Capítulo 17

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A cabeça de Christopher descansava em um local muito confortável, ele soltou um som mais parecido com um gemido de satisfação, e aconchegou seu corpo bem mais ao grande que estava tão perto dele que já não tinha mais espaço para a aproximação, mas ele quis mais. Ele enganchou sua perna colocando-a em cima dele e colocando seus braços em torno da cintura de Richard.

Richard abriu lentamente seus olhos, eles estavam um pouco desfocados e então ele viu o garoto tão aferrado nele como um gatinho sonolento. Ele lutou contra um aquecimento dentro do seu peito, algo que estava se tornando familiar demais, muito mais que deveria, ele acabou dominando todo o seu corpo e sua vontade de tocar aquele corpo tão pequeno em contato com o seu se tornado quase seu único desejo no mundo, ele passou a mão sobre a curva da cintura de Christopher, ele viu pele dele arrepiar. Ele sorriu um pouco. As reações dele diante do seu toque era tão visíveis que pela primeira vez Richard se perguntou se alguma vez ele causou a mesma coisa nas mulheres que ele havia tocado daquela forma, ele se sentia tão satisfeito com aquilo para seu melhor juízo ou pior, o garoto parecia tão vulnerável diante dele, tão claro e completamente em suas mãos fazendo Richard querer trancá-lo num quarto e somente ele ter acesso ao menino.

Ele estava louco era a única explicação.

Ele estava na cama como o filho do homem que ele mais odiava, depois de um sexo incrível, como o garoto dormindo abraçado no seu corpo como se ele fosse o príncipe encantado dele. Richard tirou os cabelos pretos de Christopher um pouco à frente do seu rosto corado, ele respirava pausadamente com um pequeno sorriso como se estivesse sonhado algo perfeito, um gatinho satisfeito. Uma onda de satisfação egoísta foi injetada em Richard. E o mais fodido não havia sido ter feito sexo com ele, e sim querer dar prazer à ele, principalmente considerando a natureza individualista de Richard no sexo, ele mal tocava suas parceiras, ele nem as beijava e preparava para o ato. Com Christopher ele se viu beijando, preparando, tocando no pau dele, masturbando-o, vendo-o gozar e cair desfalecido nos seus braços.

Richard esperou com tanta expectativa um enlouquecimento depois do sexo, mas ele não veio, seu corpo estava calmo, sua mente estava em contato com ela mesma, ainda que a confusão ali havia sido sua maior companheira nos últimos dias, ele não se sentia sujo por ter feito sexo com um homem embora esperasse isso bem mais que um enlouquecimento, ele sentia bem, satisfeito e completamente apegado ao menino que estava abraçado nele. Se aquele sentimento possessivo dentro dele era o real sentimento que as pessoas que se queriam tinham depois do sexo, que fazia querer abraçar, beijar por todos os lados, acariciar com lentidão e adorar, então Richard nunca quis alguém em sua vida.

Parecia tão errado querer um homem da forma que ele queria Christopher, parecia fodidamente errado querer um menino com olhos azuis e covinhas nas bochechas olhando para ele toda hora e parecia bem mais errado querer meter o pau nele e marcá-lo como seu. Para um heterossexual convicto, Richard estava bem mais convicto de que estava em volta do dedo mindinho daquele menino em particular, quase como um cachorro carente. Não podia mentir para si mesmo, ele sabia que não podia, desde que Christopher havia cruzado seu caminho as coisas estranhas que ele sentia faziam uma trilha completa ao fato de que ele sempre quis Christopher, desde quando o havia visto nervoso no escritório, era uma obsessão latente, Christopher trouxe à tona todas as inclinações doentes de Richard, ele havia sido um submisso, ele havia sido entregue, ele sempre confiava e estava a todo momento nas mãos dele a livre disposição. Ele só podia ser um garoto muito idiota para confiar assim em alguém tão rápido. Não havia outra explicação. Toda a confiança de Christopher havia nublado a mente de Richard e agora ele estava querendo o garoto de uma forma que ele sabia que não poderia ter.

Ele sabia que não poderia ter Christopher como algo seu.

Ele olhou para Christopher vendo seus lábios se separarem um pouquinho.

Apenas um Imprevisível (Uncontrolled Guys Series Book 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora