Me chamo Pedro Bianc, tenho 32 anos, até pouco tempo eu vivia uma vida típica de um playboy sustentado pelos pais, agora depois de uma temporada na Europa, meu pai resolveu que eu teria que trabalhar para manter meu padrão.
Estou voltando para assumir um dos cargos de direção da Editora da família, junto com o Lucky, meu primo e melhor amigo, deixei ele cuidar da minha mudança enquanto chego, comprei um apartamento no centro.
Os primeiros dias foram bem corridos e quase não tive tempo de conhecer a vizinhança, o meu novo apartamento é bem localizado com vista para a praia, dois por andar, espaçoso e confortável, pouco luxo, mas tá bom.
À alguns dias Lucky me falou que conheceu a vizinha durante a mudança, se empolgou em falar que ela é linda e cheia de curvas, não é muito meu estilo, então nem me importei tanto.
Saio do banho as pressas, com a campainha tocando insistentemente, mal deu tempo de me enrrolar na toalha.
Abro a porta e me deparo com uma baixinha, morena de cabelos enrrolados, olhos escuros e espantados em me ver com tão pouca coisa. Divertido ouvir ela tentando falar.
- B.. Boa Noite... eu sou Angelic, sua vizinha... desc...desculpa atrapalhar seu... seu banho. É que entregaram no meu apartamento essa encomenda... mas é sua.
Ela nem de longe faz meu tipo, mas é uma graça, sim, eu poderia abrir uma exceção.
- Obrigado Angelic... boa noite... me chamo Pedro.
Ela parece em transe, adoraria saber o que se passa nessa cabecinha. Mas antes que possa puxar assunto, ouvimos seu telefone tocar e ela parece acordar.
- Preciso ir... até outra hora Pedro.
- Será um prazer sempre.
Não sou nada modesto e gosto de saber que tenho qualquer mulher aos meus pés. E com Angelic não seria diferente.Sou tirado dos meus devaneios com meu telefone berrando, quase esqueci que marquei com Lucky para irmos a inauguração de uma boate essa noite.
Logo de cara na entrada da boate a recepcionista nos devora com o olhar, isso é bem normal para mim, o Lucky é mais tímido, mas é tipo pegador também.
Nos dirigimos ao bar e claro que como sócios da boate não houve demora para sermos atendidos.
- Ei, conheci a tal vizinha hoje. - disse por cima da música - você tem razão, ela não faz meu tipo.
- Então... eu te falei... mas achei ela gatinha.
- É sim, talvez eu abra uma exceção para ela.
Rimos, sei que Lucky não acredita, mas talvez fosse verdade.
Logo duas garotas nos cercam e claro, aproveitamos, a noite seria produtiva.
Acordei com uma bela ressaca, mas preciso trabalhar, tenho algumas reuniões logo cedo e hoje conhecerei a colunista da nova revista da Máxima. E com essa dor de cabeça sei que o dia vai ser longo. Levantei, tomei um banho demorado e um café da manhã reforçado o dia seria longo.
Depois das reuniões com investidores da nova revista, tenho alguns minutos antes da reunião com a colunista, chamei minha assistente, que em segundos abre a porta com café e comprimido para minha ressaca, muito prestativa, gostosa e oferecida. Quase com o decote na minha cara ela pergunta se pode me servir em algo mais, não posso negar que estou cheio de tesão e poderia comer ela aqui mesmo.
Nesse instante meu querido primo abre a porta, sem bater, fazendo minha assistente pular de susto e sair quase correndo, olhei para ele puto, que retribuiu com a mesma cara.
- Depois falamos sobre isso. Vamos adiantar a conversa com a colunista, seu pai quer uma reunião na hora do almoço.
O interfone o interrompe, minha assistente informa que a tal colunista chegou e a mando entrar.
Grande foi a surpresa ao ver minha vizinha Angelic, entrar na minha sala, ela estava incrível, um vestido preto todo justo que marcava suas curvas, um blazer alongado vermelho que combinava com seus sapatos altos, cabelos soltos e com cachos perfeitos, uma maquiagem leve, mas um batom que destacava sua boca de forma provocativa. Vermelho é sem duvida minha cor preferida.
Lucky levantou e foi até ela já babando, Angelic estava bem surpresa ao nos ver, mas se desmachou em sorrisos quando Lucky pegou sua mão delicadamente e beijou.
- Que surpresa, Angelic. Então você é a nova colunista da Máxima?
- Lucky! Que surpresa... sim... sou eu, não sabia que você trabalhava aqui.
Interrompo o momento dos dois com uma tosse forçada. Ruborizada ela me olha e não sabe se sorri ou não, é notável confusão em seu olhar.
- Bem... seja bem vinda então, Senhorita Angelic, sente-se.
- Obrigada Sr Bianc, realmente não esperava...
- Por favor, me chame de Pedro - eu a interrompo - Sr Bianc é o meu pai.
- Ok... Pedro - ela diz sorrindo e o som do meu nome em sua voz é encantador.
- Então, já que estamos todos devidamente apresentados, vamos falar sobre sua coluna. - Agora é a vez do Lucky nos interromper.
Que surpresa agradável, não consigo tirar os olhos de sua boca, como ela fala bem, notei que o Lucky tb está impressionado, e quase babando sobre ela. Parece que teremos uma leve disputa? Mas ela nem faz meu tipo mesmo. Não... não existe disputa aqui.
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No Final do Corredor
RomanceAngelic Drumond, escritora e editora, depois de algumas decepções desacreditou no amor que descrevia em seus livros. Pedro Bianc, vê sua vida mudar ao assumir a Editora da sua família. Nunca se apaixonou, relacionamentos eram perda de tempo. Lucky...