Capítulo VIII - Preciso de encontrar essa tal mulher!

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Guardo as sandes no cesto e oiço um barulho. Não sei de onde é que vem, mas parece que é da sala.

D.: Despachem - se! - grito, com medo de ficar sozinho no andar de baixo.

Não sei porquê, mas começo a sentir - me estonteado, como se tivesse sido drogado. Começo a ouvir a voz de uma mulher:

Mulher: Cuidado, ele vem aí!

Dou uma volta e , desorientado, continuo a andar. A voz da mulher não sai da minha cabeça:

Mulher:Foge! Sai desta casa!

Dou mais uma volta, como se estivesse à procura dessa tal mulher e, de repente, dou de caras com ela. Caio no chão e adormeço.

C.: Duarte! - abana - me o braço.

Tento abrir os olhos, mas vejo tudo desfocado.

D.: Carla?

C.: Quantos dedos vês? - mostra - me quatro dedos, ao que parece.

D.: Quatro...

C.: Queres ir ao hospital?

D.: Não, não é preciso. 

C.: Anda. - tenta me levar para o sofá.

Apoindo o braço nela, consegui chegar à sala, parecia que estava drogado ou bêbedo.

C.: Deita - te aqui. - pousa - me no sofá. - Estás confortável assim?

D.: Tenho dores de cabeça.

C.: Deves ter batido com a cabeça quando desmaiste.

D.: E o piquenique?

C.: Esquece o piquenique, Duarte. Tu precisas de descansar.

D.:  Não é preciso, já me estou a sentir melhor agora.

Sento - me no sofá, ainda meio estonteado e com dores fortíssimas de cabeça.

C.: Descansa só mais um bocadinho e depois vamos.

 D.: Ok... Não sei o que me deu!

C.: Merda, esquecemo - nos de trazer comprimidos. - vai buscar a carteira.

D.: Onde é que vais?

C.: À farmácia, o que é que achas?

D.: Nem penses, não é preciso. - tento me levantar, sem sucesso.

C.: Deixa - te estar. Fica aí a descansar e, quando eu voltar, tomas o comprimido e vamos ao piquenique. - pega na carteira, pronta para sair. - Aproveita agora para descansar. - dá - me um beijo na testa.

D.: Ok, até logo.

 Assim que Carla sai, Miguel aparece e deita - se em cima de mim.

M.: Estás melhor, pai?

D.: Agora já estou bem, filho.

M.: Desmaiaste?

D.: Parece que sim...

M.: Queres que te traga alguma coisa?

D.: Não, eu estou bem, filho, a sério. - dou - lhe uma festa na cabeça - Porque é que não vais desenhar um pouco antes de irmos ao piquenique?

M.: Ok, mas a onde é que há lápis nesta casa?

D.: Vê naquela cesta ali ao fundo. - aponto para uma cesta velha.

M.: Não tem. - remexe na cesta.

D.: Então vai brincar com os teus brinquedos que trouxeste.

M.: Ok.

Assim que Miguel sai da sala, levanto - me depressa e começo a procurar fotografias antigas ou coisas assim do género. Afinal, preciso de encontrar essa tal mulher que vi no meu sonho. Nunca tinha tido um sonho assim tão explícito, lembro - me perfeitamente da cara dessa tal mulher. Aparente ser mais velha que eu, é loira e usa óculos. 

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