Antony Delucca Labarra, filho de um importante advogado, se vê em um beco sem saída quando seu pai, cansado da vida de farra que seu filho leva, lhe dá um ultimato: ou ele se casa ou ele não assumirá a presidência da Labarra's Advocacy.
Do outro lad...
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O clima constrangedor some quando Antony, para minha surpresa, apenas disse que estávamos com saudades. Ethan não disse nada mesmo que os olhos estejam gritando comigo.
Dona Elena sorri toda boba, aposto que está achando que agora estamos juntos de verdade. Não comento nada, estou tão mortificada que queria ser engolida pela terra.
Mas o que mais me preocupa é a Lídia. Minha doce mamãe urso está calada, pior que isso, ela está agindo como se nada de ruim tivesse acontecido e eu sei que essa reação só acabará quando nós duas conversamos seriamente. Eu sempre odeio esses tipos de conversas com ela.
A manhã segue sem mais nenhum problema, graças a Deus. Antony mantém uma mão sobre mim, ou nas minhas costas, ou na minha coxa, ou o braço em meu ombro, ou mesmo distribuindo beijos em mim, pelos meus cabelos ou ombro. Eu nem sei como agir, vou apenas fingir que seus atos são por conta da sua mãe e não pelo que acabou de acontecer no meu quarto.
— Suas malas estão prontas, amor? - ele me pergunta e eu afirmo — Então podemos ir?
— Sim, eu acho. - eu olho para a Lídia e o Ethan que também vão conosco no jatinho — Vocês já estão prontos?
— Só preciso que me ajude a fechar minha mala. - Lídia diz e eu fico tensa
— Se importa do Ethan te ajudar, Lídia? - Antony pergunta — Eu vou precisar resolver algumas coisas com a Crystal antes de ir.
— Sem problemas. - Lídia diz e vejo meus amigos saírem em silêncio da cozinha
— Eu acho que os dois estão em algum tipo de relacionamento, não acham? - dona Lídia me faz encarar ela de forma chocada — Você nunca pensou sobre isso?
— Não, eles não estão juntos, dona Elena. Nós somos apenas amigos, só isso. - ela sorri como se soubesse de mais coisas que eu
— Podemos conversar sobre isso depois, mamãe? - Antony pergunta e a mãe afirma — Eu te ajudo com suas malas. - ele se levanta e me estende a mão
Eu o acompanho até meu quarto, olhar para a cama me dá uma mistura de vergonha e desejo. Não consigo olhar muito tempo para o Antony, parece que ele quer me questionar o que aconteceu mas eu não sei responder.
— As malas estão no armário. - eu falo quando ele abre a boca para falar algo, Antony apenas afirma e me acompanha até o cômodo
Minhas malas são quatro ao todo, não tenho muita roupa, mais vestidos, meia calças, conjuntos formais, ou jeans, não há nada muito elegante ou muito extravagante, apenas minhas roupas que comprei para usar na faculdade, talvez eu tenha que fazer compras quando chegar em Nova York.
— O que aconteceu? - Antony coloca a mão na minha coluna e eu o olho sem entender — Você fez uma carinha triste agora.
— Nada demais, só percebi que preciso comprar roupas novas. - eu mordo meu lábio — Não sei se meus vestidinhos vão se adequar a minha nova vida.
