O Diabo é Eletromagnético(MPREG)

Capítulo 8 (2° Temporada)

Katriel narrando

Desde a primeira aparição desse pobre garoto eu estava ajudando o Enrico, claro, somos melhores amigos, e por ser da justiça ele sempre me colocou pra ajudar ele nisso, até porque a área dele é outra. Mas desde a prisão do Carlos, a três anos atrás, eu nunca aceitei de fato que ele era o verdadeiro cabeça, ele chega a ser ingênuo de mais, tem fatos que não batiam, como o ódio mortal dele pelo Enrico, tá ele, Enrico, matou o pai dele, Carlos, mas segundo a própria mãe do Carlos disse que eles nunca se deram muito bem e que quando bêbado, o pai, sempre agredia ela e os seus filho, Carlos tem dois irmãos e uma irmã, e que a morte dele foi um alívio, já que ele repudiava Carlos, principalmente, quando ele se assumiu gay e seu pai queria o estuprar alegando que era pra ver se ele realmente gostava de rola, segundo a mãe nunca aconteceu, bom, pelo menos que ela saiba. Quando perguntamos do porque ela nunca ter denunciado ele, pai do Carlos, ela diz que não tinha como, ela era do inteiro do Sul do país, não trabalhava, mal terminou os estudos, ele era a única fonte de renda da casa e seu filho mais velho, Carlos, só tinha 13 anos, os outros tinham 10, 4 e um recém nascido. Aceitamos o depoimento dela, foi muito convincente, ela estava em choque ao descobri que o filho mais velho dela foi preso, toda mãe ficaria, mas oque ela mais estava indignada era a justificativa do Carlos para realizar o crime, o pai dele nunca foi o verdadeiro motivo.

Pedi para o meu amigo policial apurar mais, não seria só aquilo, mas ele disse que era o Carlos e que eu estava doido por achar que tinha mais alguém, ele foi pego em flagrante e confessou tudo, e é isso que não me desce, o Carlos não é sádico, ele não aparentava está confortável com aquilo e parecia que era um texto decorado, ele dava pausas como se estivesse tentado lembrar letra por letra de palavra que era pra ser dita, mas meu amigo policial diz que, por ser promotor e está em risco a vida de um amigo meu, eu estava alegando que tinha mais coisa.

No julgamento dele foi uma palhaçada, ele estava do mesmo jeito, mas com os olhos cansados parecendo que não tinha dormido nem um pouco por muito tempo, que ele estava sendo atormentado na prisão, tenho quase certeza que o Enrico botou alguém pra dar uns tapas nele, mas não ao ponto dele está com as olheiras daquele tamanho e parecia um hamister assustado, não parava de olhar para os lados ou para trás, e ele não fez questão de advogado, mesmo sabendo que seria preso, qualquer sádico ou psicopata aceita um advogado, para pelo menos a sua pena diminuir, mas ele disse que era autodefesa que faria ele não ser preso, bom... O resultado foi outro.

Tudo que eu alegava sobre ele ter feito ele concordava e dizia que tinha feito, não se defendeu em nenhum momento, só se declarava culpado, tinha coisas que eu falei que não existiam, para ver se alguém se tocava do que estava acontecendo, mas ninguém ligava ele só dizia que tinha feito, ele não sabia as próprias mensagens que mandava ou o lugar que estava e foi rastreado, ele só dizia que tinha feito e que o motivo era pra fazer o Hoffmann, sofrer como ele sofreu com a partida do pai.

Eu questionei ele sobre oque a mãe tinha me dito e ele disse que ela estava mentindo, que ele e o pai sempre tiveram uma relação além de pai e filho, e que se enquadravam mais como marido e marido, disse também que a mãe nunca se fez mulher o suficiente para satisfazer um homem como ele, o seu pai, teve que ir buscar a "mulher" de verdade dele em outro lugar.

Óbvio que isso nunca saiu daquela sala de tribunal que foi fechada apenas para o reu e as vítimas, mas para ele dizer aquilo, da mãe, algo não estava certo.

Estudei muito para virar delegado, para conseguir apurar melhor esse caso, que não desvia a minha garganta de forma alguma, e quando finalmente passei no concurso e fiz o meu treinamento, cai em uma delegacia tão precária, com tanta coisa errada, policiais corruptos, pessoas que não vinham trabalhar, para por tudo em ordem foram quase um ano de trabalho árduo e várias ameaças de mortes, vindo dos corruptos.