XXVII

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Fiz um esforço maior  e saí do banheiro eu tinha que ser forte, tinha que enfrentar minha realidade, sempre estive na sombra do Onipotente e não seria agora que Ele iria me deixar eu precisava acreditar nisso para prosseguir

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Fiz um esforço maior  e saí do banheiro eu tinha que ser forte, tinha que enfrentar minha realidade, sempre estive na sombra do Onipotente e não seria agora que Ele iria me deixar eu precisava acreditar nisso para prosseguir. Me vesti com meu traje de luto que seria minha marca daqui para frente e aceitei comer uma maçã por muita insistência de minha mãe que estava preocupada comigo.

Ao chegarmos no jardim onde estava acontecendo o velório, vi logo ao chegar seus pais sentados com semblantes sofridos, estava sofrendo mais eles também estavam e não poderia deixar de ir lá e os abraçar. Conversei alguns minutos com a rainha e finalmente criei forças para ir até o caixão. Me desvencilhei de mamãe que até então não me soltava e fui até lá. Olhar para naquele estado era estranho era como se ele estivesse dormindo e ainda estava com um semblante suave em sua face. Aliso sua testa e lhe dou um beijo, após afastar uns fios de cabelos que estavam ali.

- Ele não deveria ter feito isso. - ouço Lucas falar e olho para o homem arrasado na minha frente.

- Ele sabia o que estava fazendo, não podemos o criticar. - embora eu sentisse vontade de fazer isso por ele ter me deixado, pensei.

- Vocês tinham uma vida inteira juntos. - ele diz abaixando a vista e alisando a mão de Pierre. - Era um amigo especial para mim, quase um irmão.

- Lucas se ele não tivesse feito isso, nesse momento era você aqui, ele sabia que só você para acabar com a seita e retomar aquele reino, então não podemos julgar a sua atitude. Mas podes honrar o ato dele sendo o rei que ele sabia que você seria. - digo e ele me olha com um sorriso fraco.

- Desde pequena você sempre foi uma fortaleza. - ele diz e é minha vez de abaixar a cabeça. Eu não me achava uma fortaleza, pelo contrário eu me achava fraca e fútil as vezes. Sinto mãos me abraçando e são as minhas amigas que apenas me abraçam com amor e eu me deixo ser levada para longe de Pierre por elas.

- Os meninos estão mais ali, vamos lá um pouco. - Suzie fala e eu a acompanho abraçada as duas como se fossem minhas muletas.

Ao chegar perto dos três rapazes eu olho para Maxon e ele levanta de onde está e vem até mim beijando minha mão, chamo ele para se afastar um pouco dos outros e ele me acompanha caminhando pelo jardim.

- Sinto muito por tudo que ocorreu. - ele diz e eu sorrio para ele.

- Porque você voltou? - pergunto me referindo a ele chegar na hora do noivado.

- Estava numa hospedaria e ouvi uns homens falando em destruir tudo, senti um aperto no coração e pensei em vocês, decidi voltar e me desculpar por não ter ficado. Quando cheguei estava tudo um tumulto.

- Ele já estava morto. - constato voltando a chorar.

- Você não estava no salão, rei Cazi estava lutando contra seu pai e Lucas e os meninos cada um lutando também, quando olhei vi que seu pai iria ser atingido e me apressei a ajudar. 

- Eu soube que salvou a vida de meu pai e lhe serei eternamente grata.

- Me perdoe sobre a carta e as flores eu deveria não ter dito nada. - ele diz mexendo no chão com a ponta da espada.

- A carta é linda Maxon, só não posso retribuir o que sente por mim, as flores foram bem exageradas mais eu adorei, obrigada por ter se aberto. - digo e alisando seu ombro me afasto dele e vou em direção a minhas amigas.

Meu pai faz um longo discurso de despedida, o pai dele  também e Lucas, depois seguimos para o reino da França para o sepultar, Lucas não iria conosco precisava chegar em seu novo reino e assumir o trono, já havia privadamente recebido a condecoração por parte de meu pai e Maxon falou que precisava ir para casa e também não foi conosco. Passamos três dias viajando em cortejo para chegar no cemitério real francês e o sepultar. Esse período eu me limitei apenas a orar e ler a palavra em minha carruagem que só ia Suzie e Chin comigo então eles ficavam a maior parte do tempo conversando e respeitando eu não querer conversar.

Uma semana se passou correndo ao todo, entre eu o perder e ter que ver o enterrar, mas eu precisaria estar firme, precisaria passar por isso e já havia tomado minha decisão de como iria viver, amanhã quando chegar na Marcóvia irei conversar com meus pais e lhes informar o meu desejo.

Uma semana se passou correndo ao todo, entre eu o perder e ter que ver o enterrar, mas eu precisaria estar firme, precisaria passar por isso e já havia tomado minha decisão de como iria viver, amanhã quando chegar na Marcóvia irei conversar com me...

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