XII

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Não fui para meu quarto, fui para biblioteca, estava preocupada com meu pai e a interrupção do nosso jantar, temia ele estar se metendo com o rei Cazi que sei que não é de brincadeiras

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Não fui para meu quarto, fui para biblioteca, estava preocupada com meu pai e a interrupção do nosso jantar, temia ele estar se metendo com o rei Cazi que sei que não é de brincadeiras. Peguei um livro e tentei ler em vão, ouço passos no corredor e vou olhar quem é, vejo meu pai e minha mãe caminhando lado a lado e os chamo.

- Não está deitada?

- Me prometa que não vai entrar em guerra contra o rei Cazi. - digo ao me aproximar e eles se entreolham.

- Não quero lutar contra ele filha, mas eles estão nos ameaçando se você não voltar. - ele assume o que eu temia. - Está perto de você fazer quatorze anos e eles dizem ainda dar tempo você ser indiciada. - engulo em seco.

- Pai eu tenho medo. - o abraço. - Não é medo de voltar para lá, é medo que façam coisas feias com vocês. - digo secando as lágrimas enquanto estamos os três abraçados.

- Vamos para biblioteca. - mamãe diz.

- Filha o que aconteceu quando desceu do navio?

- Haviam homens de Cazi por todo lado e os dois guardas que me acompanharam foram me defender e o condutor do navio mandou que eu fugisse, mergulhei no mar  e nadei até mais longe do navio, saindo numa praia, estava com medo e com frio.

- Do porto até aqui são três dias de viagem. - mamãe diz.

- Eu nem tinha ideia, fiquei andando espantada com medo de tudo e de todos até que o cavaleiro misterioso me achou e...

Somos interrompidos com barulho de flechas sendo lançadas contra nós. Com certeza estão atacando o castelo e nem precisa perguntar quem era.

- Vocês duas para a passagem secreta agora. - papai diz desembanhando sua espada.

- Ricardo não se ponha em perigo. - mamãe diz enquanto é puxada por mim para proteger ela e a criança em sua barriga.

- Eu vou ficar bem, vão agora. - ele diz.

Eu penso em dizer a ele que me entrego, que por mim tudo bem eu voltar, mas seria mentira, eu estou amando ficar aqui e morar com eles. Então começo a orar para Deus nos proteger.

- Como será que estão as outras? - pergunto.

- Sua avó partiu hoje para casa de suas tias, iria fazer companhia para Isa na volta para casa. - mamãe diz. - As outras pessoas devem estar bem, os guardas são bem preparados, ficará tudo bem. - ela diz e eu tento acreditar.

- Não estou ouvindo mais barulho. - digo depois de um longo tempo onde só ouvíamos o som das explosões.

- Assim que tudo estiver normalizado seu pai virá até nós. - ela diz com tanta convicção que a invejo.

- Acho bonito você e papai serem unidos.

- Eu estou desconfiada de que você sentiu algo especial pelo príncipe. - ela diz e eu abaixo minha cabeça. - Eu não a recrimino, ouvi dizer que é um rapaz muito bonito.

- Eu e ele prometemos nos casar quando saíssemos de lá, mas ele eu acho que morreu e até vivi o luto de o ter visto explodir.

- E se ele for o rapaz que voltou? Já pensou em como agir?

- Não mãe, eu não pensei e temo que ele esteja contaminado pela seita.

- Filha seu pai pediu para ele vir um dia antes, com a desculpa de vocês terem tempo de conversar antes do baile e ele aceitou.

- Papai quer que eu veja se ele é verdadeiro. Mas temo que não possa saber nunca se é o verdadeiro ou o que eu conheci já era o impostor.

- Duvido, eles pelo que vi levam a tal da preparação a sério.

- Veremos. - digo e vemos a porta da passagem sendo aberta e papai passando por ela com um largo sorriso.

- Estão bem? - ele pergunta.

- Estamos sim pai, mamãe precisa deitar, hoje ela já teve fortes emoções para um dia. - digo e ele concorda.

- O que houve lá fora?

- A informação de que nós estávamos envolvidos com uma seita que sacrificava crianças vazou e um grupo de rebeldes locais atacou o castelo, sabe que eles só querem uma desculpa para tentar acabar a monarquia. - ele diz calmo. - Esclareci a verdade com os que conseguimos prender e os soltei para que fossem para suas casas e espalhassem a notícia de que fomos vítimas e não culpados.

- Que bom que não foi o rei Cazi. - digo mais para mim que para eles.

- Ele não invadiria nosso reino, somos o triplo maior que eles. - papai diz e carrega mamãe nos braços até o quarto.

Nos despedimos no corredor e entro no meu quarto encontrando Jade toda enrolada em minha cama que só vejo os olhos fora.

- Eu devia saber que é uma medrosa. - digo rindo e puxando a coberta.

- Deixa eu ficar aqui só hoje?

- Pode ficar, mas se me agarrar vai para a masmorra. - digo fingindo estar falando sério e ela assente séria.

- Vou ficar bem quietinha, é que acordei com os barulhos e fiquei com medo.

- Se viessem me sequestrar iriam te levar por estar no meu quarto, da próxima vez procure uma passagem secreta no seu quarto tem uma atrás do quadro.

- Está bem, vem deita vamos dormir, estou com muito medo. - ela diz de um jeito manhosa e reviro os olhos para essa minha irmã mimada.

 - ela diz de um jeito manhosa e reviro os olhos para essa minha irmã mimada

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Na sombra do OnipotenteOnde histórias criam vida. Descubra agora