Capítulo 11

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“Sonhos de infância são a base das nossas realizações na vida adulta.”

Eu já tive muitos sonhos na minha vida

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Eu já tive muitos sonhos na minha vida.

Quando criança, eu sonhava em poder ser uma borboleta porque eu amava o quão linda ela era e o fato delas voarem sobre o jardim e pousarem nas mais lindas flores que minha mãe colecionava.

Alguns anos depois, eu sonhava em beijar um garoto sob a grande e bonita árvore de maçã que tem no meio da fazenda onde eu cresci. Era um sonho bobo mas era ele que me fazia andar no campo toda tarde imaginando alguém andando de mãos dadas comigo e cantando músicas românticas para mim.

Quando completei idade suficiente eu sonhava em ter um carro. Um bom carro, não um velho caminhão que tinha na fazenda e que meu pai jurava que continuava tão novo quanto vinte anos atrás. E não estava.

Após isso, meu sonho passou a ser mais focados em realizações do que a bens materiais. Lógico que eu continuava querendo ter um carro ou ter um namorado apaixonado, mas ser feliz, me sentir protegida, não ter nenhum estresse, cantar músicas que eu gosto, tudo que as pessoas acham ser chato, era isso que eu queria. Que eu sonhava.

Mas, sobre todo sonho que eu já tive, meu maior sonho era de me formar em direito. Ser uma advogada era como eu me via em toda minha vida. Ser capaz de ajudar alguém, de ajudar a ter seus direitos assegurados, tudo isso sempre mexeu comigo.

E, verdade seja dita, eu tenho que ser ao Ethan por tudo isso. Não é fácil, não está sendo e sei bem que não será, mas eu tenho que ser confiante e ter fé que as coisas serão melhor.

Eu me ajeito no sofá da grande sala de televisão e endireito o pote de pipoca sob minha perna. Eu estou me sentindo sozinha mas tão protegida que me sinto confusa.

Isso tem acontecido desde o início do mês, quando Antony comprou um apartamento e me obrigou a me mudar para ele. A desculpa? Que é mais seguro e "crível" que uma Labarra more no melhor apartamento possível.

Os dias tem sido assim, na verdade minha vida se resume a uma única coisa agora: Antony Labarra. Desde que a notícia de que o grande e poderoso herdeiro fanfarrão tinha sido "capturado" todo o mundo quer descobrir quem é a idiota.

Eu tive que quase vender meu rim para o Ethan para ele não deixar nada sobre mim vazar para a imprensa. O Antony bem que queria logo mostrar quem eu era mas até que o mistério todo estava sendo bom para sua fama.

Eu era um mistério. Mais do que isso, eu consegui em menos de dois meses aumentar a fama da família Labarra que já era enorme. Eu. Tem noção disso? Uma ninguém, que se mantinha longe do foco da câmera, uma imigrante italiana que só queria o visto permanente.

Eu.

A parte boa de não contar a ninguém sobre o que eu estava prestes a fazer era que isso não chegaria a minha família, eu permanecia anônima e tudo seguia o ritmo que eu gostava. A parte ruim era que, mesmo o mundo não sabendo que eu tinha assinado um contrato com o grande e idiota Antony Labarra, eu estava presa a ele e suas maluquices.

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