Capítulo 5 (2° Temporada)

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Hoffmann narrando

O Chris me abraça com toda a sua força, pressiona a sua cabeça contra o meu peito, como se quisesse entrar ali dentro e esquecer tudo isso. Ele tremia muito, me apertava, molhava a minha blusa de algodão com as lágrimas, o seu choro era silencioso, porém, era existente e bem presente e eu o abraçava forte, também, o comprimindo contra o meu corpo, para ele se sentir protegido, pelo menos naquele momento.

Fui guiando o Chris para fora do banheiro e ele não me largou nenhum momento, ele subiu nos meus pés e eu guiei para fora do banheiro para ele não ficar vendo a grande quantidade de sangue que tinha no chão do restaurante. Quando saímos todos nos encaravam, muito provavelmente seja pela quantidade de policiais que chegaram junto ao nosso carro e os barulhos que devem ter saído lá de dentro na briga entre o segurança e esse desgraçado. Quando sai eu procurei o Marcos e não o encontrei mais no restaurante e nem no bar, para dizer que o Chris já estava indo comigo, pelo menos essa é educação eu teria, mas ele, aparentemente, já havia ido embora.

- Eu vou pedir para um dos policiais levem vocês na viatura. - Diz Katriel se aproximando de nós

- Não precisa, eu já chamei um Uber e o carro dos seguranças vão logo atrás, pode pôr seus homens de volta ao trabalho normal. - eu digo dando um sorriso amarelado

- Vocês têm certeza?- ele diz preocupado

- Tenho, o Uber já está chegando. Pode ir despreocupado. - eu digo dando um tapinha no ombro dele – E obrigado por tudo- eu digo dando um sorriso tímido

- Que isso irmão? Não precisa agradecer não, os amigos estão aqui pra tudo. - ele diz me repreendendo

- Mas mesmo assim, valeu mesmo, do fundo do meu coração. - eu digo dando um sorriso curto

- Que nada mano, só tô fazendo meu trabalho. - ele diz me dando um tapinha e um policial assobia atrás dele – Bom, eu tenho que ir, mas qualquer coisa me liga, beleza?- ele diz e eu concordo com a cabeça- E você se cuida Chris, qualquer problema ou dúvida não exite em me ligar ou mandar uma mensagem- ele diz alisando as suas costas, ela ainda está preso ao meu corpo, como se estivesse com medo de ver o mundo externo. Ele balançava a cabeça suavemente e faz a minha blusa subir e descer alguns centímetros.

Nosso Uber chega o Chris entra primeiro no banco traseiro e vai para o outro canto, ele não diz nada, nem esboça nenhuma reação, só consigo ver os seus olhos vermelhos e inchados de tanto chorar, ele tá muito abalado com oque aconteceu, entro dentro do carro e quando bato a porta o Chris volta a posição inicial de abraçar o meu abdômen e ficar com a cara dele presa nos meus peitos e não diz nada. Dou o endereço da nossa casa e o motorista começa a dirigir e eu fique alisando os cabelos de Chris e dando alguns beijinhos na sua cabeça que está presa ao meu corpo. O caminho foi inteiro foi silencioso, só se ouvia o som do ar condicionado do carro e o som do vento que batia no carro que estava a uma velocidade aceitável pela rodovia, o motorista não fazia nenhum comentário ou tentava puxar algum assunto, ele só dirigia e dava algumas olhadas no banco traseiro pelo retrovisor e sempre o olhar dele se encontrava com o meu e ele percebia e ficava com vergonha e voltava a focar na estrada novamente.

Quando chegamos no portão da minha casa eu dei a autorização para o carro entrar e nos deixar na porta do casarão, para não termos que andar a longa distância entre o portão até a casa. O carro para de na frente da porta e eu saio com o Chris que não larga o meu busto, pego ele no colo, ele enfia a cabeça dele no espaço entre o meu pescoço e o meu ombro, parece que ele está com vergonha de mim ou como se ele não quisesse me ver e está longe de mim, estranho isso. Subo as escadas com ele no meu colo, abro a porta e já estava tudo apagado, as luzes do andar de baixo, apenas a da sala iluminava toda a área da escada, subo as escadas e vejo que a porta do quarto das crianças está fechada, elas já estão dormindo, e vou direto para o nosso quarto, abro a porta e fecho dando um leve chute com o meu pé e ouço o estalar do trinco do encontro da porta com a parede, vou em direção a cama e ponho o Chris, suavemente, na superfície macia e ele vai largando o meu corpo aos poucos e se acomodando entre os travesseiros e os lençóis e vejo o quão vermelho estão os seus olhos, ele havia chorando o caminho inteiro, minha blusa está toda molhada das suas lágrimas

O Diabo é Eletromagnético(MPREG) Onde histórias criam vida. Descubra agora