem o que é meu. E você meu amor é só meu, assim como sou seu. - falo vendo um sorriso gostoso surgir em seus lábios.
- Sim. - afirma e suas palavras me dão um prazer voraz e sem vergonha o beijo chupando sua língua, querendo a todo custo tê-lo se desmanchando de prazer em meus braços. Mas meu anjinho precisa se recuperar primeiro e com uma nova determinação me afasto, mas não antes de deixar mais um beijo em seus deliciosos lábios, deixando claro para o enfermeiro que ele tem dono.
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