Lucas - Irmãos March

Capítulo 6

Lucas

Ajudo Rafael a subir os degraus de seu prédio, e logo estamos entrando em seu apartamento, o vejo pegar as chaves e abrir a porta fico observando seus movimentos e não deixo de ver o quão lindo e delicado é esse rapaz, tudo nele grita frágil e não deixo de sentir ódio por quem o tanto vez mal. Desde que saímos do hospital Rafael falou o mínimo possível, e quando falava algo desviava o olhar, sei que sua cabeça deve estar um turbilhão depois de tudo que passou e só de lembrar que ele preferia se matar à continuar sofrendo, me sob uma raiva, um ódio tão grande, que se eu descobrir quem são esses caras que o atacaram e o responsável por todas as surras que tenho certeza que Rafael levou, eu mato todos... todos que ousaram fazer mal ao meu Rafa.

Entramos no apartamento e vejo que apesar de ser pequeno é tudo muito organizado e limpo, ajudo Rafa a se sentar no sofá e o vejo com o olhar ainda meio perdido, me sento ao seu lado e pego em suas mãos, ouço um ofegar baixo e tudo que quero é cuidar dele, não deixar que nada mais o machuque.

_ Olhe pra mim. _ digo baixo tocando com as pontas dos dedos em seu queixo, e não deixo de ficar impressionado o quão lindo ele é, o quão seus olhos chamam por mim... gritam para não deixa-lo cair.

_ Sua irmã vai trabalhar o dia todo e não quero que fique aqui sozinho... ­

_ T-tudo bem, não precise se preocupar... _ toco seus lábios e nego com a cabeça.

_ Não esta tudo bem. Você esta machucado e não te deixarei sozinho, então te darei duas opções ou você fica comigo ou eu fico com você, e isso não esta em discussão. _ falo e vejo seus olhos se arregalarem ao mesmo tempo em que sua cabeça começa a negar.

_ N-não... n-não... vou ficar bem... v-você não...

_ Pense e me fale depois, passarei a tarde aqui com você e quando sua irmã chegar conversamos melhor, agora tome seu banho que sei que deve estar querendo, enquanto preparo nosso almoço.

_ Você sabe cozinhar? _ pergunta incrédulo e não deixo de sorrir.

_ Assim você me ofende pequeno, e só para saber sei cozinhar muito bem. _ falo piscando um olho, e vejo suas bochechas ficarem vermelhas.

_ Adorável! _ falo e acaricio o local com a ponta dos dedos, o vendo ficar ainda mais vermelho.

_ Lucas... _ sussurra e não aguentando mais me aproximo de seu rosto, tocando meus lábios nos seus em um beijo suave... passo meu braço em sua cintura e o puxo com cuidado pra mim ouvindo um arfar de surpresa, e aproveito para aprofundar nosso beijo deixando minha língua tocar a sua, o incentivando a retribuir o que não demora a acontecer. Nos beijamos pelo que parecem uma eternidade e não quero o deixar, necessito de seu toque, de seu beijo e farei de tudo para o ter comigo, nos afastamos de vagar e ao abrir meus olhos encontro os seus fechados, com os lábios inchados e vermelhos, o vejo abrir os olhos que estão brilhando no azul mais belo que já ve, e ali eu tenho a absoluta certeza que ele será a minha perdição.

_ V-você me... eu fui... meu prime... eu... _ diz todo lindo atrapalhado tocando seus lábios e não consigo controlar o sorriso que surgi em meu rosto ao perceber que foi seu primeiro beijo.

_ Não irei pedir desculpas. _ falo e lhe dou mais um selinho nesses lábios viciantes.

_ Mas não podemos... é errado não é? Meu pai... ele... ele...

_ Nunca mais diga que é errado. Não a nada de errado no que esta acontecendo entre nós, e te digo mais, isso... _ aceno entre nós dois ­_ não é passageiro. Agora vá tomar seu banho, enquanto preparo o almoço e não pense por um segundo que não conversaremos sobre isso.