Capítulo 30

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“Grandes surpresas acontecem quando menos esperamos.”

Nova York é fria, mas eu amo o vento gelado que passa por mim

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Nova York é fria, mas eu amo o vento gelado que passa por mim. Ajeito o sobretudo preto enquanto ando pela calçada indo na direção a cafeteria mais próxima. Sinto ser seguida pelo segurança que o Antony contratou mas finjo não ver.

Agora tem isso também, seguranças. Tudo porque, para minha total e infeliz surpresa, os paparazzis pioraram e estavam me perseguindo por onde quer que eu andasse. Antony odiou saber disso e contratou seguranças para me acompanhar. Fazer o quê?

O café está um pouco vazio e não demoro a ser atendida e, com um copo grande de capuccino nas mãos, volto para meu escritório. Eu não precisava andar até aqui mas estava cansada de ficar sentada naquela cadeira de couro.

Entro no prédio tomando um gole da minha bebida quente, sigo para o elevador e aperto o botão depois que meu segurança entra na caixa de metal também. Não é uma super volta mas já estiquei minhas pernas então está tudo bem.

Ethan está apoiado na mesa da minha secretária Amber, ele tem vindo nos ajudar aqui desde que tudo se tornou caótico. Muitos clientes e poucos advogados. Isso até os dois idiotas pararam de fazer tantas entrevistas com os candidatos e escolherem logo alguns advogados para nos ajudar aqui.

— Cunhadinha. - Ethan beija meu rosto assim que chego perto dele — A Amber me disse que você tem um compromisso depois do almoço.

— Tenho, uma reunião com o pessoal da empresa LibTec. - ele afirma e sorri — O que foi?

— Nada, apenas acho bonitinho você toda no modo advogada. - eu reviro meus olhos — Trouxe isso. - ele me estende uma pasta marrom — Possível novo cliente.

— Entra aqui. - digo ao abrir a porta do meu escritório — Senta e me conta mais sobre quem são.

— É uma associação que recebe crianças e jovens que não tem as mesmas oportunidades que nós temos. - eu abro a pasta e vou lendo o relatório — Essa associação está sendo obrigada a fechar as portas por não ter condições de se manter, na verdade não é bem assim, olha na página três. - eu faço o que ele pede e levanto uma sobrancelha — Eles estão sendo obrigados a fechar porque...

— Tem algumas crianças metidas com bandidos. - ele afirma e termino de ler o documento — O que você quer que eu faça?

— Que me ajude a fazer alguma coisa, o lugar não pode ser culpado pelas escolhas que as crianças que frequentam fazem. - eu afirmo e encaro meu cunhado — Mas eles não podem pagar muito.

— Você parece entender bem sobre o caso. - ele dá de ombros — Não vai me dizer o por quê?

— Eu estou te pedindo porque acho que não consigo sozinho. - ele desvia do assunto — Eu posso defender as crianças porque me formei em criminalista mas você entende mais da área empresarial do que eu e, por mais que a associação não seja uma empresa, o estado a vê desse jeito. - eu afirmo

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