7- Seven.

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Jimin dirigia desfreadamente, enquanto tentava ligar para algum dos oitos. Seu coração batia apressado e ele até esqueceu de respirar adequadamente. Ao virar uma rua, que dava para uma zona distinta dos centros luxuosos de Seul, observou dois carros pretos atrás de si. Ele não era burro, havia os notado assim que saiu do condomínio. Ali, Jimin sabia que havia algo errado.

Seria a polícia? Uma outra gangue?

Vendo que não tinha alternativa, se pôs a despistar os dois veículos que o seguia.

Ao entrar em um beco, onde as ruas começam a ficar mais íngremes, virou á direita onde sabia que tudo que haveria ali, seria um espaço pequeno de ruas estreitas, onde muitos moradores de rua, e o fluxo de prostituição acontecia. Contornou o carro, o abandonando logo em seguida.

Estava preocupado com os outros. Com Hoseok. Seu único pensamento e desespero. Se culpava arduamente, – enquanto encaixava o carregador no revólver, por não ter o atendido. Por ter dado atenção à Jungkook, enquanto tudo aquilo acontecia.

Saiu do carro com pressa e entrou na área, onde deu de cara com alguns homens que dormiam no chão. Ele mostrou o revólver e ordenou que todos saíssem do local. Aquele lugar era um breu total. Havia muito entulho, e poucas pessoas rodeavam por ali. Jimin, porém, conhecia bem aquele ambiente, e sabia onde se esconder.

Quatro homens armados saíram de seus veículos. Um deles fez sinal com a mão, para que se espalhassem. Jimin estava agachado, atrás de uma grande pilha de entulho, onde ao redor havia um buraco, no qual se encaixava perfeitamente. Reduziu sua respiração no mínimo ao entrar e se agachar. Um dos homens parou bem em sua frente, mas não o viu. Jimin o encara, vendo sua enorme tatuagem de duas asas no pescoço, e os dizeres, em sigla: KRS.

Japonêses. Yakuza.

Naquela momento, ele vacilou, sua respiração ficando mais ruidosa. Contra aquilo, não poderia lutar. Era demais. Eles não conseguiram.

Mas a raiva lhe tomou o peito.

Ele tirou um silenciador do bolso da jaqueta e colocou sobre o cano do revólver. Mirou na cabeça do homem que olhava atento – mas nem tanto –, por todo aquele breu. Jimin quis atirar, iria atirar, até um deles voltar, guiando o homem de volta o carro.

– Desgraçados! - um nó se formou em sua garganta, enquanto os via ir embora.

Seu celular vibrou. E ele o pegou depressa, vendo o nome de Mark ali.

– Mark! Eu preciso de ajuda.

Onde você está?!

– No beco diagonal. Zona leste. Eu sei quem está por trás disso. – Mark não disse mais nada e apenas desligou. Era o seu jeito de dizer que iria cuidar de tudo.

Jimin respirou fundo. Tomando oxigênio suficiente para poder se acalmar, mas não conseguia.

Aquilo não seria uma guerra. Seria um massacre.

(...)

– Quem é ele? – um policial perguntava à outro, vendo a figura de um homem alto e com um uma aura debochada, passeando pelo local.

– Não sei. Ele chegou mais cedo com o delegado. Ficaram trancados por horas dentro da sala dele. O único permitido a entrar foi o Wonho. – os dois homens olhavam curiosos, assim como a maior parte da delegacia.

Dean caminhava despreocupado por todo o local. Assoviando e passeando pelos cantos. Ninguém entendi nada, mas o que não sabiam, é que ele estava trabalhando. Analisando cada detalhe daquele ambiente, cada aspecto das pessoas que se encontrava ali, e principalmente: decorando seus rostos. O seu olhar de tédio, junto ao seu andar despreocupado, era seu grande disfarce.

Ecstasy | namkookmin Onde histórias criam vida. Descubra agora