Capítulo 3

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O relatório estava em cima da sua mesa.

Richard olhou aquilo como se fosse uma espécime de outro planeta. Ele estava acostumado com a eficiência das pessoas que trabalhavam para ele, principalmente quando suas exigências pairavam exatamente na faixa de exigência bastante pertinente. Clarice conseguia ser a assessora mais eficiente que havia conseguido em anos. Suas referências haviam sido as melhores quando haviam chegado à sua mesa, mas ainda em meio à eficiência, sempre esperava um resultado completamente diferente. Ela havia sido treinada pela KGB, sua capacidade de conseguir extrair informações e organizá-las sem muito esforço era invejável, ainda que não colocasse as pessoas, devido suas atribuições, em locais que se dignassem a possuir um status meramente capacitado a ter feito algo realmente eficiente.

Ela realmente fazia.

Richard não havia feito uma equipe exatamente preparada a investigações das pessoas que cruzavam seu caminho, bem como as pessoas com quais mantinha acordos, negociações e atribuições comerciais. Realmente não fazia, mas sabia da necessidade de saber das coisas que estavam relacionadas às pessoas que diretamente estavam relacionadas ao seu círculo social. Era um controle básico que Richard se prestava, sempre havia sido sua maior característica ter controle sobre as coisas em suas mãos, manobrando-as e movimentando-as quando necessário e principalmente sabendo com exatidão suas características e pontos pertinentes.

O controle não era exatamente algo que se orgulhava muito menos configurava com algo que realmente era pertinente cada vez que se dignasse analisar e saber das esferas das quais seus negócios e atribuições de ações adentravam muito rapidamente, mas saber as características dos pontos atribuindo-lhes sentido e importante configurara algo que Richard realmente prezava, ou melhor exigia quando realmente queria em suas mãos.

Naquele momento era assim.

Existia uma real necessidade de controle, principalmente uma análise de pontos que realmente assegurasse sua atuação sobre os mesmos pontos. Richard não sabia nada sobre o filho de Warris, nada do que não havia visto naquele dia, a verdade seja dita. Não havia sido algo que ele realmente havia levado em consideração. Aquilo não significava nada. Somente havia visto aquele garoto sendo cortejado por um outro homem. Não era nada interessante que o aproximasse de Warris.

Sentou-se na sua cadeira, incomodado, apoiando-se desinteressado na mesma, olhando ainda aquele documento com atenção, realmente tentando descobrir qual a necessidade de estar incomodado ao ver um bando de páginas com dados de um adolescente que provavelmente não contribuiria para nada no que ele queria. Richard dificilmente investigava a vida das pessoas tão profundamente daquela forma, principalmente quando a necessidade de dados fosse realmente existente, mas havia estado bastante concentrado a querer saber coisas relacionadas à Warris.

Mas ele sabia, não precisava de dado algum.

Sabia muita coisa sobre Warris, talvez coisas que nem mesmo o filho dele sabia.

O filho dele.

Uma onda de irritação tomou conta de Richard muito rapidamente, como se ele estivesse assim a dias e o desconforto que sentia sem muito esforço havia sido sua realidade durante muitos dias atrás totalmente em proporção na mesma irritação. Era sincero consigo mesmo, a névoa que cobria as adjacências para a aproximação com Michael Warris era demasiado densa, a ponto de estar ofuscada todas as suas ações. Aquilo não agradava Richard. Pelo contrário, conseguia despertar sua irritação e impaciência sem muito trabalhar nela.

Somente tinha duas opções: negociar com ele algum tipo de sociedade que os mantivessem realmente relacionados ou aproximar-se do filho dele e usá-lo como um ponto em comum, a ponto de saber tudo o que poderia estar se passando e manobrá-lo para ter Warris nas mãos.

Apenas um Imprevisível (Uncontrolled Guys Series Book 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora