Ecstasy | namkookmin

3- Three.

Olá, antes de começar gostaria de reforçar que essa história é +18. Temas fortes serão abordados, então por favor, tenham ciência disso.

Se gostarem, deixem um votinho e vejam as notas finais, por favor.

Yoongi andava apressado pelos corredores da delegacia. Estava no quinto copo de café naquela manhã, pois não dormira nada na noite anterior. Esteve ocupado planejando o que faria com o detento preso em uma daquelas celas. Na noite em claro, avaliou e estudou a vida do homem que não era coreano, mas latino-americano. Optou por investir nesse, já que ao verificar a ficha do outro detento também preso em flagrante naquele dia, percebeu a ausência de informações no seu histórico. Não tinha nada. Não havia família e nem sinal de que lugar da Ásia era, (por conta dos traços orientais) diferente da opção escolhida por Yoongi, a qual ele resolveu interrogar antes de mandá-la para o setor de segurança máxima. O preso possuía um histórico bom para ser usado contra ele mesmo. Por isso, o delegado estava inquieto e ansioso.

Pegou mais um copo de café e foi em direção à sala de interrogatório junto ao detetive responsável pelo caso. Ele já havia falado qual era o plano e, mesmo o detetive não achando aquilo ético, aceitou. Afinal, Min Yoongi sempre sabia o que fazer.

Quando entraram, viram o homem sentado com as mãos algemadas sob a mesa. Pela aparência, devia estar na faixa dos trinta anos. Tinha muitas tatuagens pelo corpo e um sorriso zombeteiro no rosto - o que era curioso, porque aquele homem estaria condenado pelo resto da sua vida.

– Bom dia, dormiu bem? Aposto que sim. Aqueles colchonetes duros que nem pedra são uma beleza, pelo que ouvi falar. – Yoongi abriu seu maior sorriso. Parecia até inofensivo, mas o brilho nos olhos demonstrava o oposto.

– Dormi muito bem, delegado. Obrigado pela hospitalidade. O senhor que parece não ter dormindo bem, sua cara de quem passa a noite batendo punheta como um gato no cio não mente. – o policial Shownu que estava em pé ao lado da porta bufou, enquanto ouvia o delegado rir da piada.

– Cara, é verdade. Passei a noite batendo uma. Uma não, várias. Meu pau não aguentava mais, mas não consegui resistir quando vi a foto de uma belezura que me mandaram ontem, que mulher... – passou a língua pelos lábios finos e seus olhos felinos tomaram um brilho de excitação.

– Uou, batendo punheta com nudes? É a sua cara mesmo, delegado. — o homem não tinha papas na língua, mesmo estando algemado e indefeso naquele momento, diante do delegado que tinha uma fama que ele com certeza conhecia: o de ser cruel.

– Porra, cara, e nem era nude. A mulher estava vestida na foto, mas mesmo assim, não resisti... — ele se espreguiçou na cadeira e pareceu pensativo, despreocupado. — Olha, como sou um cara legal e você sabe disso, já deve ter ouvido por aí, eu vou te mostrar. Para te ajudar a relaxar antes de ir pra Máxima e virar amante de muitos por lá. — os dois sorriram um para outro, de forma quase insana.

Yoongi abriu uma pasta e tirou dela a foto de uma mulher bonita, com pele escura e cabelos cacheados. Ela vestia um vestido florido rodado e exibia um lindo sorriso no rosto, que ressaltava suas maçãs extravagantes. Era uma mulher deslumbrante. Entanto, o que chamava atenção era a garotinha atrás dela, agarrada à sua perna. As duas tinham uma aparência bem semelhante, e a menina parecia tão sorridente quanto a mulher.

O homem à frente fechou o sorriso, piscou atordoado enquanto encarava a foto em sua frente. Com um impulso rápido, ele cerrou os punhos e foi com tudo para cima do delegado, mas as algemas o impediram, fazendo um baque alto se estender pela sala.

Yoongi à sua frente, não mexeu um músculo pela agressividade do outro. Ele parecia imponente, como uma aura esmagadora e predatória.

– Seu desgraçado! Aonde arrumou isso? Que porra você fez? Eu juro que te mato se tiver encostado nelas. Eu te mato, hijo de puta, eu te mato! – ele não se continha quieto enquanto gritava. Shownu teve que segurá-lo e contê-lo no lugar. Yoongi mantia o maior sorriso no rosto, enquanto via o homem se debater.