Paulie In The Sky With Diamonds • McLennon (With RafaellaMarques08)

Verdade

   John apertou fortemente os olhos quando acordou de manhã, e ficou um tanto surpreso quando não encontrou Paulie ali. Ele se levantou, ainda sonolento, atravessando a divisória do pequeno quarto e indo até o cômodo principal da casa.

   E lá estava Paulie, de costas para ele, cozinhando no fogão a lenha, completamente nu.

   John foi cuidadosamente por trás, abraçando o mesmo com carinho e deixando um beijo em seu ombro, o que o deixou um pouquinho assustado.

   — Bom dia. — John disse com um sorrisinho.

   — John! — Ele se virou para o ruivo, cobrindo rapidamente sua intimidade. — Eu não sabia que você já estava acordado...

   — Não precisa cobrir bebê, eu já vi tudinho ontem. — Ele deu um sorrisinho. — Mas se você ainda não se sentir confortável eu vou entender.

   — Não, está tudo bem... — Paulie suspirou. — Eu estou fazendo chá de margarida e creme de batata.

   — Vocês tem um café da manhã diferente por aqui. — John foi até a sua mochila. — Você vai achar ruim se eu pegar meu pacote de torradas?

   — De jeito nenhum. — Ele deu um sorrisinho. — E é melhor comermos rápido, vamos nadar hoje.

   — Você combinou com seu amigo?

   — É, o Ringo chega daqui a pouquinho. — Ele respondeu, colocando seu café da manhã sobre a mesa. — Eu vou vestir uma coisinha e já volto.

   — Você tem que se vestir mesmo?

   — John!

   — Tá bom vai lá. — Ele riu.

   Não demorou muito para que Paulie aparecesse usando um shortinho, os dois tomaram café da manhã juntos, conversando como sempre faziam durante as refeições.

   — Hoje a noite a gente já vai embora, e eu falei pro Ringo se preparar pra ir com a gente, tem certeza que não é um incômodo ele ficar na sua casa?

   — Não, ele pode usar o quarto do Julian. — Lennon suspirou. — Eu ainda tenho que resolver coisas no juíz... Mas isso não é assunto pra agora.

   — Resolver coisas no juíz?

   — Em relação à guarda do meu filho, nas não se preocupe.

   — Porque querem tirar seu filho de você? — Paulie perguntou, com os olhinhos curiosos e inocentes.

   — Bom... É que...

  Bem na hora, alguém bateu na porta, John suspirou aliviado, odiaria contar para Paulie que já foi parar em uma clínica de reabilitação por estar viciado em drogas.

   A fada foi até a porta, dando de cara com o mesmo elfo baixinho e narigudo que John viu no dia anterior.

   — Posso deixar minha mochila aqui? — Perguntou ele, usando um shortinho igual ao de Paulie. — Eu estou ansioso para ir ver o mundo dos humanos...

   — Você vai gostar de lá, e eu já tomei meu café da manhã, você vem John?

   — É claro, eu também já estou bem.

   Paulie viu pânico nas emoções dele assim que perguntou o porquê dele ter que lutar pela guarda do próprio filho, se sentiu mal por ter perguntado sobre o assunto.

   Os três saíram da casinha de Paulie, e a fada ajudou o ruivo a descer do maior pé de tangerina que ele já viu em toda a vida. Os três pararam na beira do rio, e por incrível que parecia, ele não era tão fundo assim.

   Paulie puxou John pelo braço até que ele entrasse na água por completo, haviam peixes coloridos nadando entre eles, alguns eram até brilhantes.

   Eles estavam brincando tranquilamente na água, até que John teve uma visão que o deixou completamente apaixonado.

   Paulie decidiu deixar as asas aparecerem, as costas nuas dele cheias de padrões prateados que brilhavam ao sol, suas asas brilhando como diamantes e produzindo alguns feixes de luz coloridos, os cabelos dela adquiriram um tom azulado toda vez que ele mostrava as asas, e a água cristalina batendo na sua cintura...

   Aquele era sem dúvidas o homem mais bonito que já existiu.

   — Paulie o seu namorado tá babando. — Ringo disse rindo, o que fez John acordar.

   — Johnny! — Ele disse dando o sorrisinho mais lindo do mundo, se aproximando do ruivo e lhe beijando apaixonadamente. — Não precisa ficar assim...

   — Olha só o que temos aqui!

   E todos olharam para uma garota de cabelos azuis e olhos brilhantes que estava em um barco, passando por aquele mesmo rio.

   — Oi Lucy. — Paulie disse com as bochechas vermelhas.

   — Quem diria que o Paulie voltaria da viagem namorando. — Ela riu, se afastando deles.

   — Ela é sua amiga? — Perguntou Lennon.

   — Minha vizinha. — Ele respondeu, batendo levemente as asinhas, sem sair do lugar. — Mas você... Estava babando mesmo? Por mim?

   — Olha só pra você Paulie, você é perfeito! — Ele respondeu, enchendo o rosto do garoto de beijinhos.

   Depois de passarem o dia todo nadando, estava na hora deles irem para o mundo humano. Todos já tinham suas poucas bagagens prontas e estavam na casa de Paulie, esperando ele abrir o portal.

   — Okay... Vamos lá. — Ele fechou os olhos. — Terraceos Portes!

   O mesmo círculo dourado apareceu no ar, e os três entraram, parando do lado de dentro do apartamento de John.

   Até que ouviram alguém gritar.

   — Que porra foi essa!

   Todos olharam assustados para George, Paulie fez o portal se fechar na hora para evitar mais confusão, ele tinha visto o portal, que explicação eles iriam dar para ele?

   George estava assustado, mas assim que ele olhou para uma terceira pessoa que estava naquele meio, ele sentiu seu coração acelerar, o mesmo aconteceu com Ringo, o elfo nunca tinha visto um homem tão atraente em toda a sua vida.

   — Minha nossa... — Ringo disse baixinho.

   — George, não é o que você está pensando... Espera aí, como entrou aqui?

   — Sua empregada estava aqui, ela disse que eu podia entrar já que você disse pra ela que eu não era ameaça e que eu podia aparecer sempre que eu quisesse. — Certo, aquilo era verdade. — Ela disse que você estaria chegando de viagem e eu decidi te esperar aqui, ela foi ao mercado comprar algumas coisas e você simplesmente surge no meio da sala?!

   — Eu posso explicar caralho! — John suspirou. — Okay, você não vai acreditar em mim, mas o Paulie é uma fada.

   George olhou para o rapaz e riu.

   — Você está de brincadeira com a minha cara não é? — E então, Paulie fez as asas aparecerem, vendo George arregalar os olhos.

   — Não, eu não estou de brincadeira.