Capítulo VI - Tens medo do Fantasma das Cuecas Rotas?!

136 9 1
                                    

Nunca tinha tido um sonho assim tão nítido, quase que parecia real! Eu sentia tudo: frio, de estar lá fora; sentia raiva e parecia que tinha sido traíada...

D.: As sandes  já estão prontas.

M.: Mãe, eu fiz - te uma especial com alface, cebola e tomate! - senta - se no meu colo.

C.: Que bom!

D.: Quando quiseres ir...

C.: Vou só à casa de banho. - pouso a mão na cabeça de Miguel - Também tens de ir.

M.: Ok, mas tens de ficar lá comigo.

D.: Porque, Miguel? Tens medo do Fantasma das Cuecas Rotas?! - começou - se a rir.

C.: Que engraçadinho, Duarte. - assim que o Duarte disse a palavra «fantasma» o meu coração começou aos pulos e fiquei irritada com ele, embora ele não tenha culpa. - Anda.

M.: Ok... - o Miguel não percebia porque é que eu tinha reagido daquela maneira, mas não lhe liguei nenhuma.

D.: Desculpa...

Fomos para o andar de cima e fiquei a sós com o Miguel, na casa de banho.

M.: Mãe, não era preciso teres discutido com o pai. Eu não fiquei chateado com o que ele disse, até teve piada.

C.: Querido, eu não discuti com o papá. Já agora, porque é que tens medo de estar sozinho na casa de banho?

M.: Não é só da casa de banho que tenho medo...

C.: Então, do que é que tens medo?

M.: Do andar de cima, não gosto de estar sozinho no andar de cima.

C.: Porquê, querido?

M.: Porque a Patrícia e o Mestre estão sempre aqui, no andar de cima.

Férias ArruinadasOnde histórias criam vida. Descubra agora