Me sinto pesado... como se o mundo estivesse em meus ombros, é tanta cobrança... tantos olhares de nojo, pena... não sei qual deles é o pior.
Não entendo porque meu jeito de amar é visto como errado, sujo, hediondo.... sendo tudo que quero, sinto...
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Depois de uma noite maravilhosa com meu anjo, mas hoje tenho que resolver alguns assuntos pendentes com Frank e Carlos. E sinceramente queria muito dar um fim na vida de Carlos, para que ele nunca mais se atrevesse a machucar meu anjo, mas infelizmente querendo ou não ele ainda é o pai de Rafael e não quero que num futuro meu anjo sinta remorso, raiva ou medo de mim, que não queria mais nada comigo, e sim isso acontecesse não sei o que seria de mim, pois minha vida gira em torno de Rafael, minha alegria, felicidade, absolutamente tudo depende dele. Por isso tomei a decisão de fazer algo diferente, não deixa-lo impune por sua crueldade, isso não, mas o farei desejar ter morrido. E agora de frente ao galpão, ao lado de meu irmão, estou certo da decisão que tomei.
- Tem certeza? Nunca imaginei que você se tornaria mole ao ponto de deixa-lo se safar dessa sem um dano. - Dante pergunta pela segunda vez, e tenho vontade de rir por saber que por ele Carlos teria o mesmo destino que Frank terá.
- Nunca disse que ele sairia ileso. - digo divertido o fazendo rir.
- Fico feliz, pensei que meu irmãozinho estava ficando frouxo. - fala rindo alto e lhe dou um forte soco em suas costelas.
- Porra. - diz gruindo levando a mão na lateral do corpo.
- Pensa que esqueci o que fez? Te darei o troco velho irmão. - falo lhe dando um sorriso malicioso, antes de entrar no galpão.
- Foda-se. - resmunga pelas minhas costas, mas ainda o ouço, sorrio e logo entramos no galpão, cumprimentamos alguns de nossos seguranças, seguindo para umas das salas específicas que temos para nossos prisioneiros. Destranco a porta encontrando tanto Frank quanto Carlos com alguns hematomas por seus corpos, olho para Dante num pergunta silenciosa.
- Estava entediado e vim brincar um pouco com nossos convidados até que você estivesse recuperado. - diz dando de ombros, aceno o entendendo bem, pois se fosse o contrário não conseguiria me conter e lhe daria um inferno de surra, e pelo que vejo Dante foi até gentil com eles. - Bom dia! Estão gostando de nossa hospedagem? - pergunto sorrindo irônico aos dois homens encolhidos um em cada canto do quarto, preso por correntes, da mesma forma que fiquei quando estava aos seus cuidados.
- Vá a merda seu fodido. - fala Frank com seu olho esquerdo fechado por conta do inchaço, parecendo um bola de beisebol no lugar do olho, seus lábios estão inchados com sangue seco de um corte no canto da boca, no entanto o que me chama a atenção é seu olho direito, que está fixo em mim com fúria e desafio, como se me dissesse que a surra que levou não foi nada. Pelo que vejo ainda tem algum resquício de coragem, mas isso não irá durar. O farei quebrar diante de meus olhos.
- Vamos ver até que ponto chega sua coragem. Ainda se lembra do treinamento básico que teve? Se lembra vamos ver se conseguirá suportar a dor e a tortura que Dante e eu passamos durante toda nossa vida, afinal não podemos esquecer que ajudou Lorenzo na nossa... criação. - digo o vendo engolir em seco e sorrio ao ver um vestígio de medo em seus olhos.
