Acordei sentindo cheiro de comida e minutos depois Adrien apareceu com uma bandeja preenchida com uma jarra de suco de maracujá e panquecas cobertas com mel.
- O melhor para a melhor futura esposa.
- Bobo... - analisei as panquecas mais de perto - Ei, dessa vez não queimou! - ri dando uma garfada. O gosto era ótimo.
- Eu tenho treinado meus dotes culinários para agradar a senhorita - ele fez uma reverencia engraçada, deixando o chapéu de cozinheiro cair
- Como você se sente? - estendi o garfo com algumas fatias para que ele comesse - Sabe, nós vamos no casar
- É como um contrato vitalício de felicidade - ele rodopiou por alguns segundos até sentar do meu lado na cama e afagar minha cabeça - Vamos ficar algumas horas longe. Eu estou ansioso - ele beijou a ponta do meu nariz - Sei que você vai ser a noiva mais bonita da história da cidade do amor.
- Acho que você vai ser o único noivo gato da historia de Paris - ri com o trocadilho bobo que fiz
- O mais feliz também. - ele me deu um beijo singelo e se levantou - Vou indo então. Eu revisei tudo ontem, mas vou mais uma vez.
- Como você é perfeccionista - afundei na cama - Não queria ficar tantas horas assim longe sabe...
- Não vai durar muito - ele sorriu simpaticamente e me dando um ultimo beijo na testa saiu pela porta - Nos vemos no altar, bugaboo! - e pude ouvir o som das chaves trancando a porta oficializando sua saída.
Chega a parecer surreal tudo o que aconteceu até hoje. Parece surreal quase tudo ter dado certo. Algumas perdas continuam parecendo surreais mas não porque é difícil de acreditar, só é até hoje difícil de aceitar que certas coisas tem que acontecer para que um caminho seja aberto. Sacrifícios. Não, essas coisas não ficam mais fáceis quando você cresce. Na verdade, é mais difícil de lidar com elas e todas as outras coisas que envolvem a vida. Mesmo assim, eu consegui aprender que não é culpa de quem fica, nem de quem vai. Eu aprendi que não da pra ver isso só de uma forma triste ou revoltada. Isso precisa ser um impulso para que sigamos em frente e consigamos transformar o mundo num lugar melhor porque nós não sabemos quantas pessoas em quantos lugares estão sofrendo dessa forma, quantas pessoas estão se sacrificando. Então, eu vou continuar lutando para que sacrifícios como o que foi feito por mim, nunca mais sejam necessários e vou me permitir ser feliz.
E é isso o que eu faço dia após dia, sabendo que meu grande amigo está ali em pequenos detalhes me impulsionando e me ajudando, me deixando mais feliz, me dando mais força e quando eu sinto que vou cair, perder, que eu não vou aguentar, eu escuto sua última música para mim.
Luka me permitiu viver o meu grande amor, me ajudou a sorrir e esteve sempre comigo, em todos os pequenos e grandes momentos e eu não posso ser mais grata. Eu espero que você veja o dia de hoje, porque isso é tudo graças a você.Pensando nessas coisas, algumas lagrimas rolaram pelo meu rosto, mas elas não eram de tristeza profunda. Eram de saudade e de felicidade. Todos nós estávamos vivendo o futuro pelo qual zelamos e seguindo em frente e aquilo era incrível.
Já de pé, liguei para Alya para relembra-la que ela tinha que ir comigo para o salão. Gabriel Agreste assumiu o pagamento de absolutamente tudo, mesmo que eu relutasse com a ideia. Ele insistiu, ainda se sentindo responsável pelas suas ações como Hawk Moth. Eu não posso dizer que acho justificável, mas eu entendo sua insânia para ter de volta aquela que era sua amada, apesar de que aquilo o impedia de enxergar outras possibilidades.
Coloquei uma blusa branca, uma jeans, vesti um casaco já que o clima da primavera era instavel, dei comida para Girassol e fui para a garagem ao encontro do carro. Dei a partida e fui ao encontro de Alya, algumas esquinas adiante.
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9844, ainda amo você.
FanfictionApós Adrien ir morar durante 3 anos com a família de Kagami no Japão para estudar por ordens de Gabriel, Chat Noir desaparece e consequentemente Ladybug se encontra sem um parceiro. Marinette fica confusa sobre seus sentimentos precisando lidar com...