9844, ainda amo você.

Luka Couffaine (Extra- carta)

ATENÇÃO
Esse capitulo contém violência e morte.
Boa leitura!

Acordei e diferente do de costume, não iria na cada de Marinette naquele dia. Ela tinha coisas para fazer e eu também.
Aconteceu algum incidente, alguém foi akumatizado e alterou nossos planos. Assim, acabamos nos vendo, involuntariamente, mesmo que tivesse sido por causa de um resgate e aquilo me deixou feliz.
Marinette era linda, criativa, meiga, destemida, apaixonante. Acho que seu único defeito era sua falta de crença em si mesma, por isso eu a agradeci. Tinha a esperança de que, mostrando o quanto as pessoas eram gratas pelo seu trabalho e o quão agradecidas eram, ela pudesse ver. Ela era a mesma pessoa como Ladybug, ou como Marinette e apenas ela não via. Talvez porque ele também não visse.
Mais tarde, descobri que Meggie era a akumatizada da vez, então decidi encerrar aquele assunto definitivamente.
Marinette voltou para casa rapidamente, já que ia se destransformar a qualquer instante, então não tinha muito como pedir que me esperasse, precisava resolver aquilo naquele momento e eu só entendi a gravidade naquele dia.

- Você entende que acabou, não?
- Mas Luka... nós éramos felizes!
- Eu não estou triste agora, Meggie. Apenas estaria mais feliz se você pudesse aceitar isso. Queria que fossemos amigos.
- Como eu vou ser sua amiga vendo você agarrado naquela menina? Você nunca sequer olhou daquele jeito para mim!
- A questão é a diferença de tratamento? Meggie... eu gostava muito de você... me desculpe mas eu não...
- Você me amava! Eu sei que amava!
- Não. - a segurei pelos braços e a encarei. Era difícil fazer aquilo.
- Como assim, Luka? - ela ria e chorava ao mesmo tempo e aquilo doía.
- Acabou. Eu não quero mais. Eu não te amava, eu não te amo. Apenas espero que quando aceitar isso, possamos ser amigos.
- Você... - ela foi tomada por uma expressão de raiva, seguida por tristeza - Espero que seja feliz - se despediu fazendo força, para que eu a soltasse. A deixei ir. Dessa vez sem previsão de volta. Mas realmente, gostava de sua amizade.

Voltei para casa, queria saber como Marinette estava, mas ela não respondia. Liguei para Alya perguntando se sabia e ela disse que viu Chat Noir a levando para casa, o que me deixava aliviado.
Se ela estiver bem, não importa.
No dia seguinte descobri que ela não estava de fato bem, e que tinha passado mal de cansaço.
Bati na minha própria cabeça algumas vezes pensando o quão idiota fui para não perceber que ela não estava normal, como seus olhos estavam sem brilho!

A partir desse dia, algumas coisas começaram a mudar. Continuava vendo Marinette, porém Adrien sofreu algum tipo de acidente ou foi atacado e ela se disponibilizou para cuidar dele. Assim que ela era e eu não mudaria nada. Marinette é a pessoa mais incrível que eu conheço, doce e pura.
Foi pensando nisso que compus mais uma música para ela, esperando que algum dia pudesse mostra-la.

Achei que ela não gostasse mais de mim, para ser sincero, mas ela mudou meu pensamento em uma noite. Ela apareceu em minha casa no fim de tarde e explicou tudo o que acontecia.

- Eu estou confusa... quer dizer... eu gosto muito de você... mas eu não sei...
- Você não precisa me amar. Nem saber o que quer. Nem saber quem ama. Eu te amo e quero te ver feliz, se eu puder te ver feliz, isso basta. - ela sempre corava quando eu falava sobre meus sentimentos. Mesmo que se sentisse segura comigo, continuava aquela menina tímida e sem jeito pela qual eu me apaixonei.

Por isso, nos beijamos intensamente. Por isso as coisas que aconteceram naquela noite aconteceram.
Tive medo de machuca-la ou que ela não gostasse de algo que fizesse, tentei ser o mais cauteloso possível o tempo todo e não tenho nenhuma reclamação a fazer. Ela é maravilhosa, a pessoa mais incrível que eu já tive o prazer de conhecer.
Era de madrugada, quase amanhecendo eu acho, então percebi que ela tinha sumido da cama. Se ela tivesse se sentido mal por minha causa... eu acho que nunca seria capaz de me perdoar. Mas ela voltou, linda, tomando cuidado com tudo em volta