11:30
Estamos os três sentados, numa manta sobre o chão, a jogar às cartas.
M.: Peixinho! - diz recolhendo as suas quatro cartas.
C.: Estou exausta.
D.: Também eu, por mim, o jogo dá por terminado!
M.: Não! Só mais um joguinho...! - esboceja.
C.: Olha para ti, estás cheio de sono! Vá, vamos para a cama. - levanto - me com dificuldade.
D.: Vamos, Miguel. - ajuda Miguel a se levantar com a mão.
M.: Não quero...
C.: Querido, já sabes que não precisas de ter medo.
11:50
Já estou deitada na cama, a ler um livro e à espera que o Duarte chegue, pois já estou a ficar com medo de estar sozinha no quarto em que supostamente a Patrícia morreu. Agora, resta - me saber como é que o Mestre Pedro morreu e o que é que o pai do Duarte tem a ver com esta história toda...
Não, uma visão outra vez não!!!
Estou outra vez na cozinha. O Lourenço, a Patrícia e o Mestre estão muito bem dispostos a rir.
P.: E eu cheguei a casa toda coberta de lama e advinhem qual foi a primeira coisa que fiz... Deita - me na cama dos pais! - começa - se a rir às gargalhadas, provavelmente deve ser por causa do vinho.
M.: Eu lembro - me desse dia! - começa - se a rir também às gargalhadas - E tu culpaste a gata! - os três riem com mais intensidade.
P.: Pois é, já me lembro! A mão pô - la na rua como castigo e ela nunca mais apareceu... O que será que lhe aconteceu?
M.: Não faço ideia, ela era uma gata tão obediente. A mãe ponha - lhe sempre a dormir na rua quando se portasse mal e ela nunca fugia, não sei o que aconteceu daquela vez...
L.: Eu sei.
P.: Tu sabes? - começa - se a rir.
L.: Sim, atirei - a para o poço do jardim.
M.: Tu o quê?!
Patrícia começa - se a rir mas para assim que vê que Lourenço estava a falar a sério.
P.: Estás a falar a sério?
L.: Estava farto dela, por isso fiz uma fogueira no jardim, queimei - a e joguei - a para o poço.
M.: Não tem piada, Lourenço.
L.: Não estou a brincar, Pedro.
Pedro fica vermelho e salta para cima de Lourenço pronto e dá - lhe um soco.
M.: Seu doente mental!
P.: Parem já com isso!
Patrícia tenta afastar Pedro de Lourenço mas desmaia.
Pedro assim que vê Patrícia deitada no chão larga Lourenço.
M.: O que é que lhe fizeste?! - grita para Lourenço.
L.: Droguei - a.
Pedro deixa Patrícia no chão e volta - se a aproximar de Lourenço.
M.: Tu o quê?! - aponta - lhe o seu punho fechado pronto para lhe dar mais um soco.
L.: Pus dois calmantes na salada. O da Patrícia já deu efeito, agora falta o teu.
M.: Tu és... - sente - se estonteado - Tu é lou-...
L.:M: Sou o quê?
M.: És louco. - cai sobre os braços de Lourenço ainda consciente.
L.: Anda, vamos arranjar - te um lugar confortável para descansares.
Leva - o até à sala e pousa - o sobre o sofá, este fica deitado, sem poder fazer nada.
Depois de deixar Pedro no sofá dirige - se a Patrícia, que se encontra estendida no chão dda cozinha. Lourenço leva - lhe no colo até ao andar de cima e pousa - a na cama do quarto de casal, onde vou dormir esta noite, isto se consegui dormir alguma coisa.
Amarra os pulsos de Patrícia às grades de ferro da cama de casal e sai do quarto, deixando - a a dormir ou desmaiada. Desce as escasdas, vai à sala onde Pedro estava deitado, este ainda o consegue ver mas com dificuldade devido aos calmantes. Lourenço pega nas chaves do carro e da casa e vai - se embora.
E pronto voltou tudo ao normal: estou novamente deitada na cama com o meu livro pousado no colo. Levanto - me rapidamente devido ao medo que sinto por estar aqui no quarto onde o Lourenço amarrou a Patrícia e que provavelmente a matou. Vou até ao quarto onde Miguel vai dormir esta noite.
C.: Já adormeceu? - pergunto para Duarte a sussurrar.
D.: Já. - levanta - se da cama onde Miguel estava a dormir - Finalmente adormeceu!
C.: Ele estava cheio de medo em dormir aqui... - olho para Miguel e dou - lhe uma festinha na cabeça - Será boa ideia deixa - lo aqui sozinho? Não achas que o Mestre ou a Patrícia não sei... Podem lhe fazer mal...!
D.: Não há perigo nenhum! A porta fica aberta, à mínima coisa que aconteça, eu venho aqui.
C.: Não sei...
D.: Carla, nós não vamos passar uma semana sempre com medo de ir para a cama.
C.: Pois é, é ridiculo! Isto tudo é ridículo! Nada disto faz sentido: se o Lourenço matou os irmãos, porque é que nos pediu para irmos embora daqui? E o que é que o teu pai fez?
D.: Não sei! - apercebe - se que falou um pouco alto, por isso tenta falar mais baixo - Mas vamos descobrir, querida.
19 de dezembro, 10:30
*Miguel
Saio da cama, que gelo que esta casa fica de manhã!
Vou até ao quarto dos meus pais e jogo - me para cima da cama, de forma a acordá - los.
M.: Acordem!
D.: Vai brincar...
M.: Já é tarde e tenho fome!
C.: Ele tem razão, já é tarde. - levanta - se devagar - Pronto, estou acordada.
M.: Finalmente!
D.: Deixem - me dormir só mais um bocadinho!
C.: Fazemos assim, eu tenho de ir ao supermercado para o pequeno - almoço. Ficas a dormir e tu, Miguel, vens comigo?
M.: Sim!
C.: Boa! Vamo - nos vestir.
Saímos os dois do quarto.
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Férias Arruinadas
УжасыUma família que decide passar as suas férias de natal numa casa de campo, totalmente isolada, sugerida pelo colega de trabalho do pai, passa por um grande período de terror. Chamam a isto férias?! ____________________________________________________...