1- One.

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Avisos:

Essa estória retrata assuntos como: relacionamento abusivo, uso excessivo de drogas, morte, descrição gráfica de violência e adultério. Os nomes citados não tem ligação com as ações dos personagens. Eu não contribuo com os assuntos abordados.

Se não se sentir confortável, por favor, não leia. Cuide-se e me perdoe pelos erros.

Prólogo.

Se você tem, pelo menos, uma trajetória de vida razoável nesse planeta que chamamos de casa, provavelmente percebeu que nós, seres humanos, compartilhamos de hábitos e vícios bastante estranhos e perigosos.

Mesmo estando perto de manipular nosso próprio código genético, criar carros capazes de voar e povoar nosso planeta vizinho e avermelhado. Mesmo possuindo da força intelectual que nos difere de toda vida no planeta, ainda assim, não conseguimos escapar de pequenas substâncias aparentemente inofensivas (à primeira vista) como nicotina, cocaína e álcool. Ainda somos pateticamente fracos.

Há entre os vícios, o pior de todos, o mais cruel e carrasco: Amar.

É esse o de Park Jimin, nosso personagem principal.

Amar ao ponto de valorizar alguém mais do que a si mesmo. Esse, assim como o vício de qualquer substância que ingerem para alívio, conforto ou necessidade, mata. Mata aos poucos, corrói aos poucos, até não sobrar nada.

Agora sentado, ele o observava dormir, tão sereno que a respiração era calma. Estava vulnerável e à mercê de seus cuidados, mostrando a face do verdadeiro homem por quem havia se apaixonado. Percebeu o quão insignificante é o amor, quando se tem perto de si e ao mesmo tempo longe. O amor para Park Jimin significa fraqueza e os fracos não predominam, eles não estão no topo. O ódio é poder, o dinheiro é poder, estar no topo é poder e se lembraria disso pelo resto da sua vida, pois foi o homem por quem se apaixonou que o ensinou isso.

— Bom dia. O que está fazendo sentado aí me olhando?

Jimin soltou uma risada abafada e abanou as mãos para tirar aquela sensação de impotência de si, a qual sentia toda vez que o observava por muito tempo.

— Pesadelos, como sempre. Um pior que o outro, sabe como é... – sorriu e levantou da cadeira para se aconchegar no peito nu que o outro ofereceu.

Fecharam os olhos novamente e apenas o som de suas respirações era ouvido. Porém, segundos depois, foram interrompidos pelo barulho do aparelho no criado-mudo.

Hoseok esticou o braço e o pegou, levantando-se rapidamente quando viu de quem se tratava.

— Espero que não seja o Jackson reclamando que não sabe falar espanhol de novo e faç...

Jimin disse e se calou quando viu o maxilar perfeito de Hoseok trincar com força enquanto olhava raivoso para o aparelho em suas mãos.

— O que foi? — perguntou, mas Hoseok não respondeu. Seguiu em direção à porta para chamar um de seus homens. Jimin se sentou também, cobrindo o corpo com o lençol verde de cetim.

— Bambam, arrume tudo o que for meu nesse quarto. Coloque as coisas em qualquer uma dessas malas. Não esqueça nada, não teremos como parar. — deu a ordem ao seu subordinado e foi procurar algo para vestir.

— O que houve, Hoseok?

— Terei que partir para o Japão agora. Aquele desgraçado me quer lá.

Ecstasy | namkookmin Onde histórias criam vida. Descubra agora