Quando você cresce regido por regras extremas, sua visão é distorcida da realidade, cujo o aspecto central é servir e não crescer adequadamente. Park Jimin, aos seus quinze anos, não sabia muito bem a diferença de ser uma criança e um adolescente.
Sua cabeça era mantida em uma linha reta e manipulada, onde o seu estado mental havia resetado conforme a autoridade maior em sua casa comandava.
Aos 15 anos, Jimin não sabia ler, não sabia escrever, não sabia a diferença de coisas simples, que jovens de sua idade sabem. Ele não sabia de nada.
Sabia apenas temer.
Sua mente fútil, foi moldada para não evoluir conforme o tempo ia passando e, mesmo depois de ter tido uma noção básica do que seu pai estava fazendo consigo — o tratando como um garoto infantil e deverás ingênuo, Jimin teve coragem de sair daquele inferno mental e constante ao qual vivia.
Jimin havia crescido onde a regra mais clara era somente uma: obedecer.
No entanto, diferente de outras pessoas que quando crescem em uma família com costumes tradicionais e seguem as regras fundamentadas pela sociedade, Jimin crescia diante de uma distorção rompível pelo olhar de alerta da sobrevivência e do contínuo.
O medo é uma junção de causas que fazem uma pessoa se tornar submissa a qualquer ameaça eminente à sua existência.
Jimin tinha medo.
Nessa sua realidade, sua existência era taxada como mero instrumento de uso para o prazer doentio de seu pai que deturpava sua mente infantil.
Ele deveria sentir medo.
Obedecer e servir.
Era isso que o bastardo da família Park tinha que se propôr dia e noite, até que, uma vez que seu pai se cansasse, ele seria descartado como um mero ser inferior, cuja existência era irrelevante.
Jimin tinha tudo para repulsar os homens e suas ameaças marjoritarias. E, mesmo depois, quando ele se livrou do homem cujo o seu sangue ainda corria em suas veias, ele ainda sentia medo dessa espécie tão repugnante e cruel.
Uma criança que fora ensinada que não era digno de crescer, não era digno de se estar vivo como o resto do mundo e que sua existência não duraria muito naquele caos, onde os que deveriam protegê-lo, eram os que o queriam morto, realmente parecia não ter escapatória.
Uma maldição imposta sobre sua cabeça.
Uma promessa de seu pai.
Um dia, Jimin seria morto por ele e enterrado no terreno da família Park, mas diferente dos outros, ele não teria lápide e não teria nome. Não seria lembrado por ninguém.
Mas, no meio da desesperança e do medo, ele encontrou uma brecha para o que ele ousou chamar de amor.
Contudo, com mais frequência que seu estado o permita, Jimin ainda se lembrava e se martirizava, que sua vida pertencia a alguém, porque, mesmo depois de tudo, ele ainda sente no fundo de si, que deve tudo que tem hoje, para o homem que o salvou das garras da morte. E que ele deve obedecer e servir esse alguém, ainda que o mesmo o diga que não. — Que Jimin não pertence a ninguém, além de si mesmo.
Mas com o grito rígido de Hoseok invadindo seus ouvidos, ao dizer o seu nome, Jimin paralisa, porque ele sente medo.
Ele ama Hoseok, verdadeiramente. Porém, o seu medo ainda se sobrepõe, quando ele lembra quem Hoseok é. E qual sua posição ali.
— Jimin! — Ele deixou sua mão parada sobre o ar, enquanto seus dedos imploravam por sentir o toque daquela pele frágil à sua frente. Quando os olhos de Jungkook encontram os seus, ainda quebradiços e vermelhos, Jimin lutou com seu subconsciente que gritava, o dizendo para ir em frente.
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Ecstasy | namkookmin
Fanfiction[concluída] Jung Hoseok, líder de uma quadrilha do narcotráfico de Seul, é mandado em uma missão para pagar uma dívida de seu passado: acabar com um magnata CEO. Seu braço direito, Park Jimin, o ajuda se infiltrando na casa e na vida de Kim Namjoon...