Sofia a filha mais velha do imperador da Mongovia foi sequestrada por uma religião que odiava seus pais por serem cristão. Vamos saber o que essa menina sofreu e como chegou até seus pais. Uma coisa é certa ela vivia a sombra do Deus todo poderoso.
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Passei o resto do meu tempo pensando no príncipe e o que realmente teria acontecido com ele. Não conversei muito com Jade e nem procurei saber sobre seu misterioso sumiço, ela disse que estava ajeitando umas coisas e dei o assunto por encerrado, aliás eu não a considerava uma dama e sim uma irmã para estar pegando no pé dela. Fui duas vezes falar com mamãe sobre a costureira e não consegui a encontrar, hoje parece que todo mundo resolveu sumir.
- Está muito pensativa. - Jade me acorda dos meus pensamentos. - Em que pensa?
- No príncipe. - digo e ouço um assobio vindo dela que me irrita. - Não estou para brincadeiras senhorita Jade. - falo de mal humor.
- Calma estressadinha! - ela diz com as mãos para cima e eu reviro os olhos. - Me conta aí o que está acontecendo?
- Estou tentando juntar os pedaços do quebra cabeça. - digo me levantando e indo até a janela. - Eu conheci o príncipe em uma manhã que havia levantado mais cedo pois estava alegre que seria aula de pintura, ao sair do closet ele estava lá me olhando com um meio sorriso. - digo me virando para ela.
- E falou o que? - minha amiga e irmã curiosa pergunta.
- Se apresentou como sendo meu colega de trabalho e que poderia lhe chamar de um, visto que eu era chamada de dois por lá ou princesa.
- Não te chamavam pelo nome?
- Não e pelo visto ele também não. Quando ele me disse que era o um eu fiquei ali plantada olhando para ele como se visse um fantasma, até então eu só o via a noite na torre quando tinha festa e nunca havia visto a sua fisionomia.
- Lindo?
- Sim amiga muito lindo o rapaz. Tentei puxar assunto com ele mais não me deu muita atenção, me ajudou colocar o avental de pintura e fomos para a aula de pintura em quase total silêncio. Só depois eu percebi que ele estava com medo de falar algo errado e ser separado de mim, pois eu estava naquele dia completando doze anos e a partir daí nós participaríamos das aulas juntos.
- Quer dizer que passaram a se ver todos os dias?
- Três dias na semana precisamente, eu geralmente ficava contando os minutos para essas aulas acontecer e poder ficar perto dele, aparentemente ele também gostava de mim e por isso fomos em alguns pique nique juntos, a maioria dentro de castelo mesmo nos jardins. O importante era poder estar junto dele.
- Ele não falou nada sobre o que aconteceria com vocês?
- Ele foi criado lá e com pessoas diferente de Indira, ela sempre me lembrava escondido deles minha origem e me dava esperança de ver meus familiares novamente. Sem falar que ela te livrou da morte e ajudou na fuga de minha avó. - digo e ela fica me olhando, nesse momento somos interrompidas com batidas na porta.
- Soube que andou me procurando. - mamãe adentra o quarto com um lindo sorriso.
- Sim mãe, hoje cedo eu conheci a irmã de Indira. - digo e ela fica pálida na mesma hora e o sorriso some de seu rosto. - Não é como se morando debaixo do mesmo teto nunca fosse ver ela né mãe. - digo o óbvio. - Ela é gente fina eu gostei dela, quero lhe pedir que deixe ela voltar a costurar para mim e para Jade e quem sabe para o bebê. - aponto a barriga e ela passa mão instintivamente.
- Minha filha eu não sei o que dizer, pensei que mantendo ela na ala sul você não a conhecesse. - ela diz sentando ao meu lado. - Seu pai não achou provas contra ela e ficou com pena de banir ela do palácio, mas não a queremos perto de você.
- Qual o exemplo de cristão estão dando com isso? Se não acharam provas é que a moça é totalmente inocente. Mãe eu não tenho medo que ela faça parte de nada pois sei que ela não faz a irmã dela disse que a usou e depois a abandonou aqui pois saberia que teria um lar para morar.
- Não sei o que dizer ainda, seu pai não concordaria ela ficar rodeando o castelo.
- Ela não precisa rodear o castelo, até porque ela está bem só na ala sul, mas pelo menos mande ajeitar uns três cômodos para que ela possa morar, assim ela dorme, costura e tem um lugar maior para chamar de lar.
- Posso ser a ponte entre as roupas. - Jade diz.
- Eu concordo com sua ideia, mas quando for na ala sul nunca vá só, pelo menos até termos certeza que tudo está bem. - ela diz preocupada. - Vamos jantar, temos perguntas a você, precisamos investigar o príncipe e ver se é um impostor ou não.
Nos levantamos e saímos em direção a mesa de jantar, eu ainda estava intrigada com alguns atos do príncipe e agora depois de estar longe dele, não sei se ficaria a sós com ele como fiquei e pior se queria me casar, talvez ele ter sido criado lá desde que nasceu interferiu na sua índole.
Antes de começar o jantar vejo meus pais conversando no reservado e sei que é sobre Indiara, eles não podem punir ela do que não fez, vou lutar para ela ser livre, sei o que é ser mantida presa e não é bom. Meu pai faz gestos negativos e me aproximo aos poucos chamando atenção dos dois.
- Já soube quem conheceu. - ele diz ranzinza.
- Pai, ela não tem culpa de nada, é tão vítima quanto nós. Manter ela presa aqui é ir contra os princípios cristãos, sem falar que ela é convertida e merece uma segunda chance. - ele me olha cauteloso, olha para mamãe e confirma com a cabeça eu o abraço agradecendo e mando Jade ir dar as ordens dos cômodos para instalar minha mais nova amiga.
- Eu não a quero perto do bebê. - ele diz e eu reviro os olhos mesmo os pais convertidos nunca deixam velhos habitos de proteção.
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