D.: Ok.
L.: Boa, és igualzinho ao teu pai.
Lourenço afasta - se de mim e senta - se no sofá a ver.
Aproximo - me de Carla com a faca e esta fixa - me o olhar assustada, porém confia em mim e sabe que nunca na vida lhe ia fazer mal. Notava - se mais dúvida e confusão no seu olhar do que propriamente medo.
E agora mesmo que já estou frente a frente com Carla, pronto para lhe matar, viro o tronco tão rápido como um relâmpago e espeto a faca no braço de Lourenço, a mesma faca que iria matar a minha mulher e o meu filho, a minha família, a minha vida.
Lourenço tenta reagir ao meu ataque mas cai para trás e cai sobre o sofá onde estava antes sentado.
L.: Seu... - leva a mão à faca e tenta tirá - la do braço.
Miguel perante àquele gesto desvia o olhar, pois todo aquele sangue fazia - lhe muita impressão.
Desamarro Miguel e logo de seguida Carla.
C.: Duarte!
Carla e Miguel dão - me um rápido abraço e saem logo da sala.
Carla pega no telefone fixo que se encontrava na entrada e marca o número 112.
C.: Estou? Por favor, ajudem - me! Eu e a minha família corremos perigo! Casa do Mestre, Santo da Serra. Rápido!
Carla desliga o telefone e pega em Miguel.
C.: Duarte, as chaves do carro? - pergunta, histérica.
D.: Toma. - retiro as chaves muito depressa do bolso das calças de ganga e passo a Carla - Fujam!
M.: Papá!
D.: Vão, vão!
Assim que me viro para ir à cozinha buscar mais uma faca para me defender, Lourenço apunhala - me pelas costas e não faço nada senão soltar um gemido de dor.
L.: Armaste - te em esperto...! - diz, ainda com dificuldade - Se não és tu que matas a tua família, então mato eu.
Lourenço sai de casa à procura da Carla e do Miguel, deixando - me sozinho, estendido no chão, formando uma poça de sangue.
Tento me levantar, mas não tenho força suficiente, por isso, rasteijo com bastante dificuldade até ao telefone que está neste momento a uns três metros de mim, no chão, pois Carla quando o desligou estava tão apressada e nervosa que simplesmente jogou - o para o chão.
Consigo finalmente chegar ao telefone, mas assim que tento marcar o número do 112, este fica sem bateria. Devido à minha frustração jogo o telefone contra a parede e este parte - se todo aos bocados.
D.: Merda! - grito e cuspo sangue.
*Carla
Abro a porta de trás do carro e empurro Miguel com força para lá dentro.
C.: Despacha - te!
M.: E o papá?
C.: Ele já vem.
Entro no carro muito rapidamente e ligo o motor.
M.: Não! Vamos esperar pelo papá!
C.: Cala - te, Miguel!
Conduzo até ao portão, mas este está fechado.
C.: Não, não...! Fogo! - saio do carro a correr.
Assim que tento empurrar o portão, para conseguirmos passar, Lourenço agarra - me por trás.
L.: Então já ias embora, sem te despedires?!
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Férias Arruinadas
HorrorUma família que decide passar as suas férias de natal numa casa de campo, totalmente isolada, sugerida pelo colega de trabalho do pai, passa por um grande período de terror. Chamam a isto férias?! ____________________________________________________...