Paulie In The Sky With Diamonds • McLennon (With RafaellaMarques08)

John Winston Lennon

   Paulie resolveu trocar o seu cabelo azulado por um cabelo completamente negro, os seres daquele mundo não pareciam gostar muito de cores, o que fez ele substituir as vestes por algo que ele viu uma das pessoas na rua usando, era preto, havia um lacinho no pescoço e uma peça branca por baixo, ele deu um sorrisinho, sua viagem estava sendo interessante.

   E ele estava seguindo o ruivo de longe, John Winston Lennon, as pessoas tinham nomes grande naquele mundo, então ele também precisava de um...

   Certo, ele tinha que pensar.

   Estava caminhando e olhou ao seu redor, e viu uma plaquinha que dizia "Doctor James Street", então ele iria se chamar Doctor James Street!

   — Não ficou legal... — Pensou ele. — James vai ser o primeiro nome, e o resto... — Ele voltou a pensar, e resolveu colocar seu próprio nome no meio. — James Paul! Eu só preciso de um pro final...

   Ele estava um tanto preguiçoso e resolveu usar seus poderes de leitura na pessoa mais próxima, o homem se chamada Samuel K. McCartney.

   — James Paul McCartney. — Concluiu ele, saltitando para onde quer que aquele homem estivesse indo.

   Depois de uma boa caminhada, Paulie acabou em uma construção bem diferente do que ele estava acostumado, era grande e alta, com várias janelas, o que trouxe a ele uma lembrança da grande árvore de Tangerina onde as fadas moravam. Ele entrou, era um lugar enorme e iluminado, haviam várias pessoas andando de um lado para outro, Paulie estava impressionado com tudo aquilo...

   Tão impressionado que esbarrou em John.

   — Ei! — Disse o homem, o fuzilando com o olhar. — Está me seguindo? Eu vou chamar a polícia!

   — Não! Não! — Paulie tentou acalmá-lo. — Eu não estou te seguindo, eu... Eu moro aqui também.

   — É mesmo? — O ruivo cruzou os braços. — O senhor tem nome?

   — James Paul McCartney. — Respondeu ele, orgulhoso.

   — E em qual apartamento mora?

   Paulie nunca fez uma leitura tão rápida em toda a sua vida, afinal, ele mal sabia o que era um apartamento. O apartamento de John era o 1909, então ele apenas adicionou um número.

   — 1910.

   — Bom, eu moro ao lado do 1910 e eu sei que você não mora lá...

   Antes que ele pudesse terminar a frase, Paulie colocou as mãos para trás e as moveu rapidamente, executando um feitiço rápido de alteração na realidade.

   Esse tipo de feitiço gastava muita energia, mas era por uma boa causa. Ele poderia fazer John ficar feliz facilmente, mas não haveria graça nenhuma naquilo, Paulie queria fazer aquilo por mérito próprio, ele odiava misturar sentimentos com magia.

   — Senhor McCartney? — A recepcionista foi até o homem, sorrindo para ele e lhe entregando um envelope. — As chaves do seu apartamento, espero que goste do Edifício Epistein, sua bagagem o aguarda no 19° andar, apartamento 1910. — A mulher alta e loira se despediu dele.

   — Muito obrigada! — Paulie agradeceu, virando-se para John. — Acabei de vir morar aqui, hoje é meu primeiro dia, divertido não?

   — Bom pra você.

   — Se quiser fazer uma visita,você é sempre bem vindo!

   John o ignorou, indo em direção ao elevador, a fada fez bico em resposta.
 
   — Esse cara é difícil, sorte dele que eu gosto de desafios!

   E ele foi para o outro elevador, havia um homem de roupa engraçada lá dentro, seus trajes com ombreiras lhe lembraram os elfos de Strawberry Fields.

   — Para onde vai subir senhor?

   — Apartamento 1910, 19° andar.

   Ele só repetiu o que aquela mulher disse, e como num passe de mágica, ele subiu até um corredor, e havia uma porta com o número 1910 e algumas malas estavam na porta. Ele abriu o envelope que a mulher lhe deu, pegando a chave e abrindo a porta, entrando dentro de sua nova moradia com as malas em mãos.

   — Nossa! — Ele sorriu. — É bem maior do que minha casa!

   Ele tinha escolhido um dos apartamentos de luxo, ele pôde vez uma sala e uma cozinha enorme em conceito aberto, uma janela imensa que lhe dava uma vista sensacional, uma escada que o levava até a parte superior de seu loft, de onde ele poderia ver todo o andar de baixo. Ele simplesmente deixou as malas ali e se jogou no sofá, estava adorando a viagem, mesmo que ele não estivesse na Terra dos Leões Marinhos.

   — Isso é demais... — Ele se espreguiçou. — O Ringo nem vai acreditar quando eu contar sobre esse lugar pra ele.

   Paulie sentou-se no sofá, olhando para um objeto estranho em uma mesinha de centro, era preto e haviam vários botões, era um objeto do tamanho de sua mão, e assim que ele apertou um grande botão vermelho na parte de cima, ele caiu do sofá por causa do susto. Uma tela acendeu sozinha, e haviam imagens que se moviam e produziam som.

   — Esse mundo é tão estranho! — Ele deixou o controle da televisão no chão, não queria mais mexer naquilo. — Certo, certo, vamos ver meus planos para hoje a noite, e eu preciso saber o porquê dele ter emoções tristes...

   As leituras de Paulie não podiam interferir no emocional de ninguém, ele só podia saber se eram emoções tristes, felizes, boas, ruins... Nunca o motivo, então ele teria que descobrir sozinho.

   E sabia exatamente como.

•••

   Já passava da madrugada quando uma pequena criatura entrou no apartamento de John pela fresta da janela que ficou aberta. Como uma fada, Paulie poderia encolher, e isso era muito útil em alguns momentos.

   O apartamento de John era bem parecido com o dele, só estava mais bagunçado, haviam copos na bancada da cozinha, papéis na mesinha de centro, um painel com uma prateleira...

   E vários porta retratos abaixados.

   Paulie não sabia o que era, então voou com suas pequenas e delicadas asas até a prateleira, fazendo um certo esforço para levantar o objeto.

   E lá havia uma foto de John, de cabelos curtos e barba feita, usando seus óculos redondos, que realmente ficavam bem nele. Ao lado dele, havia uma mulher, de olhos puxados e longos cabelos negros, e no meio dos dois, um bebê.

   — Por que essa foto está abaixada? — Paulie disse, levantando o porta retrato. — Ele não deveria deixar uma foto da família assim...

   E de repente, uma luz se acendeu no escuro.

   Lá estava John, usando apenas boxers e segurando uma xícara, de olhos arregalados, olhando para o pequeno ser que estava a sua frente.