III

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Após o pedido de meu pai minha avó olhou para todos e sorrindo para mim que lhe fiz um aceno de que poderia começar sua narrativa, ela calmamente colocou um crockett na boca e após mastigá-lo calmamente e tomar um gole de suco de uva começa a falar

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Após o pedido de meu pai minha avó olhou para todos e sorrindo para mim que lhe fiz um aceno de que poderia começar sua narrativa, ela calmamente colocou um crockett na boca e após mastigá-lo calmamente e tomar um gole de suco de uva começa a falar.

- Bem estávamos na carruagem, eu havia pedido ao condutor que fosse o mais rápido possível para que chegasse rápido no castelo, uma certa altura do caminho já era final de tarde e Sofia dormia nos meus braços, enquanto Indira segurava Jade que estava comendo uma maçã. A carruagem então para abruptamente e somos jogadas para frente, percebi que havia algo errado com Indira pois o tempo todo ela olhava para mim e sorria como se estivesse confiante por algo, quando caímos a porta da carruagem foi aberta e um homem alto e forte disse: "- Princesa Indira os guardas foram mortos." ao ouvir isso eu me preocupei e olhei para Indira tentando achar nela algum traço de que estaria tudo bem, mas apenas ela disse saindo de dentro da carruagem: " - Amarrem elas e levem para o local combinado, vou ficar aqui e me livrar dos mortos com Tom." Foi quando eu percebi que ela estava envolvida com as ameaças e eu temia pois eu sempre soube quem estava nos ameçando e o porque. - quando minha avó falou isso todos ficaram espantados olhando ela até eu que deixei cair um pedaço de browner no chão.

- Mãe a senhora estava envolvida nas ameaças? - papai perguntou se ajeitando na cadeira para prestar mais atenção.

- Não envolvida totalmente, mas as ameaças vinham por minha culpa.

- Pode se explicar tia? - minha mãe pediu gentilmente.

- Nosso pai (aponta para minha avó e ela) havia prometido uma de suas filhas para o filho do rei Cazi, este é rei de Hebroni um país altamente ateu, mas o acordo não foi cumprido pois o rei não teve filhos homens, só uma filha mulher que sumiu e ninguém sabe o que aconteceu a ela (penso se não teve o destino das outras crianças), quando ele ficou viúvo, sua mãe e seu pai estavam casados e eu viúva do rei Ricardo, ele me procurou cobrando o acordo, querendo que eu me casasse com ele. Como não aceitei passou me ameaçar, perseguir o reino, até o dia que descobri um erro nele e passei a usar isso para ele se manter afastado.

- O que obviamente não funcionou. - papai diz com cara de poucos amigos.

- Não funcionou pois você se casou e me tirou do trono, fazendo com que meu motivo para o manter afastado não fosse mais tão importante, daí para completar veio Ema conquistando gregos e troianos e a mente doente dele começou a imaginar que o fruto do ventre de vocês fosse alguém puro de coração, já que você era chamado de o rei bobo por ser tão bom e benevolente e ela (aponta para minha mãe) é só sorrisos e amor para todos e ele os admira e tem raiva ao mesmo tempo.

- Não era mais fácil nos contar? - vovó falou para a irmã e pude ver que falar tudo traria muita dor para todos.

- Não sei se desencavar o passado será bom pra nós. - digo os olhando. - Não queria que brigassem e sim que tudo fosse esclarecido. - olho para minha vó que está de cabeça baixa e sinto pena.

- Eu quero contar. - ela diz erguendo a face e olhando para o filho. - Preciso que saiba que fez bem e que eu sou a única que errou tanto aqui.

- Tia se sabia que Indira não era confiável porque não disse nada?

- Eu não sabia de nada até ser sequestrada por ela. - ela diz e todos acreditam pois vejo em suas faces que acreditam nela.

- Continue minha irmã. - vovó fala e eu tomo um grande gole de chá para ouvir o que eu não sabia.

- Continuando. - vó Cat disse: - eu e Anny minha dama fomos amarradas, as crianças choravam nos braços de dois dos homens deles e Indira dava ordens para cá e para lá. Fomos guiadas por dentro da floresta fechada e eu sentia meu coração acelerar de medo o choro das duas meninas ecoavam na floresta e me partia o coração. Eu tentei ser indiferente a Sofia, tentei não me aproximar eu sabia que era vigiada por Cazi e temia que ele fizesse justamente o que fez. Quando já estava noite e eu e Anny não aguentávamos mais andar avistei uma cabana em meio as árvores, com certeza iríamos passar a noite ali, temia me encontrar com ele e ao mesmo tempo torcia que isso tudo não tivesse relações com ele. Quando nós duas fomos amarradas sentadas em cadeiras de costas uma para outra, podia ver que as garotas adormeceram, provavelmente cansadas de chorar. Ouvi passos de salto e ao olhar ela estava lá com uma roupa preta, espada embanhada na cintura e eu quase não reconheci da menina indefesa que chegou aqui com a irmã.

- Indira. - Mamãe fala e olha pra meu esposo.

- Sim, ela era como uma princesa no meio deles e a chamavam assim, mas esse grupo era apenas os mandantes do sequestro, com excessão de Indira que era algo mais que os outros. Então ela me olhando diz: "- Conheço uma pessoa que ficará muito feliz em te ver rainha mãe." Riu debochada e me bateu em seguida mandou que levassem minha serva e eu sabia que não voltaria a vê-la nunca mais.

- O que houve com sua serva? Eu lembro dela. - papai disse e já andava de um lado para o outro impaciente.

- Acredito que a mataram, só eu e as duas meninas eram interessante ali. - ela diz dando de ombros. Ao amanhecer fomos colocadas em uma carruagem e partimos em viagem para o país que eu já conhecia e sabia que iria parar ali no momento que fui rapitada. 

- Hebrini é um reino pequeno não é? - mamãe pergunta.

- Sim deve ter no máximo mil habitantes. - ela responde.

- Mas vó continue eu quero saber essa parte que não sabia.

- O tempo todo da viagem Indira tomou conta das duas meninas como se fosse a mãe, elas duas já a conheciam e ficavam calmas perto dela, eu observava de onde estava mais não podia falar com a mordaça na boca e nem podia me mexer com os pés e mãos atadas, olhava para Sofia e lembrava dela correndo pelo palácio e isso me apertava o coração, saber que ela estava em perigo por minha culpa. Passei a implorar que algum deus pudesse ajudar, mas não sabia a quem pedir tendo em vista que sempre fui ateia. - espanto era isso que via nos olhos dos outros.

 - espanto era isso que via nos olhos dos outros

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Na sombra do OnipotenteOnde histórias criam vida. Descubra agora