Any POV
Hoje foi o pior dia da minha vida.
Por quê?
Simples. Hoje foi meu aniversário de 18 anos. E, de acordo com a lei, quando uma criança completa a maior idade, ela é obrigada a ir embora do orfanato em que está.Lei idiota.
Acordei hoje às 8 em ponto, como faço todos os dias. Quando abri os olhos e olhei para o teto lilás, realmente parecia um dia como todos os outros. Mas quando levantei e olhei para a mochila cheia de roupas que eu tinha arrumado na noite anterior, um vazio me inundou.
Lembrei que hoje é meu aniversário.
Quando desci as escadas do orfanato indo em direção à cozinha, fui obrigada a parar na sala. Todos estavam lá. Todas as crianças e adolescentes do orfanato estavam lá. Me esperando para se despedirem de mim.
A Yonta (diretora do orfanato) preparou um bolo pra mim. Confesso que chorei. Vai ser difícil seguir a vida sem ela para me apoiar. Ela sempre foi uma mãe pra mim. Uma mãe que eu nunca tive.
(Quebra de tempo)
Fui embora depois do almoço. A Yonta preparou algumas marmitas para eu não passar fome no meio do caminho.
Pra onde eu vou? Não sei. Não tenho para onde ir. Estou à deriva da própria sorte.
Rezo para alguém olhar para mim é ter dó. Nunca fui tão humilhada na vida.
Mas, pelo jeito, vou ter que me acostumar com a humilhação. Ela vai ser minha única companheira daqui pra frente.●●●●●●●●●●●●●●
Estou andando sozinha e sem rumo pelas ruas de Nova Iorque. Estava voando com os meus pensamentos até que parei em um deles:
Quem são meus pais? E por que ninguém nunca quis me adotar?
A Yonta me disse, uma vez, que eu vim do Brasil. Disse que me encontrou em um cesto na frente do orfanato com uma carta escrita em português. Ela disse que demorou dias para traduzir a carta para o inglês.
A resposta para a segunda pergunta eu realmente não sei. Sempre achei que tinha alguma coisa de errado em mim, por mais que a Yonta insiste em dizer o contrário.
Vivi, praticamente, minha vida toda no orfanato. Vi várias crianças sendo adotadas, mas nunca fui uma delas.
Provavelmente nunca vou saber o porquê.(Uma semana depois)
As comidas e o dinheiro acabaram faz 3 dias, então tive que começar a roubar das pessoas para sobreviver.
Me sinto péssima fazendo isso, mas foi minha única escolha.Não consegui trabalho e acho que você já sabe o porquê. Ninguém quer contratar uma garota que mora na rua.
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Não tomo banho à dias. E não aguento mais passar frio a noite, sem contar o chão duro e gelado.Já está na hora do almoço, e eu tô morrendo de fome. Vou precisar roubar mais alguém.
Ja disse que me sinto péssima em fazer isso?Meu alvo é um garoto loiro e, um pouco mais alto que eu, que está de costas.
Quando fui tentar colocar a mão no bolso da jaqueta dele, ele foi mais rápido e segurou meu pulso com força.
Xxx: Ei!!!
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Esse foi o capítulo gente! Minha intenção nesse capítulo é contar tudo desde o início. Em alguns momentos da fic vai rolar uns flashbacks do passado da Any tbm.
Quem vcs acham que é o garoto loiro? Alguma sugestão?
Não esqueçam de compartilhar e votar!
Um bj da autora😘
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A órfã {Beauany/Now United}
Teen FictionAny é uma garota solitária e órfã. Ela vive pulando de casa em casa mas nunca consegue achar um lar. Até que um dia ela faz 18 anos e é obrigada a sair do orfanato onde mora desde os 3 anos de idade. Sem ter para onde ir, ela começa a morar nas ruas...