No Final do Corredor

Lucky

Sou Lucky Bianc, 32 anos, sou um dos herdeiros da Editora Máxima, já trabalho à algum tempo na editora. Sou um dos diretores e agora com essa nova revista, também ocuparei o cargo de Editor Chefe.

Daqui alguns dias meu primo e melhor amigo Pedro estará de volta para assumir o cargo de Diretor na editora, junto comigo. Fiquei responsável pela mudança dele, já que meus tios estão fora da cidade.

Parece que passou um furacão aqui, preciso agilizar aqui, antes que algum vizinho reclame. E dito isso uma porta abre e vejo um lindo exemplar feminino, baixinha e cheia de curvas, cabelos abaixo dos ombros cheios de cachinhos. E sua voz é angelical

- Olá... Boa tarde. (ela me tira do transe)

- Boa tarde, senhorita. Desculpa a bagunça.

- Há... não se incomode, mudança é sempre assim... é você o novo morador. ( diz sorrindo simpática e que sorriso lindo)

- Não... na verdade sou só responsável pela mudança.

- Haan... que pena.

- É sim... uma pena... seria ótimo ter uma vizinha assim... (falo olhando- a dos pés a cabeça, senti que ela ficou constrangida e vejo um leve rubor em suas bochechas)

- Hum... desculpe... não quis ser indiscreto. (digo tentando amenizar o momento)

- Sem problemas... preciso ir... se precisar de algo pode chamar.

- Obrigado, senhorita...

- Angelic... (bem propício)

- Lindo nome... Angelic... me chamo Lucky. (estendo-lhe a mão com meu melhor sorriso)

- Até logo Lucky...

Os dias seguintes foram corridos com a chegada de Pedro, precisava colocá-lo a par de tudo da Editora. Depois de dias exaustivos precisavamos relaxar então fomos a inauguração de uma nova boate que o Pedro é Sócio. Logo na entrada a recepcionista nos devora com os olhos, sim, causamos esse efeito. Fomos ao bar e o atendimento foi quase imediato. Gosto disso.

- Ei, conheci a tal vizinha hoje. - Pedro diz por cima da música - você tem razão, ela não faz meu tipo.

- Então... eu te falei... mas achei ela gatinha.

- É sim, talvez eu abra uma exceção para ela. (rimos, sei que não é verdade, será?)

Logo duas garotas se aproximam e vamos aproveitar a noite que ninguém é de ferro.

O dia hoje promete ser bem corrido, temos algumas reuniões logo cedo com os acionistas e investidores e ainda tem a colunista da nova revista da Máxima.

Apesar de corridas e estressantes as reuniões foram bem produtivas, tinha algum tempo antes da reunião com a colunista, porém meu tio pediu um reunião de almoço com Pedro e comigo. Fui até a sala de Pedro e a assistente não estava na mesa, então entrei sem anúncio mesmo, a garota estava praticamente em cima dele ela pulou de susto e saiu quase correndo, olhei para ele puto, que retribuiu com a mesma cara. Não o julgo, faria o mesmo, ela é bem gostosa, mas é horário de trabalho.

- Depois falamos sobre isso. Vamos adiantar a conversa com a colunista, seu pai quer uma reunião na hora do almoço.

O interfone o interrompe, e a assistente informa que a tal colunista chegou, Pedro a manda entrar.

Grande foi a surpresa ao ver Angelic, entrar na sala, deslumbrante com um vestido preto todo justo, um blazer alongado vermelho que combinava com seus sapatos altos, cabelos soltos e com cachos perfeitos, uma maquiagem leve, mas um batom, que deveria se chamar vermelho pecado, destacava sua boca de forma provocativa.

Sem nem piscar fui até ela, Angelic estava surpresa ao nos ver, mas mostrou o mais lindo sorriso quando peguei sua mão delicadamente e a beijei.

- Que surpresa, Angelic. Então você é a nova colunista da Máxima?

- Lucky! Que surpresa... sim... sou eu, não sabia que você trabalhava aqui.

Pedro nos interrompe com uma tosse forçada. Sinto Angelic ruborizar, nossa como fica linda assim, ela o olha e não sabe se sorri ou não, é notável confusão em seu olhar.

- Bem... seja bem vinda então, Senhorita Angelic, sente-se. (Pedro diz)

- Obrigada Sr Bianc, realmente não esperava... (ela fala constrangida ou nervosa)

- Por favor, me chame de Pedro - ele a interrompe - Sr Bianc é o meu pai.

- Ok... Pedro - (ela diz sorrindo encantadoramente)

- Então, já que estamos todos devidamente apresentados, vamos falar sobre sua coluna. - minha vez de interromper.

Que surpresa maravilhosa, não consigo deixar de admirar Angelic ela é incrível, seus olhos brilham ao falar de seus trabalhos e sua boca, que boca, poderia beija-la o dia todo e ouvi-la também, como ela fala bem, notei que Pedro está impressionado, mas tento não levar para esse lado, ela não faz o tipo dele.

Finalizamos a reunião e acompanho Angelic até o elevador, estamos bem próximos e posso até sentir seu perfume doce e delicado.

- Gostaria de acompanha-la até sua sala, mas tenho uma reunião agora. (digo, mais desapontado do que gostaria)

- Não se preocupe, eu entendo. (ela sorri docemente) Até logo Lucky.

- Até logo Angelic...

Lhe dou um beijo quase no canto da boca e ela me olha envergonhada. Mas o que passa na minha cabeça. O elevador chega de imediato e ela entra, fico ali parado enquanto a porta do elevador vai fechando.

Sou tirado dos meus devaneios com meu primo rindo, quando quer Pedro é um idiota.

- Vamos Dom Juan, papai está nos esperando.