Capítulo 6 (2° Temporada)

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Crocker narrando

Desde a reunião com a Jeniffer o Enrico está queimando cinzas pelo escritório, um estagiário errou um cálculo para uma instalação e ele faltou apertar a garganta do menino, claro que se o estagiário já fosse engenheiro e ele começasse a obra com aquele cálculo errado daria um mega curto no condomínio e ele estaria sujeito a perder o CREA, mas o Enrico deu uma exagerada na bronca com o coitado. Almoçamos juntos e nós conversamos normal, ele brincou com as crianças por um tempinho no restaurante e me tratou super bem, se ele viesse com as ignorancias ele já ia receber um tapão no meio da fuça pra ele ficar esperto. As crianças foram para casa com a babá e os seguranças e eu voltei de carro com o Enrico para empresa.

Meus trabalhos já tinha terminado por hoje, quero ir pra casa, mas ainda são três da tarde, sem reunião marcada, sem projetos para fazer, sem estagiários para fazer perguntas, tô com a tarde toda livre, ficar três horas de cara pra cima até da o meu horário de ir embora. Começo a pensar em alguns preparativos pro meu casamento, não vou começar a planejar agora ou pensar em datas, mas eu posso sonhar com algumas coisas, como ele sendo feito no por do sol em meio um gramado verde e em um espaço totalmente aberto para ter acesso a natureza, pássaros cantando, as pétalas de rosas brancas espalhadas pelo chão, o Enrico vestido de noivo todo pra mim, não que ele já não seja todo meu, mas agora vai ser algo mais oficial, ele sorrindo apaixonado, eu sorrindo mais ainda. Meus pais felizes, pelo menos o paizinho, os meus filhos felizes, meus amigos felizes e claro eu, o mais feliz de todos. Ouço um barulho vindo da porta e sou acordado.

- Entra!- eu digo me arrumando na cadeira

- Desculpa atrapalhar o seu trabalho Sr. Crocker, mas o Sr. Hoffmann está chamando o senhor e pelo tom dele ele está muito nervoso.- Diz a secretaria com medo, dou um longo suspiro, fecho os olhos, conto até 20 para não apertar a garganta do Enrico e me levanto da cadeira.

- Obrigado pelo aviso dona clara. - eu digo passando por ela e indo direto para a sala do Enrico e bato na porta

- Entra! - ouço a voz grave dele e me arrepio inteiro, ele tá puto virado na desgraça.

- Me chamou Enrico? - eu digo entrando na sala e fechando a porta, ele levanta um dedo pra mim e termina de assinar um papel que ele estava preenchendo, joga seus óculos sobre a mesa e se levanta e vem na minha direção feito um foguete, nesse momento eu começo a pensar no que eu fiz hoje e se eu posso ter errado algo pra ele ficar bravo comigo, mas sou surpreendido com um beijo quente que ele me dá, ele me puxa pelo colarinho do meu terno e começa a me beijar, freneticamente e me pressionando contra a porta e roçando o seu corpo inteiro no meu, nossas línguas se entrelaçam uma com a outra, nossos corpos, mesmo cobertos, respondem ao toque um do outro. Enrico me levanta pelas minhas coxas e eu entrelaço as minhas pernas na sua cintura e ele sai andando pelo escritório comigo preso e sem separar o nosso beijo, ele senta e pelo espaço deve ser um sofá e começa a tentar a tirar a minha blusa branca de botões e eu seguro as suas mãos, onde ganha a carne não se come o pão. Começamos a nos separar aos dando vários selinhos e quando abro os meus olhos vejo aquele lindos olhos verdes me encarando, sua boca estava bem rosinha, devido a pressão dos nossos beijos e a sua barba, extremamente, bem feita.

- O que foi que você tá assim?- eu pergunto olhando pra ele que me olha com um sorriso, safado, de canto de boca

- Assim como?- ele diz me pegando pela nuca e começando a beijar o meu pescoço

- Sedento no trabalho, você, normalmente, não é assim. - eu digo fechando os olhos e aproveitando as chupadinhas que ele deixava em meu pescoço

- É que... - ele diz parando de beijar me pescoço e me olhando – Hoje eu não estou tendo um bom dia. Já comecei brigando com a porra da Jeniffer, o Fonseca perdeu uma licitação de quase meio bilhão de reais para outra empresa. Meu projeto com a lamporinny não foi aceito e eu vou ter que refazer, perdemos dois clientes, pequenos, mas mesmo assim é dinheiro, por causa de uma negligência do nosso recursos humanos, esse mês vamos fechar com uma queda de 0,01% de queda de lucros no setor elétrico, vamos ter que fazer algumas reformas nas hidroelétricas dos países latinos para deixarmos no padrão internacional que foi reformulado. Vamos ter que prestar contas ao Ibama sobre um túnel que vai ser construído daqui a três dias e o prefeito da cidade cagou pro impacto ambiental e quem tem que fazer somos nós. Quer que eu continue?- ele diz fazendo uma cara de cansado.

O Diabo é Eletromagnético(MPREG) Onde histórias criam vida. Descubra agora