- Saia... - a voz trêmula dá a ordem, mas os olhos grandes e negros olham para o outro sem ainda entender.- O que? Eu nã-
- Jungkook, saia. Saia agora!
Ele não entende, porém o jeito que Namjoon treme e tenta respirar como se não soubesse mais fazer aquilo, o assusta.
- Amor o que-
- SAI JUNGKOOK! VAI EMBORA! EU VOU... EU VOU...
A voz morre e o homem desaba no chão.
Jungkook reseta parado tão assustado que não consegue mexer um músculo, mas ele vê, ele enxerga toda a ira posta naqueles olhos ao qual ele compara a um ser dracário. E ali ele sabe, Namjoon está se esforçando ao máximo para conter algo que está acima de sua capacidade, algo que o tornaria em um ser irreversível; algo que machucaria os dois ali.
O garoto sai pela porta aflito, mas é barrado pelo segurança, esse que ele não dá a mínima e segue para dentro do elevador sentindo seu corpo em choque ao ver o seu marido o mandando sair, quando tudo que ele faz é o prender.
Ele disse alguma coisa errada?
Jimin. Ele entregou que havia falado com Jimin, quando mentiu dizendo que não o conhecia.
Era um idiota, um imbecil que não sabia nem controlar suas ações. Mentir era algo que repudiava, porém Jimin... Era Jimin. Ele só queria ter o rapaz por perto, ser seu amigo. Por quê seu marido não poderia o estender esse pedido apenas uma vez?
Seus olhos se banham com as lágrimas que tampam sua visão. A realidade batendo em seu peito quando a porta do elevador se abre e ele não sabe para onde ir, ou o quê fazer.
Ele olha para o grande relógio que se pende ao alto do salão de entrada do prédio. São nove horas da noite e ele pensa em voltar para casa, pois não têm para onde ir, ou para quem ir, mas ele sente medo. Medo do que possa desencadear de Namjoon se ele voltar.
Ele se senta em um dos grandes sofás que contém ali. Se sente atordoado e perdido, seus dedos apertando uns aos outros, enquanto as lágrimas descem.
- Boa noite. O senhor precisa de ajuda? - um homem uniformizado tampa sua visão.
Ele precisava de ajuda, mas não sabe o que pedir. Olha ao redor, percebendo não haver nenhum segurança de seu marido atrás de si e a única idéia que lhe é cabível passa por sua mente perdida.
- E-eu gostaria de poder usar o telefone, por favor. - o homem acena de imediato e o leva até a recepção.
Todos ali sabem quem o garoto é. Apesar de sua aura diferenciada a do marido, ele havia tanto poder como o outro.
Ao pegar o telefone, ele sente seus dedos tremerem ao lembrar do número para discar.
Jungkook não tinha muitas pessoas em sua vida, era um garoto reservado que mantinha contato apenas com aqueles que fizeram parte de seu crescimento. Ligar para a sua mãe seria um erro, ela viria aqui e desafiaria Namjoon, o que lhe causaria mais problemas. Falar com Jimin era uma opção precária, pois se Namjoon descobrisse, isso seria o fim... Só havia uma pessoa, no qual seu coração chamava no momento, uma pessoa que ele havia magoado e que também havia o machucado. Mas era por ele, que sua tristeza chamava.
Como sempre.
Discou o número. Suas respiração ruindo, enquanto seu peito se preparava para a rejeição.
Não estava com vergonha ao chorar na frente de desconhecidos. Mal se importava com quem presenciasse seu estado. Ele estava perdido.
- Alô?
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Ecstasy | namkookmin
Fanfiction[concluída] Jung Hoseok, líder de uma quadrilha do narcotráfico de Seul, é mandado em uma missão para pagar uma dívida de seu passado: acabar com um magnata CEO. Seu braço direito, Park Jimin, o ajuda se infiltrando na casa e na vida de Kim Namjoon...