Acordo com o coração aos pulos. Estou tão nervosa que me custa a respirar! Saio logo da cama e vou a correr para o andar de baixo ter com Duarte.
Duarte não está na sala, nem ele nem Miguel. Por isso, vou até à cozinha.
Assim que entro na cozinha vejo Duarte e Miguel a preparem o jantar. Mas esperem... Já são horas de jantar? Dormi assim tanto tempo?!
D.: Bom dia, dorminhoca.
M.: Finalmente, acordaste!
C.: Que horas são?
D.: Nove e meia. - diz, olhando para o relógio.
C.: Credo, acho que foi a sesta mais longa que fiz...!
D.: O jantar já está pronto!
M.: Fizamos esparguete à bolonhesa!
C.: Hum, que bom! Mas não tenho fome, comam vocês.
D.: Nem mesmo um bocadinho?
C.: Não consigo comer.
Vou para a sala.
Pego num monte de revistas cobertas de pó e começo a lê - las.
P.: Carla...
Olho para o lado mas não vejo nada e, sem mais nem menos, faço uma coisa que nunca esperava fazer na vida: tentar falar com um fantasma.
C.: Patrícia? Mestre?
Não oiço nada, ninguém me responde.
Dou um pulo de susto assim que uma jarra de flores cai de uma mesa.
C.: És tu Patrícia? Fala comigo! - dou voltas à sala, à espera de um sinal.
P.: Sai desta casa imediatamente!
Ok, aquela era sem dúvida a voz de Patrícia.
C.: Patrícia, eu sei o que é que o Lourenço te fez. A ti e ao teu irmão. - espero uma resposta sua, mas nada - Por favor, dá - me um sinal, se achares que eu e a minha família corremos perigo.
E neste momento, o meu coração simplesmente para, fico totalmente em choque quando um jogo de soletrar cai ao chão sozinho. Vou até lá e as peças de letras começam - se a mexer sozinhas formando a frase: «TU E A TUA FAMILIA TEM QUE SAIR DAQUI»
C.: Quem é que nos pode fazer mal?
As peças voltam - se a mexer, formando a frase. «LOURENÇO».
C.: Foi ele quem vos matou?
Fico à espera que as peças se tornem a mexer mas em vez disso o jogo é como se fosse «atirado» por uma pessoa invisível, neste caso a Patrícia.
C.: Patrícia?
Ninguém me responde.
Decido então arrumar as peças do jogo que estavam espalhadas pela sala.
*Duarte
Após o jantar estar feito e a mesa posta, eu e o Miguel começamos finalmente a comer!
M.: A mãe está bem?
D.: Ela está só cansada. - faz uma pausa para provar a comida - Miguel, não tens medo... Do Mestre e da Patrícia?
M.: Não, quer dizer, antes eu tinha, mas agora já não.
D.: E do Lourenço? Tens medo dele?
M.: Tenho.
D.: Achas que ele nos pode fazer mal, filho?
M.: Não sei, mas...
D.: Mas o quê?
M.: A Patrícia e o Mestre estão me sempre a dizer que sim.
D.: E eles disseram - te porquê?
M.: Eles disseram... Que o Lourenço... Os matou.
D.: E eles disseram - te como?
M.: Não.
Dou um suspiro de alívio.
*Carla
Arrumo a embalagem do jogo na cesta dos jogos da sala.
Sento - me no sofá e entretanto Miguel aparece.
M.: Mamã!
Miguel dá - me um abraço.
C.: Já jantaste, querido?
M.: Já.
C.: E o papá?
M.: Está a lavar a loiça.
C.: Ouve, querido, precisamos de falar...
M.: Tem a ver com a Patrícia ou com o Mestre ou com o Lourenço?
C.: Sim.
M.: Já sabia...
C.: Tem que ser, Miguel. - sento - me no sofá e faço sinal para Miguel se sentar ao meu lado.
Miguel senta - se.
C.: O que é que a Patrícia e o Mestre te disseram até agora sobre o Lourenço?
M.: Disseram - me que ele era perigoso,... Disseram que foi ele quem os matou.
Arrepiei - me toda assim que Miguel disse aquilo, pois Lourenço matou mesmo os irmãos, é demasiada coicidência eu sonhar com isso!
C.: Disseram - te mais alguma coisa?
M.: Não. Só para termos cuidado com ele e para sairmos daqui.
Sei que a imagem não se parece muito com a casa mas foi a única que encontrei :) Espero que tenham gostado deste capítulo
Pff comentem :D
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Férias Arruinadas
УжасыUma família que decide passar as suas férias de natal numa casa de campo, totalmente isolada, sugerida pelo colega de trabalho do pai, passa por um grande período de terror. Chamam a isto férias?! ____________________________________________________...