Capítulo 8

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- Essa é a tal Jennie? - escuto um dos vários amigos de Jungkook falar assim que entro na sala. Que eu descobri ser apenas de JK por ele ser sócio da boate. 

- Eu mesma, e você quem é? - pergunto olhando diretamente para o garoto loiro mais baixo que os outros. 

- Meu nome é Jimin. 

- Por que está de mascara? - pergunto. Mesmo que JK estivesse de mascara agora eu já havia visto seu rosto por um descuido seu, mas continuo fingindo que não para ele se sentir mais inteligente e no controle. - No máximo deve ser de uma alta patente e não quer que ninguém veja que está num lugar como esse. 

- Como você sabe? - ele pergunta e olha para Jungkook achando que ele havia me contado algo. 

- Você é o único usando mascara sem ser o Jungkook, claro! - quando digo o nome de Jungkook todos os seus amigos olham para ele. Apenas com isso concluo que ele não deveria ter revelado seu nome para mim ou qualquer pessoa desse lugar. - Mas enfim, quem são vocês e o que querem comigo? Se quiserem uma dança especial vão ter que pagar mais e esperar uns dez minutos, estou cansada, fazer bebidas é cansativo! 

Escuto risadinhas de alguns dos meninos. 

- Essa é a mesma menina daquele primeiro dia? - o garoto que eu conhecia como Tae fala olhando para Jungkook, ele assente envergonhado.

- Do que vocês estão falando? - o mais alto pergunta. 

- Eles estão falando do dia que teve um tiroteio aqui e esse garoto entrou com uma arma aqui dentro. - falo calmamente. Os garotos arregalam os olhos. - O que foi? Ele é advogado, faz sentido tem algum segurança, não é? 

Me faço de inocente, ainda não era hora para esses garotos saberem nada sobre mim. 

- Enfim, nós viemos aqui para te dar duas alternativas: você nos conta tudo o que sabe sobre os Yakuza, ou nós fazemos você falar à força! - o garoto loiro fala. Reviro meus olhos para eles e me sento na poltrona preta que ficava perto do sofá. 

- Vocês deveriam ser mais discretos, né? - falo olhando para minhas unhas. Olho para os garotos e conto pelo menos uns seis garotos. Quem tinha tantos amigos assim? 

- Do que você está falando, Jennie? - JK pergunta. 

- Pensem comigo... A poucos minutos antes de eu chegar vocês todos deveriam estar de mascaras ou seja queriam se esconder de alguém ou alguma coisa, vocês vinham aqui quase todos os dias, mas depois do tiroteio vem pelo menos duas vezes na semana. Lisa me disse que ninguém conhece o rosto de vocês e eu perguntei para maioria das meninas e é verdade... Vocês andam com armas em um lugar onde apenas os seguranças podem, Jungkook é sócio, mas acho que é dono mesmo... - termino de falar e eles me olham esperando que eu fale o que eu havia suposto. Respiro fundo. - Ou vocês são policiais, ou são da máfia. 

- Você tem uma criatividade muito fértil, garota! - Tae fala. Sorrio cínica. 

- Então aquela arma que você estava na mão aquele dia era de mentira? - falo irônica. 

- Era! Não podemos entrar com armas verdadeiras aqui e você deve saber disso! - ele fala. Sinto vontade de rir abertamente, mas controlo. Descruzo às pernas de um jeito provocador e abro levemente. Sinto o olhar dos garotos em mim, mas continuo. Coloco a mão e puxo a arma que eu tinha roubado de Tae naquele dia do coldre que estava bem escondido na parte de trás de minha perna. 

- Essa arma não me parece falsa, Tae! - falo seu possível apelido. Com o canto do olho vejo todos eles menos Jungkook pegarem armas e apontarem em minha direção. Sem levantar à cabeça descarrego a arma e largo na mesinha de centro que tinha ali. - Não precisam se preocupar não tentarei nada, não sou tão burra a esse ponto. Eu só queria saber se vocês comprovariam minhas teorias! E nossa, nunca imaginei que veria Jeon Jungkook ao vivo e a cores! É uma honra! 

Curvo minha cabeça levemente ainda sentada. Os garotos abaixam às armas um de cada vez um pouco exitantes. Olho para Jungkook que tem um pequeno sorriso no rosto. 

- O que você realmente fazia lá? - ele pergunta.

- Pelo visto não é tão mesquinho assim, não é? - falo sorrindo o mais cínica possível. - Isso é conversa para outra hora, docinho. Podemos tratar de negócios agora? Foi por isso que vieram aqui, não foi? Vocês não esperariam quase um mês para voltar aqui e falar sobre mim... Podem perguntar, serei sincera! 

- Por que você veio para cá? Não foi apenas para fugir. 

- Foi para fugir, basicamente. Mas eu precisa fazer algumas coisas aqui antes de realmente sumir... Ou morrer! - falo o mais verdadeiramente possível, sem ser irônica. - Foi mais fácil do que eu esperava, quem eu procurava caiu na minha mão muito rápido. 

- Quem? Eu? - JK pergunta. Assinto e pisco com um sorriso sacana no rosto. 

- Sabe, eu esperava que fosse mais feio, mas pelo visto sua mãe era bem bonita... Diferente de seu pai! - falo. Eu sei que ao tocar no nome de seu pai eu tocaria em uma ferida ainda aberta. Eu nunca havia visto seu pai pessoalmente, mas pesquisava bastante e Chang também... 

- O que você sabe sobre meu pai? - ele pergunta mais alterado. Mas em nenhum momento mudo minha expressão. Ele não iria me assustar até apontar uma arma em minha cabeça e me fazer implorar por misericórdia igual eu fazia com as pessoas que eu matava. Eu já tinha passado por isso em um momento de minha vida, mas no fim quem acabou pedindo misericórdia não foi eu!

- Eu só sei que ele não uma pessoa tão boa, e que era bem procurado. Poucas pessoas gostavam dele, não é? - falo olhando para ele sugestiva. - Ele falava bastante sobre seu pai, falou dele por dias depois de atirar em sua cabeça.

Vejo pequenas lágrimas quererem sair de seus olhos, mas por mais cruel que fosse, eu precisava de seu ódio por Chang! Eu precisava de seu ódio vivido e presente quando eu fosse colocar meu verdadeiro plano em prática, mas eu também precisava da sua tristeza e fragilidade. Por mais que não fosse certo eu usaria isso ao meu favor e no momento parece o certo a se fazer. Não é como eu sentisse algo por esse garoto para ligar para os seus sentimentos!

- Podem me deixar sozinha com ela, por favor? - ele fala para os garotos, mas em nenhum momento tira seus olhos de mim. Sinto vontade de revirar meus olhos para mantenho olhar firme e continuo encarando o homem em minha frente. Aos poucos todos saem dá sala e o último fecha a porta, nos deixando sozinhos. 


INFILTRATED - Jenkook. Onde histórias criam vida. Descubra agora