Abro à porta da cafeteria e entro no local olhando para os lados procurando por Chae. Passo meus olhos pelas poucas pessoas que estavam presentes ali e em pouco tempo encontro sua cabeleira agora loira e seu sorriso gigante em minha direção. Abaixo meu rosto e escondo ainda mais com a máscara preta e ando até a garota que acenava nada discreta.
- Oh, que saudade! - ela levanta e me abraça com carinho. Como as outras vezes em que ela faz isso me distancio dela e me sento no lugar vago em sua frente. - Ok, achou algo?
- Uhum - murmuro.
- Droga, pensei que apenas queria me ver. - ela fala com um biquinho. Sorrio e balanço minha cabeça negando. Sua estranheza me comove. - Enfim, o que achou?
- Documentos. Documentos sobre Chang. - a loira arregala os olhos sem saber como reagir.
- Eles já sabem como Chang é? - dou de ombros.
- Eles sabem o nome dele, mas não sei se sabem como ele está agora. E eu descobri uma coisa...
Puxo de minha bolsa as cópias dos documentos que eu havia feito e entrego para Chae. Ela começa a ler com rapidez sem demonstrar muito choque com o que estava lendo, mas vejo seu rosto mudar completamente quando acredito que encontra a certidão de nascimento misteriosa.
- Ele tem uma filha?! - ela fala alto. Faço sinal com a mão para que fale mais baixo. - Ele tem uma filha?
- Pelo que parece... E bom, o pior de tudo é... - aponto para a filiação e vejo Rosé arregalar os olhos dessa vez ainda mais chocada com o que havia visto.
- Esse não é o nome da sua mãe...? - ela levanta o olhar para mim e depois volta a olhar para os papéis. Assinto. Eu estava tão confusa quanto ela.
- Bem, minha mãe mudou de nome quando era mais nova. Depois de me ter, então não sei dizer se é ela mesmo. Talvez ela tenha trocado o nome de propósito, por causa disso... Eu não sei, mas acho impossível minha mãe ter tido algo com ele. Chang é tão nojento, ela não deve ter tido um caso com ele, né? E meu pai? Como ela poderia ter tido um caso com outro cara estando com ele?
- Eu posso tentar descobrir algo, Jane. Acho meio difícil por ser meio antigo e tal, mas vou tentar. Vou ver se consigo descobrir quem é essa tal de Nari também e quando conseguir de dou uma resposta o mais rápido possível. - ela fala e segura minha mão com o máximo de carinho que conseguia demonstrar com tamanha confusão.
- Obrigada...
- E até lá, viva seu caso em Seoul, só não esqueça seu objetivo, ok? - faço uma expressão confusa.
- Você sabe sobre...? - não termino minha pergunta e ela acrescenta.
- Com o JK? Sim, eu sei. Yoongi me contou sobre vocês dois. Ele disse que o Jungkook melhorou bastante desde que vocês... você sabe... - assinto meio sem graça, Jungkook e seus amigos fofoqueiros!
- Eu não imaginava que isso iria acontecer, eu só queria entrar lá descobrir sobre meu passado e ir embora para algum lugar longe... Não que eu não vá fazer isso depois, claro! Mas agora eu preciso conciliar um Jungkook. É difícil, nem ao menos sei como isso tudo aconteceu... - respiro fundo e me jogo por cima da mesa deitando minha cabeça.
- Nunca imaginei que veria você me falando sobre suas confusões amorosas. - ela ri. - Você sempre me tratou estranho.
- Eu tinha preocupações demais, nunca soube se iria estar viva no dia de amanhã. Não queria que alguém se aproximasse de mim e a acabasse sofrendo se algo acontecesse. - explico.
- Agora você não tem mais? - ela pergunta. Rio.
- Claro que tenho! Agora pelo menos eu não tenho mais que me preocupar de ser morta caso uma missão não de certo, ou algo do tipo, só preciso me manter na linha para que Jungkook ou qualquer um dos outros me mate. Sou boa fingindo.
- Você ainda tem desconfianças que algum deles possa te matar? - ela arregala os olhos.
- Óbvio! Não é como se eu estivesse morando com homens normais e estabilizados psicologicamente. Eles matam, e não ligam para isso! É tão normal para eles, quanto é para Chang. Eles apenas não tiveram a mesma escolha de estar nisso ou não, ou sim... eu não sei, nunca vou saber ao certo o que se passa em suas cabeças.
- Eu entendo... juro que fiquei chocada quando cheguei na casa de Yoon e vi você lá, nunca passou por minha cabeça que ele fosse uma droga de mafioso! Eu quase peguei minhas coisas e sai correndo, Yoongi é tão incrível, não consigo ver ele matando alguém. - ela fala colocando suas mãos em seu queixo apoiando-as na mesa.
- Ele também não deve imaginar que você é uma hacker que estava ajudando a sua amiga a se infiltrar na máfia dele. Você é doce demais para isso. - tento amenizar o clima e Chae ri concordando.
- Nós nunca saberemos o que se passa na cabeça de ninguém, nunca... - Chae respira fundo e sorri sem mostrar os dentes. - Mas enfim, como foi?
- Como foi o que? - pergunto confusa.
- Você sabe, você e o JK... - ela me olha sugestiva. Me engasgo com minha saliva.
- Nós não... Não fizemos nada! - ela arregala os olhos e ri desacreditada.
- Você tá falando sério? - assinto.
- Sempre que algo está prestes a acontecer alguém ou algo atrapalha. E nem sei se quero. - dou de ombros sem me importar.
- Por quê? - ela pergunta se inclinando sob a mesa.
- Porque se tornaria real. Não quero pensar que isso que estamos fazendo é algo sério. Não vai durar mesmo. - falo e levanto minha mão para chamar a garçonete para que pudéssemos tomar café e Rosé me levar embora.
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INFILTRATED - Jenkook.
FanfictionJennie havia sido treinada para ser uma das melhores assassinas de aluguel de Tóquio, mesmo que não se orgulhasse disso tanto quanto alguns de seus "parceiros". Ela nunca se achou tão importante para as pessoas que trabalhava, mas depois de dar um p...