2 - Two.

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Enquanto o amigo dormia tranquilamente, Taehyung encarava seu rosto angelical e agora também inchado pelo choro excessivo. A dor em seu peito era tamanha que não aguentou e ajoelhou-se ao pé da cama para chorar outra vez naquela manhã.

Passou a noite tentando consolar e distrair o melhor amigo, mas por volta das sete da manhã rendeu-se a dar o remédio que escondeu, já que não queria que o mais novo tomasse tudo como uma forma de alívio para a dor que estava sentindo.

Estava de cabeça baixa, encarando o chão enquanto as lágrimas desciam pelas bochechas, quando ouviu a porta do apartamento ser aberta. Desceu as escadas tropeçando, podendo sentir o olhar furioso do outro que chegara.

—  Você de novo aqui, eu já não avisei que não quer—

Foi calado por Taehyung com um soco que atingiu seu maxilar em cheio.

— Você 'tá maluco, filho da puta?! — disse depois de cambalear com o golpe.

Taehyung se aproximou mais uma vez, com o punho fechado, mas Namjoon segurou-o com força pelos braços.

— Me solta, seu desgraçado! Eu vou te matar! Me solta! — Namjoon o colocou de costas e virou seus braços para trás. Taehyung pisou em seu pé e conseguiu se soltar. Foi astuto em agarrar um vaso de flores que estava ali, ameaçando prontamente a jogar nele.

— Você enlouqueceu de vez? Que merda 'tá fazendo?

— Ele está lá em cima! Dopado de remédios depois de ter chorado a noite toda por você! Outra vez! — cambaleou para trás, chorando alto. — Você é um desgraçado. Como pode fazer isso? Como pode fazer ele sofrer tanto assim e ainda deixar ele te amar? Como alguém pode amar uma pessoa como você? Você é um- NÃO SE MEXE! Eu vou jogar isso em você! — Namjoon parou no lugar que estava e levantou as mãos.

— Olha, Taehyung, eu não sei do que você está falando. Eu não fiz nada, eu juro. Tenho dedicado meus dias a ele, tenho feito de tudo, e mesmo que o trabalho me consuma, estou aqui todos os dias. Ontem eu tive que sair porque era urgente, mas voltei e vou cuidar dele.

— Mentira, Namjoon! Você não se importa com ele. Dá remédio todos os dias pra deixar ele fraco e sem forças para fazer nada. Nem sair de casa. —Taehyung falava alto e se engasgava. Não percebeu a hora que Namjoon chegou perto e tirou o vaso da sua mão, o agarrando de novo.

— Escuta aqui, seu merdinha! Eu já te proibi de se aproximar dele uma vez, de vir na minha casa e ficar enchendo a cabeça dele com suas lorotas. Eu sei, Taehyung, eu sei o que você quer, vindo se rastejar por aqui, mas é a mim que ele ama. É comigo que ele é casado e é a mim que ele deve obediência. Ele não te ama como me ama, ele não te quer como me quer. — Largou-o com um empurrão brusco. Taehyung apoiou as mãos no chão para não se machucar mais.

— V-você o traiu de novo. Ele não vai te perdoar desse vez. – Namjoon sorriu largo e abaixou-se para olhá-lo de perto.

– Você ainda não entendeu, né? Ele é meu, sempre vai ser meu. Não importa o que eu faça, quem eu foda, ele sempre vai me querer. Ele precisa de mim. – se afastou e foi em direção à cozinha. — Te dou um minuto para pegar suas coisas e sair daqui ou eu chamo os seguranças. – gritou do outro cômodo. Taehyung pegou sua mochila e olhou para cima, onde ficava o quarto de Jungkook. Naquele momento, ele jurou que acabaria com Kim Namjoon, nem que isso lhe custasse a vida.

Já não tinha mais tempo para fingir tudo aquilo.

(...)

Jimin encerrou a chamada com Hoseok. Estava aliviado em saber que ele voltaria logo e que seu trabalho para os Karasunos seria na Coréia. Pelo menos um alívio para ele que precisava de Hoseok para fechar outro contrato. Dessa vez, seria a exportação de cocaína para a China, onde precisariam justamente da presença do chefe para o fechamento desse negócio, como fora pedido.

Ecstasy | namkookmin Onde histórias criam vida. Descubra agora