Quando chega o fim.

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 Logo após o fim da guerra, Severo se candidatou para o cargo de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, contudo, Dumbledore não lhe deu o cargo. Havia rumores de que aquele cargo era amaldiçoado, já que nenhum professor passava mais que um ano naquela função. Contudo, a despeito da suposta maldição, Dumbledore decidiu dar outra função a Snape: o cargo de professor de poções, já que Slughorn havia se aposentando, e, além disso, a função de diretor da casa Sonserina, antiga casa de Severo. Como muito certamente não receberia ofertas melhores, ainda mais com seu histórico de Comensal da Morte, Severo acabou aceitando.

Sirius Black foi preso acusado de trair os Potter e ser secretamente um Comensal da Morte. Lupin ficou devastado com aquela notícia. Jamais pode imaginar que Sirius fosse capaz de algo assim. Ele amava tanto a Sirius, não conseguia se vendo amando outra pessoa. Com tudo o que Sirius havia feito, Remo não conseguia ter coragem o suficiente para se envolver romanticamente com alguém novamente.

Os anos se passaram. Snape nunca conseguiu se envolver com outras pessoas e, por mais que negasse, até para si mesmo, seu amor por Tiago nunca desapareceu. Ele amou o grifinório e jamais seria capaz de amar alguém daquela forma outra vez. Mesmo que o Potter tivesse sido um completo babaca no último ano deles na escola, Severo jamais deixou de amá-lo. Como gostaria que as coisas pudessem ter sido diferentes.

Naquele ano, o jovem Harry Potter entraria na escola. Vários professores estavam animados em conhecer o famoso bruxo que havia derrotado Lord Voldemort, porém, Severo estava preocupado que o garoto fosse ser metido por conta da fama que o cercava.

Depois da primeira aula de poção, Severo havia ido até o gabinete de Dumbledore.

— Medíocre, arrogante, encantado pela fama, exibido, impertinente...

— Você vê apenas o que espera ver, Severo. — Disse Dumbledore. — Outros professores me informaram que o garoto é modesto, amável e tem algum talento. Engraçado você descrever todos esses defeitos, pois me lembro bem que eram exatamente os mesmos que Tiago Potter possuía, e você não deixou de admirá-lo por isso, não?

Snape rosnou irritado. Não gostava de lembrar de Tiago.

— Vigie Quirrell, por favor. — Disse Dumbledore por fim.

— Porque o contratou, professor? Sabe que eu seria um professor melhor

— Todos os professores podem trazer algum tipo de experiência para os alunos, Severo.

— E quanto a pedra?

— Está em segurança, você bem sabe.

— Mas Quirrell...

— Apenas vigie-o, Severo.

Sua relação com Harry Potter nunca foi das melhores, os dois se odiavam mutuamente. E, o maior ódio de Severo, era que o garoto parecia tanto com pai! Preferia que houvesse mais semelhança com Lilian, seria mais fácil suportá-lo.

Ao longo dos anos, Severo acabou desenvolvendo um certo apreço por Draco Malfoy, talvez o fato de ele ser o inimigo de Harry tenha sido crucial, de certa forma, lembrava-lhe de seus anos de escola e dos Marotos. Ah, como os odiava, entendia o desprezo de Draco por Harry. O garoto era tão arrogante quanto o pai. Também jogava quadribol, só faltava se juntar com mais três outros grifinórios e sair pregando peças pela escola e seria a cópia perfeita de Tiago. Mas, naquela época, as peças ficavam por conta dos gêmeos Weasley e o Potter andava com o Weasley mais novo e a metida a sabe-tudo da Granger.

No ano do Torneio Tribruxo, Harry, é claro, conseguiu colocar seu nome de algum forma. Dumbledore tinha algumas teorias, mas não podia fazer muito a respeito, além de deixar Harry participar como o quarto campeão.

Dias de um Passado EsquecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora